Modelo de Ação de Busca e Apreensão de Bens Móveis proposta por A.F. de S.L. contra J.P. dos S. com pedido de tutela de urgência fundamentado na CF/88, CCB e CPC para reintegração de posse e restituição de bens móveis in...

Publicado em: 10/05/2025 CivelProcesso Civil
Modelo de petição inicial para ação de busca e apreensão de bens móveis, em que a autora solicita tutela de urgência para reintegração de posse de objetos adquiridos durante relacionamento, com base na Constituição Federal, Código Civil e Código de Processo Civil, incluindo fundamentação jurídica, jurisprudências relevantes, pedidos específicos e produção de provas.

AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE BENS MÓVEIS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [CIDADE/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. F. de S. L., brasileira, solteira, empresária, portadora do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 12.345.678-9, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliada na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 12345-678, Cidade/UF, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE BENS MÓVEIS em face de J. P. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro, portador do CPF nº 987.654.321-00, RG nº 98.765.432-1, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 200, Bairro Jardim, CEP 87654-321, Cidade/UF, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

A autora, A. F. de S. L., manteve relacionamento amoroso com o réu, J. P. dos S., durante o qual, por liberalidade, adquiriu diversos bens móveis para uso comum do casal, dentre eles um aparelho celular, móveis e eletrodomésticos. Ademais, alguns desses bens foram emprestados à autora por sua genitora, a fim de compor a residência então compartilhada.

Com o término da relação, a autora retirou-se do imóvel, tendo o réu permanecido na posse dos referidos bens, inclusive do aparelho celular, que permanece em uso pelo réu e cujo pagamento ainda está sendo realizado pela autora.

Diante da negativa do réu em restituir os bens, a autora, por meio de seu advogado, enviou notificação extrajudicial via WhatsApp, requerendo a devolução dos objetos. Contudo, o réu ignorou a notificação e manteve-se inerte, recusando-se a devolver os bens móveis de propriedade da autora e de sua mãe.

Ressalte-se que a permanência injustificada do réu na posse dos bens caracteriza esbulho possessório, violando o direito de propriedade e posse da autora, motivo pelo qual se faz necessária a presente medida judicial.

4. DO DIREITO

O direito de propriedade é garantido constitucionalmente, nos termos da CF/88, art. 5º, XXII, sendo assegurado ao proprietário o direito de reaver o bem de quem injustamente o detenha. O CCB/2002, art. 1.228 dispõe que o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, bem como o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

O procedimento de busca e apreensão de bens móveis encontra respaldo no CPC/2015, arts. 839 a 843, que disciplinam a tutela possessória e a restituição de bens móveis, permitindo ao legítimo proprietário ou possuidor reaver a posse dos bens indevidamente retidos por terceiro.

Ademais, o CPC/2015, art. 300 autoriza a concessão de tutela de urgência, caso presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, requisitos plenamente preenchidos no caso em tela, haja vista a demonstração da propriedade dos bens e a recusa injustificada do réu em devolvê-los, inclusive após notificação extrajudicial.

A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reconhece que a comprovação da propriedade dos bens é matéria a ser apreciada no curso do processo, não sendo exigida prova pré-constituída para o regular processamento da ação (TJSP, Apelação Cível 1001412-90.2024.8.26.0168).

No tocante à notificação extrajudicial, o entendimento consolidado é de que o envio da notificação, ainda que não recebida formalmente, é suficiente para configurar o requisito de procedibilidade da ação de busca e apreensão (TJSP, Apelação Cível 1004750-65.2023.8.26.0602).

Por fim, a recusa do réu em devolver os bens configura esbulho possessório, autorizando a concessão de liminar para busca e apreensão, conforme entendimento do CPC/2015, art. 562 e do CCB/2002, art. 1.210.

Diante do exposto, resta demonstrado o direito da autora à busca e apreensão dos bens móveis de sua propriedade e de sua mãe, indevidamente retidos pelo réu.

5. JURISPRUDÊNCIAS

REINTEGRAÇÃO DE POSSE - BENS MÓVEIS - INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL - SENTENÇA REVISTA.
"O autor busca a retomada de bens móveis que, segundo alega, são de sua propriedade exclusiva. Prova sobre a propriedade dos bens que é matéria a ser apreciada, caso haja controvérsia a respeito, no curso da lide (CCB/2002, art. 1.267 e seguintes)."'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação de Busca e Apreensão de Bens Móveis ajuizada por A. F. de S. L. em face de J. P. dos S., na qual a autora narra que, após o término de relacionamento amoroso, permaneceu sob a posse do réu diversos bens móveis de sua propriedade e de sua genitora, dentre eles aparelho celular, móveis e eletrodomésticos. Sustenta ter solicitado a devolução dos bens, inclusive por notificação extrajudicial, sem êxito, motivo pelo qual busca a tutela jurisdicional para reaver a posse dos mencionados bens.

II. Fundamentação

2.1. Preliminar

Verifico que estão presentes os pressupostos processuais e condições da ação. A inicial veio instruída com documentos aptos a embasar a análise do pedido, não havendo vícios a sanar. Portanto, conheço do pedido.

2.2. Dos Fatos e do Direito

A controvérsia restringe-se à retenção, pelo réu, de bens móveis que a autora alega serem de sua propriedade e de sua mãe, após o término do relacionamento havido entre as partes.

A CF/88, art. 5º, XXII, consagra o direito fundamental de propriedade: \"é garantido o direito de propriedade\". O CCB/2002, art. 1.228, assegura ao proprietário a faculdade de reaver a coisa do poder de quem injustamente a possua ou detenha.

O procedimento de busca e apreensão de bens móveis está disciplinado no CPC/2015, art. 839, CPC/2015, art. 840, CPC/2015, art. 841, CPC/2015, art. 842 e CPC/2015, art. 843, autorizando a restituição ao legítimo proprietário ou possuidor, mediante prova da propriedade e da posse injusta por terceiro.

No caso em tela, a autora instruiu a inicial com elementos documentais (comprovantes de aquisição, pagamentos, notificação extrajudicial via aplicativo de mensagens), suficientes para, neste momento, demonstrar a probabilidade do direito alegado, nos termos do CPC/2015, art. 300.

Ademais, a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, conforme se depreende das Apelações Cíveis Acórdão/TJSP e Acórdão/TJSP, reconhece ser suficiente, para o regular prosseguimento da demanda, a apresentação de indícios de propriedade e a recusa no cumprimento voluntário de notificação extrajudicial.

O réu, regularmente citado, limitou-se a negar a obrigação de restituição, sem, contudo, comprovar que os bens em litígio não pertencem à autora.

Diante da ausência de justa causa para a retenção dos bens e diante da comprovação da propriedade e posse anterior pela autora, caracterizado está o esbulho possessório, nos termos do CCB/2002, art. 1.210.

2.3. Da Tutela de Urgência

Presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano, pois a permanência injustificada dos bens na posse do réu pode resultar em deterioração, perda ou impossibilidade de restituição, faz-se cabível a concessão da tutela de urgência para determinar a busca e apreensão dos bens móveis descritos na inicial, nos termos do CPC/2015, art. 300.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro na CF/88, art. 93, IX, que impõe a fundamentação obrigatória das decisões judiciais, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial, para:

  • Confirmar a tutela de urgência anteriormente concedida, caso deferida, ou, se não, concedê-la neste ato, determinando a busca e apreensão dos bens móveis descritos na inicial, autorizando, se necessário, o ingresso forçado no imóvel do réu;
  • Consolidar a posse dos bens em favor da autora, determinando ao réu que proceda à imediata restituição, sob pena de multa diária a ser fixada em execução;
  • Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º;
  • Determinar que, caso não seja possível a restituição dos bens, o réu pague à autora o valor correspondente, a ser apurado em liquidação de sentença.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Fundamentação Constitucional

A presente decisão encontra-se devidamente fundamentada, em estrito cumprimento ao disposto na CF/88, art. 93, IX, o qual exige a motivação das decisões judiciais, bem como nos princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal (CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV).

V. Disposições Finais

O processo tramitou regularmente, restando satisfeitos os requisitos legais para conhecimento e julgamento de mérito da demanda.

VI. Conclusão

Diante do exposto, conheço do pedido e julgo-o procedente nos termos acima.

[Cidade/UF], [data].
Juiz de Direito


Simulação de voto produzida para fins acadêmicos, com base em caso hipotético.


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