Modelo de Contestação em Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais com Pedido de Justiça Gratuita e Renegociação Contratual

Publicado em: 17/03/2025 CivelProcesso Civil
Contestação apresentada nos autos de uma ação de indenização por danos materiais e morais movida pela Casa Bella Construtora contra E. A. da S. S.. O documento enfatiza a hipossuficiência financeira da ré, requerendo a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça. Fundamenta-se na boa-fé contratual e na teoria da imprevisão, em razão de crise financeira e falência da construtora, para justificar a impossibilidade de cumprimento contratual e propor renegociação das condições de pagamento. Requer, ainda, a improcedência da ação e a condenação da autora ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE TRAMANDAÍ/RS

PROCESSO Nº: (indicar o número do processo)

E. A. DA S. S., já qualificada nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada, com endereço profissional na Rua Uruguai, nº 335, sala 75, bairro Centro, Porto Alegre/RS, telefone (51) 99758-4391, e-mail: [email protected], apresentar a presente:

CONTESTAÇÃO

em face da ação de indenização por danos materiais e morais movida por CASA BELLA CONSTRUTORA, inscrita no CNPJ nº 38.114.638/0001-26, com endereço na Av. Marechal Castelo Branco, nº 817, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

PRELIMINARMENTE

DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A Ré, professora de profissão, trabalha em uma instituição de caridade denominada "Pão dos Pobres", e encontra-se em situação de hipossuficiência financeira, não podendo arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família. Assim, requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do CPC/2015, art. 98.

DOS FATOS

A Ré firmou contrato com a autora para a construção de um imóvel, mas, devido à crise financeira que assolou o país e à falência da construtora responsável pela obra, não conseguiu honrar os pagamentos previstos no contrato. A Ré agiu de boa-fé durante todo o período contratual, tendo pago as parcelas iniciais conforme combinado, mas foi surpreendida pela paralisação das obras e pela ausência de solução por parte da autora.

Importante destacar que a Ré é pessoa humilde, professora, e trabalha em uma instituição filantrópica, não possuindo meios financeiros para arcar com os valores exigidos pela autora. No entanto, a Ré está disposta a negociar e propor um plano de pagamento em valores menores, dentro de suas possibilidades financeiras.

DO DIREITO

DA BOA-FÉ CONTRATUAL

O contrato firmado entre as partes deve ser interpretado à luz do princípio da boa-fé objetiva, conforme previsto no CCB/2002, art. 422. A Ré, em momento algum, agiu de má-fé ou com intenção de descumprir suas obrigações contratuais. Pelo contrário, foi surpreendida pela falência da construtora e pela crise financeira que inviabilizou o cumprimento integral do contrato.

DA TEORIA DA IMPREVISÃO

Nos termos do CCB/2002, art. 478, é possível a revisão con"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais ajuizada por CASA BELLA CONSTRUTORA contra a Ré E. A. DA S. S., alegando inadimplemento contratual em decorrência de falhas no pagamento pactuado para a construção de um imóvel. A Ré, por sua vez, apresentou contestação argumentando boa-fé contratual, impossibilidade financeira em razão de crise econômica e falência da construtora responsável pela obra, além de pleitear a concessão dos benefícios da justiça gratuita, renegociação do contrato e a improcedência dos pedidos formulados pela autora.

II. Fundamentação

1. Da Gratuidade da Justiça

Nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015), a gratuidade da justiça pode ser concedida à parte que comprovar insuficiência de recursos para arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento. No presente caso, resta demonstrada a hipossuficiência financeira da Ré, professora em instituição filantrópica, razão pela qual defiro o pedido de gratuidade.

2. Dos Fatos e da Boa-Fé Contratual

A relação jurídica entre as partes deve ser analisada à luz do princípio da boa-fé objetiva, conforme previsto no artigo 422 do Código Civil de 2002 (CCB/2002). A Ré apresentou elementos que demonstram sua intenção de cumprir o contrato, sendo surpreendida por fatores externos imprevisíveis e alheios à sua vontade, como a crise financeira e a falência da construtora contratada.

3. Da Teoria da Imprevisão

O artigo 478 do Código Civil ampara a aplicação da teoria da imprevisão, permitindo a revisão contratual quando eventos supervenientes e extraordinários tornam excessivamente oneroso o cumprimento das obrigações para uma das partes. No presente caso, entendo que os eventos narrados configuram circunstâncias excepcionais que justificam a renegociação das condições contratuais.

4. Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria tem se posicionado no sentido de que o inadimplemento contratual, por si só, não configura dano moral, sendo necessária a demonstração de conduta dolosa ou abusiva da parte inadimplente, o que não se verifica no caso em análise. A boa-fé da Ré é corroborada por sua disposição em renegociar os valores devidos.

III. Dispositivo

Diante do exposto, com base no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que determina a fundamentação de toda decisão judicial, voto no seguinte sentido:

  1. Defiro o pedido de gratuidade da justiça em favor da Ré;
  2. Julgo parcialmente procedente a ação para determinar a renegociação do contrato firmado entre as partes, com pagamento em parcelas menores e dentro das possibilidades financeiras da Ré, nos termos do artigo 478 do Código Civil;
  3. Julgo improcedente o pedido de indenização por danos morais, considerando a ausência de má-fé ou dolo por parte da Ré;
  4. Condeno a autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, com fundamento no artigo 85, §2º, do CPC/2015.

IV. Conclusão

Assim, conheço do recurso interposto e dou-lhe parcial provimento, nos termos da fundamentação acima exposta.

É como voto.

Juiz de Direito

Tramandaí, ___ de __________ de 20__.


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