Modelo de Contestação em ação de reparação por danos materiais e morais decorrente de acidente de trânsito em Anápolis/GO, arguindo ausência de culpa exclusiva, nexo causal, comprovação dos danos e impugnação à justi...
Publicado em: 07/05/2025 CivelProcesso CivilCONTESTAÇÃO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Anápolis/GO.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
M. P., brasileira, estado civil ____, profissão ____, portadora do CPF nº ________, RG nº ________, endereço eletrônico: ________, residente e domiciliada na Rua ________, nº ____, Bairro ________, CEP ________, Anápolis/GO, por meio de seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à ação de reparação de danos materiais e morais proposta por R. C. M. D., brasileira, estado civil ____, profissão ____, portadora do CPF nº ________, RG nº ________, endereço eletrônico: ________, residente e domiciliada na Rua ________, nº ____, Bairro ________, CEP ________, Anápolis/GO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. SÍNTESE DOS FATOS
A autora, R. C. M. D., ajuizou a presente demanda alegando que, em 24 de janeiro de 2025, na cidade de Anápolis/GO, teria sofrido acidente de trânsito causado por suposta imprudência da ré, M. P., que teria adentrado via preferencial sem observar a sinalização de parada obrigatória, ocasionando colisão e danos ao veículo da autora. Afirma que arcou com prejuízo total de R$ 4.563,40, relativos à franquia do seguro e aluguel de carro reserva, e que, frustrada a tentativa de acordo extrajudicial, busca ressarcimento judicial, além de indenização por danos morais, alegando violação de normas de trânsito e de segurança.
A ré, por sua vez, nega ter agido com imprudência, sustentando que não foi a responsável exclusiva pelo acidente, havendo, no mínimo, culpa concorrente da autora, diante da dinâmica do sinistro e das circunstâncias fáticas não esclarecidas. Ressalta, ainda, que não restaram comprovados os danos alegados, tampouco o nexo causal entre a conduta imputada e os prejuízos reclamados.
4. PRELIMINARES
4.1. DA IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA
A ré impugna o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita formulado pela autora, requerendo que seja comprovada, nos autos, a real hipossuficiência financeira, nos termos do CPC/2015, art. 99, § 2º, sob pena de indeferimento do benefício.
4.2. DA AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS ESSENCIAIS
A inicial não foi instruída com todos os documentos indispensáveis à comprovação dos alegados danos materiais, como notas fiscais e comprovantes de pagamento, contrariando o disposto no CPC/2015, art. 320. Tal ausência prejudica o exercício do contraditório e da ampla defesa, sendo fundamento suficiente para o indeferimento do pedido ou, subsidiariamente, para a determinação de emenda da inicial.
5. MÉRITO
5.1. DA DINÂMICA DO ACIDENTE E DA AUSÊNCIA DE CULPA EXCLUSIVA DA RÉ
A narrativa da autora carece de respaldo probatório suficiente para atribuir à ré a culpa exclusiva pelo acidente. Não há nos autos elementos robustos que demonstrem, de forma inequívoca, que a ré desrespeitou a sinalização de parada obrigatória ou que agiu com imprudência. Ao contrário, a dinâmica do acidente revela a existência de circunstâncias controvertidas, sendo possível a ocorrência de culpa concorrente, pois a autora, ao transitar pela via preferencial, não teria adotado as cautelas necessárias para evitar a colisão, contribuindo para o evento danoso.
5.2. DA AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL E DA NECESSIDADE DE PROVA
O dever de indenizar, nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, pressupõe a demonstração do ato ilícito, do dano e do nexo causal. No caso em tela, a autora não logrou êxito em comprovar que os danos alegados decorreram exclusivamente da conduta da ré, tampouco que não contribuiu para o acidente. Ademais, o boletim de ocorrência, por ser documento unilateral, não constitui prova absoluta, sendo imprescindível a produção de outras provas para elucidar a dinâmica do sinistro.
5.3. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS INDENIZÁVEIS
O mero dissabor decorrente de acidente de trânsito, sem comprovação de abalo significativo à esfera moral da autora, não enseja indenização por danos morais, conforme entendimento consolidado na jurisprudência. No presente caso, não há qualquer elemento que demonstre sofrimento extraordinário, humilhação ou violação à dignidade da autora, sendo indevido o pleito indenizatório a esse título.
5.4. DA NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DOS DANOS MATERIAIS
Os valores pleiteados a título de danos materiais (franquia de seguro e aluguel de carro reserva) não foram devidamente comprovados por meio de documentos idôneos, como notas fiscais e recibos de pagamento. A ausência de tais comprovantes inviabiliza a condenação da ré ao ressarcimento pretendido, nos termos do CPC/2015, art. 373, I.
6. DO DIREITO
6.1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL E ÔNUS DA PROVA
A responsabilidade civil por acidente de trânsito, em regra, é subjetiva, exigindo a demonstração de culpa, dano e nexo causal (CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927). Cabe à parte autora o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito, nos termos do CPC/2015, art. 373, I. A ausência de provas robustas acerca da dinâmica do acidente e da culpa exclusiva da ré impede o acolhimento do pedido indenizatório.
6.2. DA CULPA CONCORRENTE
O CCB/2002, art. 945, a possibilidade de redução proporcional da indenização quando houver culpa concorrente da vítima. No caso, a conduta da autora, que não teria adotado as cautelas necessárias ao transitar pela via preferencial, contribuiu para o evento danoso, devendo ser reconhecida a culpa concorrente, caso não seja acolhida a improcedência total da demanda.
6.3. DOS DANOS MORAIS
A jurisprudência é pacífica no sentido de que o abalo moral indenizável exige prova de sofrimento extraordinário, não sendo suficiente o mero aborrecime"'>...
Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.