Modelo de Alegações Finais em Embargos de Terceiro para Defesa da Posse de Imóvel Rural com Fundamentação no CPC/2015 e Proteção ao Direito de Propriedade

Publicado em: 28/11/2023 CivelProcesso Civil
Este documento apresenta as Alegações Finais nos Embargos de Terceiro propostos por A. J. dos S., visando à liberação de constrição judicial sobre um imóvel rural, com base no CPC/2015, art. 674. O autor fundamenta sua posse legítima e de boa-fé, comprovada por autorização do INCRA e ausência de vínculo com a relação jurídica que originou a execução. São citados dispositivos legais, como o art. 5º, XXII, da CF/88 e o art. 1.210 do CCB/2002, além de jurisprudências relevantes, reforçando o pedido de manutenção da posse e condenação do Réu em custas e honorários.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

ALEGAÇÕES FINAIS EM EMBARGOS DE TERCEIRO

Autor: A. J. dos S.

Réu: __________

PREÂMBULO

O Autor, A. J. dos S., já devidamente qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS nos presentes Embargos de Terceiro, com fundamento no CPC/2015, art. 674, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor ajuizou os presentes Embargos de Terceiro com o objetivo de proteger sua posse sobre o imóvel localizado na área rural denominada __________, a qual foi objeto de constrição judicial em processo de execução movido pelo Réu.

O Autor demonstrou, ao longo da instrução processual, que possui autorização formal do INCRA para permanecer na área, conforme documento juntado aos autos, o que comprova sua posse legítima e anterior à constrição judicial.

Além disso, restou evidenciado que o Autor não é parte na relação jurídica que deu origem à execução, sendo, portanto, terceiro de boa-fé, conforme previsto no CPC/2015, art. 674, §1º.

DO DIREITO

Os Embargos de Terceiro são o instrumento processual adequado para proteger a posse ou propriedade de bens de terceiro que não integra a relação jurídica processual em que se deu a constrição judicial, conforme dispõe o CPC/2015, art. 674.

No caso em tela, o Autor comprovou sua posse legítima sobre o imóvel, anterior à penhora, mediante a apresentação de autorização formal emitida pelo INCRA, órgão competente para regularizar a ocupação de terras rurais.

Ademais, a boa-fé do Autor é evidente, uma vez que este não possui qualquer vínculo com a dívida que originou a execução, tampouco contribuiu para a situação que ensejou a constrição judicial.

O princípio da proteção à posse, consagrado no CCB/2002, art. 1.210, reforça o direito do Autor à manutenção de sua posse, especialmente quando esta é exercida de forma pacífica e contínua, como demonstrado nos autos.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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Voto do Magistrado

Processo nº: __________

Comarca: __________

1. Relatório

Trata-se de Embargos de Terceiro interpostos por A. J. dos S. em face da constrição judicial realizada sobre imóvel localizado na área rural denominada __________, em processo de execução movido pelo Réu. O Autor alega que possui posse legítima sobre o imóvel, com autorização formal do INCRA, e que não é parte na relação jurídica que deu origem à execução.

Foram apresentadas provas documentais e testemunhais que corroboram a versão do Autor, destacando-se a autorização emitida pelo INCRA e a inexistência de vínculo jurídico entre o Autor e a dívida executada.

2. Fundamentação

A análise dos fatos e do direito, em conformidade com os princípios constitucionais e legais aplicáveis, permite concluir pela procedência do pedido do Autor, conforme os fundamentos a seguir.

2.1. Da Legitimidade dos Embargos de Terceiro

Nos termos do art. 674 do CPC/2015, os Embargos de Terceiro são cabíveis para proteger a posse ou propriedade de bem de quem não é parte na relação jurídica que deu origem à constrição judicial. No caso em tela, o Autor comprovou, por meio de documentos, sua posse legítima e anterior à constrição, sendo terceiro de boa-fé, conforme disposto no §1º do referido artigo.

2.2. Da Boa-Fé e da Proteção à Posse

A boa-fé do Autor é evidente, uma vez que ele não possui qualquer vínculo com a dívida executada, tampouco contribuiu para o surgimento desta. Ademais, o Autor exerce posse legítima, contínua e pacífica sobre o imóvel, conforme consagrado no art. 1.210 do Código Civil.

A constrição judicial sobre o imóvel, sem observância da posse legítima do Autor, configura violação ao direito de propriedade, garantido pelo art. 5º, XXII, da Constituição Federal de 1988.

2.3. Da Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência dos tribunais superiores e estaduais reafirma a necessidade de proteção à posse e ao direito de propriedade em situações como a presente, conforme se extrai dos seguintes precedentes:

  • STJ: AgInt no AREsp. Acórdão/STJ - Relator Ministro Antonio Carlos Ferreira, Quarta Turma, julgado em 21/2/2022, DJe de 25/2/2022. Tese: "Título executivo extrajudicial que preenche os requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade não deve ser declarado nulo".
  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Relator Des. Achile Alesina, julgado em 08/10/2024. Tese: "Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários de advogado".
  • TJSP (7ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Relator Des. Pastorelo Kfouri, julgado em 27/09/2024. Tese: "Os embargos de terceiro não são cabíveis para impedir a homologação de acordo entre as partes".

3. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os Embargos de Terceiro, para:

  1. Determinar a liberação da constrição judicial sobre o imóvel do Autor;
  2. Manter a posse do Autor sobre o referido imóvel, reconhecendo sua legitimidade e boa-fé;
  3. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor atualizado da causa, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

P.R.I.

Local e data: __________

__________________________

Assinatura do Magistrado


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