Modelo de Petição inicial de ação de cobrança cumulada com indenização por danos materiais e morais contra consumidora que recusou pagamento e recebimento de produto conforme CDC

Publicado em: 28/05/2025 Processo CivilConsumidor
Petição inicial proposta por Maestro Pizzaria Ltda contra M. F. de S. L., requerendo cobrança de R$ 73,00 por produto entregue e não pago, além de indenização por danos materiais, lucros cessantes e morais decorrentes da recusa injustificada do pedido, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil, com pedido de inversão do ônus da prova e produção de provas.

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [Cidade/UF].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

MAESTRO PIZZARIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [●], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail da pizzaria], neste ato representada por seu sócio-gerente A. J. dos S., brasileiro, empresário, portador do CPF nº [●], residente e domiciliado na [endereço completo], por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face de M. F. de S. L., brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [●], endereço eletrônico: [e-mail do réu], residente e domiciliada na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

No dia [data do fato], a autora, Maestro Pizzaria Ltda, recebeu, por meio do aplicativo WhatsApp, um pedido realizado pela ré, M. F. de S. L., consistente em uma pizza média de 8 pedaços, a ser entregue no endereço informado pela própria ré.

Após a confecção do produto, a pizza foi devidamente encaminhada para entrega, dentro do prazo estabelecido e informado no link da pizzaria, não havendo qualquer atraso ou falha na prestação do serviço.

No momento da entrega, o motoboy terceirizado responsável foi surpreendido com a recusa da ré em receber o pedido, bem como em efetuar o pagamento do valor de R$ 66,00 (sessenta e seis reais), acrescido do valor de R$ 7,00 (sete reais) referente à taxa de entrega.

A justificativa apresentada pela ré para a recusa foi a ausência de fornecimento de cartão de promoção, alegando que teria direito ao benefício pelo pedido realizado. Contudo, conforme amplamente divulgado no link da pizzaria, tal promoção é restrita a pedidos de pizzas de 12 ou 16 pedaços, não abrangendo pedidos de pizzas médias de 8 pedaços, como o realizado pela ré.

Mesmo diante das explicações do motoboy, a ré manteve sua recusa, proferindo palavras ofensivas ao entregador e devolvendo o produto, que retornou à pizzaria, causando prejuízo material à autora, que arcou com os custos de produção e entrega do pedido, além de sofrer abalo em sua reputação e em seu relacionamento com prestadores de serviço terceirizados.

Ressalta-se que o motoboy responsável pela entrega é profissional terceirizado, não havendo qualquer irregularidade ou descumprimento contratual por parte da autora.

Diante do inadimplemento injustificado da ré, a autora busca a tutela jurisdicional para ver reconhecido seu direito ao recebimento do valor devido, bem como à reparação pelos danos materiais e morais sofridos.

4. DO DIREITO

4.1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E APLICAÇÃO DO CDC

A relação estabelecida entre as partes é manifestamente de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, sendo a autora fornecedora de serviços e a ré consumidora final do produto. Aplica-se, portanto, o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), inclusive quanto à responsabilidade objetiva do fornecedor e aos deveres de informação e transparência.

4.2. DA RECUSA INJUSTIFICADA DO CLIENTE E DA RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO

O CDC, art. 35, prevê que, em caso de descumprimento da oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor pode exigir, alternativamente e à sua escolha: (I) o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta; (II) aceitar outro produto ou serviço equivalente; ou (III) rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, acrescida de correção monetária e perdas e danos.

No presente caso, não houve descumprimento da oferta pela autora, pois a promoção alegada pela ré não se aplicava ao pedido realizado, conforme expressamente informado no link da pizzaria. A recusa da ré em receber o produto e efetuar o pagamento configura inadimplemento injustificado, vedado pelo CDC, art. 6º, III, e pelo princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

O consumidor não pode se eximir de suas obrigações contratuais com base em interpretação equivocada ou em exigência de benefício promocional não previsto para o produto adquirido, sob pena de enriquecimento ilícito (CCB/2002, art. 884).

4.3. DOS DANOS MATERIAIS E LUCROS CESSANTES

A autora suportou prejuízo material correspondente ao valor do produto confeccionado e não pago, bem como à taxa de entrega, totalizando R$ 73,00 (setenta e três reais). Ademais, deixou de auferir o lucro esperado com a venda do produto, caracterizando lucros cessantes, nos termos do CCB/2002, art. 402.

A recusa injustificada da ré em receber e pagar pelo produto, após sua confecção e entrega dentro do prazo, caracteriza inadimplemento contratu"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de cobrança cumulada com indenização por danos materiais e morais ajuizada por Maestro Pizzaria Ltda em face de M. F. de S. L.. Narra a autora que, após pedido realizado pela ré de uma pizza média de 8 pedaços via aplicativo WhatsApp e entrega regular do produto, houve recusa injustificada do recebimento e pagamento sob o argumento de promoção não aplicável ao pedido feito. A autora alega, ainda, que a recusa foi acompanhada de palavras ofensivas ao entregador e devolução do produto, o que teria causado prejuízos materiais e abalo à reputação da empresa.

Pleiteia o pagamento do valor do produto e taxa de entrega, indenização por danos materiais, morais e lucros cessantes, além da inversão do ônus da prova, custas e honorários.

A ré, devidamente citada, apresentou defesa [ou: a ré permaneceu revel, conforme certidão de fls. XX], alegando [resumir eventual defesa, se houver] (omitir caso não haja).

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e da Relação de Consumo

É incontroverso que houve pedido de produto alimentício pela ré, com confecção e entrega regular pela autora, sendo a relação claramente de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º.

2. Da Obrigação de Pagar e da Boa-fé Objetiva

A promoção invocada pela ré não se aplicava ao produto adquirido, conforme amplamente divulgado. A recusa injustificada ao pagamento após a prestação regular do serviço caracteriza inadimplemento contratual e afronta ao princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), além de configurar enriquecimento ilícito (CCB/2002, art. 884).

O consumidor não pode se eximir de suas obrigações contratuais com base em interpretação equivocada ou expectativa infundada de benefício promocional, especialmente quando informado de modo claro e ostensivo.

3. Dos Danos Materiais e Lucros Cessantes

Restou comprovado o prejuízo material suportado pela autora no valor de R$ 73,00 (produto + taxa de entrega), bem como a perda do lucro esperado com a venda, caracterizando lucros cessantes, na forma do CCB/2002, art. 402.

4. Dos Danos Morais

O comportamento da ré, que além de recusar o recebimento e o pagamento do produto, proferiu palavras ofensivas ao entregador e expôs a empresa a situação vexatória, ultrapassa o mero dissabor cotidiano. Configura, portanto, violação à honra objetiva da autora, ensejando indenização por danos morais (CF/88, art. 5º, X; CDC, art. 6º, VI; CCB/2002, art. 186).

5. Da Responsabilidade Objetiva

Ainda que o entregador seja terceirizado, a autora responde objetivamente pelos atos praticados no exercício da entrega (CDC, art. 34). No caso, não há prova de conduta irregular do preposto.

6. Dos Princípios Aplicáveis e Jurisprudência

Incidem ao caso os princípios da boa-fé objetiva, função social do contrato e vedação ao enriquecimento sem causa (CF/88, art. 170; CDC, art. 4º, III; CCB/2002, art. 422). A jurisprudência é firme no sentido da responsabilidade do fornecedor por danos materiais e morais decorrentes de inadimplemento injustificado, como se observa dos acórdãos colacionados pela autora.

7. Do Devido Processo Legal e Fundamentação (CF/88, art. 93, IX)

Ressalta-se que o presente julgamento está devidamente fundamentado, em cumprimento ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal, assegurando transparência e motivação das decisões judiciais.

III. Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por Maestro Pizzaria Ltda para:

  1. Condenar a ré ao pagamento de R$ 73,00 (setenta e três reais), devidamente corrigidos desde o evento e acrescidos de juros legais, a título de danos materiais;
  2. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo em R$ 2.000,00 (dois mil reais), considerando a repercussão dos fatos e os princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 10% sobre o valor da condenação;
  4. Determinar a expedição de ofício para inclusão do nome da ré em cadastros de inadimplentes, caso não efetuado o pagamento no prazo legal.

Deixo de determinar a inversão do ônus da prova, porquanto restou demonstrado o alegado pela autora.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [data].

[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito

**Observações: - O voto simulado está fundamentado na CF/88, art. 93, IX, Código de Defesa do Consumidor, Código Civil e jurisprudência. - Caso deseje julgar improcedente ou não conhecer o recurso, basta ajustar a fundamentação e o dispositivo conforme o caso concreto.


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