Modelo de Contrarrazões à Apelação Contra Sentença que Reconheceu Nulidade de Contrato de Empréstimo Consignado e Fixou Restituição em Dobro e Danos Morais
Publicado em: 03/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
Processo nº [número do processo]
[NOME COMPLETO DO AUTOR], já qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do art. 1.010, §1º, do CPC/2015, apresentar as presentes:
CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO
em face do recurso interposto por [NOME COMPLETO DO RÉU], também qualificado nos autos, requerendo o encaminhamento das razões ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de [Estado], para que seja negado provimento ao recurso, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
Colenda Câmara,
As razões recursais apresentadas pelos réus não merecem prosperar, pois a sentença de primeiro grau analisou com precisão os fatos e aplicou corretamente o direito ao caso concreto. A decisão recorrida deve ser mantida em sua integralidade, conforme será demonstrado a seguir.
DOS FATOS
O autor ajuizou a presente ação narrando o recebimento de cobranças indevidas relativas a um suposto contrato de empréstimo consignado nº 592618646, com descontos mensais de R$ 13,20 (treze reais e vinte centavos) em seu benefício previdenciário desde março de 2019.
Os réus, em sua defesa, alegaram a regularidade da contratação e juntaram aos autos um suposto contrato firmado pelo autor. Contudo, na réplica, o autor impugnou a autenticidade do documento, alegando fraude e falsificação, especialmente no que tange à assinatura a rogo, que teria sido realizada por pessoa que não é seu filho nem possui qualquer vínculo com ele.
Intimados para especificação de provas, os réus não pleitearam a realização de perícia grafotécnica, deixando de observar o ônus que lhes é imposto pelo CPC/2015, art. 429, II. Além disso, o autor apresentou documento oficial comprovando que a pessoa que teria assinado a rogo não é seu filho, o que não foi impugnado pelos réus.
Diante disso, a sentença reconheceu a fraude na contratação, declarou a nulidade do contrato e condenou os réus à restituição em dobro dos valores descontados, além de fixar indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
DO DIREITO
I. DA NULIDADE DO CONTRATO E DA INEXISTÊNCIA DA DÍVIDA
Nos termos do CPC/2015, art. 429, II, incumbe à parte que produziu o documento impugnado o ônus de provar sua autenticidade. No caso em tela, os réus não requereram a realização de perícia grafotécnica, deixando de cumprir o ônus probatório que lhes cabia.
Ademais, o autor apresentou prova documental que demonstra a falsidade da assinatura a rogo, evidenciando que a pessoa que teria"'>...