Legislação

Lei 13.097, de 19/01/2015
(D.O. 20/01/2015)

Art. 54

- Os negócios jurídicos que tenham por fim constituir, transferir ou modificar direitos reais sobre imóveis são eficazes em relação a atos jurídicos precedentes, nas hipóteses em que não tenham sido registradas ou averbadas na matrícula do imóvel as seguintes informações:

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 54. Vigência em 19/02/2015)

I - registro de citação de ações reais ou pessoais reipersecutórias;

II - averbação, por solicitação do interessado, de constrição judicial, de que a execução foi admitida pelo juiz ou de fase de cumprimento de sentença, procedendo-se nos termos previstos no art. 828 da Lei 13.105, de 16/03/2015 (Código de Processo Civil); [[CPC/2015, art. 828.]]

Lei 14.382, de 27/06/2022, art. 16 (Nova redação ao inc. II. Origem da Medida Provisória 1.085, de 27/12/2021, art. 16).

Redação anterior: [II - averbação, por solicitação do interessado, de constrição judicial, do ajuizamento de ação de execução ou de fase de cumprimento de sentença, procedendo-se nos termos previstos do art. 615-A da Lei 5.869, de 11/01/1973 - Código de Processo Civil; [[CPC/1973, art. 615-A.]]]

III - averbação de restrição administrativa ou convencional ao gozo de direitos registrados, de indisponibilidade ou de outros ônus quando previstos em lei; e

IV - averbação, mediante decisão judicial, da existência de outro tipo de ação cujos resultados ou responsabilidade patrimonial possam reduzir seu proprietário à insolvência, nos termos do inciso IV do caput do art. 792 da Lei 13.105, de 16/03/2015 (Código de Processo Civil). [[CPC/2015, art. 792.]]

Lei 14.382, de 27/06/2022, art. 16 (Nova redação ao inc. II. Origem da Medida Provisória 1.085, de 27/12/2021, art. 16).

Redação anterior (original): [IV - averbação, mediante decisão judicial, da existência de outro tipo de ação cujos resultados ou responsabilidade patrimonial possam reduzir seu proprietário à insolvência, nos termos do inciso II do art. 593 da Lei 5.869, de 11/01/1973 - Código de Processo Civil. [[CPC/1973, art. 593.]]]

V - averbação, mediante decisão judicial, de qualquer tipo de constrição judicial incidente sobre o imóvel ou sobre o patrimônio do titular do imóvel, inclusive a proveniente de ação de improbidade administrativa ou a oriunda de hipoteca judiciária.

Lei 14.825, de 20/03/2024, art. 1º (acrescenta o inc. V).

§ 1º - Não poderão ser opostas situações jurídicas não constantes da matrícula no registro de imóveis, inclusive para fins de evicção, ao terceiro de boa-fé que adquirir ou receber em garantia direitos reais sobre o imóvel, ressalvados o disposto nos arts. 129 e 130 da Lei 11.101, de 9/02/2005, e as hipóteses de aquisição e extinção da propriedade que independam de registro de título de imóvel. [[Lei 11.101/2005, art. 129. Lei 11.101/2005, art. 130.]]

Lei 14.382, de 27/06/2022, art. 16 (acrescenta o § 1º. Antigo parágrafo único. Origem da Medida Provisória 1.085, de 27/12/2021, art. 16).

Redação anterior (revogado pela Medida Provisória 1.085, de 27/12/2021, art. 20, IX): [Parágrafo único - Não poderão ser opostas situações jurídicas não constantes da matrícula no Registro de Imóveis, inclusive para fins de evicção, ao terceiro de boa-fé que adquirir ou receber em garantia direitos reais sobre o imóvel, ressalvados o disposto nos arts. 129 e 130 da Lei 11.101, de 9/02/2005, e as hipóteses de aquisição e extinção da propriedade que independam de registro de título de imóvel. [[Lei 11.101/2005, art. 129. Lei 11.101/2005, art. 130.]]]

§ 2º - Para a validade ou eficácia dos negócios jurídicos a que se refere o caput deste artigo ou para a caracterização da boa-fé do terceiro adquirente de imóvel ou beneficiário de direito real, não serão exigidas:

Lei 14.382, de 27/06/2022, art. 16 (acrescenta o § 2º. Origem da Medida Provisória 1.085, de 27/12/2021, art. 16).

I - a obtenção prévia de quaisquer documentos ou certidões além daqueles requeridos nos termos do § 2º do art. 1º da Lei 7.433, de 18/12/1985; e [[Lei 7.433/1985, art. 1º.]]

II - a apresentação de certidões forenses ou de distribuidores judiciais.

Referências ao art. 54 Jurisprudência do art. 54
Art. 55

- A alienação ou oneração de unidades autônomas integrantes de incorporação imobiliária, parcelamento do solo ou condomínio edilício, devidamente registrada, não poderá ser objeto de evicção ou de decretação de ineficácia, mas eventuais credores do alienante ficam sub-rogados no preço ou no eventual crédito imobiliário, sem prejuízo das perdas e danos imputáveis ao incorporador ou empreendedor, decorrentes de seu dolo ou culpa, bem como da aplicação das disposições constantes da Lei 8.078, de 11/09/1990.

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 55. Vigência em 19/02/2015)

Art. 56

- A averbação na matrícula do imóvel prevista no inciso IV do art. 54 será realizada por determinação judicial e conterá a identificação das partes, o valor da causa e o juízo para o qual a petição inicial foi distribuída. [[Lei 13.097/2015, art. 54.]]

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 56. Vigência em 19/02/2015)

§ 1º - Para efeito de inscrição, a averbação de que trata o caput é considerada sem valor declarado.

§ 2º - A averbação de que trata o caput será gratuita àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.

§ 3º - O Oficial do Registro Imobiliário deverá comunicar ao juízo a averbação efetivada na forma do caput, no prazo de até dez dias contado da sua concretização.

§ 4º - A averbação recairá preferencialmente sobre imóveis indicados pelo proprietário e se restringirá a quantos sejam suficientes para garantir a satisfação do direito objeto da ação.


Art. 57

- Recebida a comunicação da determinação de que trata o caput do art. 56, será feita a averbação ou serão indicadas as pendências a serem satisfeitas para sua efetivação no prazo de 5 (cinco) dias. [[Lei 13.097/2015, art. 56.]]

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 57. Vigência em 19/02/2015)

Art. 58

- O disposto nesta Lei não se aplica a imóveis que façam parte do patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas fundações e autarquias.

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 58. Vigência em 19/02/2015)

Art. 59

- A Lei 7.433, de 18/12/1985, passa a vigorar com as seguintes alterações:

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 59. Vigência em 19/02/2015)
[...]
§ 2º - O Tabelião consignará no ato notarial a apresentação do documento comprobatório do pagamento do Imposto de Transmissão inter vivos, as certidões fiscais e as certidões de propriedade e de ônus reais, ficando dispensada sua transcrição.
[...].] (NR)

Art. 60

- A Lei 11.977, de 7/07/2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 60. Vigência em 19/02/2015)
[Lei 11.977/2009, art. 41 - A partir da implementação do sistema de registro eletrônico de que trata o art. 37, os serviços de registros públicos disponibilizarão ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo federal, por meio eletrônico e sem ônus, o acesso às informações constantes de seus bancos de dados, conforme regulamento. [[Lei 11.977/2009, art. 37.]]
Parágrafo único - O descumprimento do disposto no caput ensejará a aplicação das penas previstas nos incisos II a IV do caput do art. 32 da Lei 8.935, de 18/11/1994. [[Lei 8.935/1994, art. 32.]]

Art. 61

- Os registros e averbações relativos a atos jurídicos anteriores a esta Lei, devem ser ajustados aos seus termos em até 2 (dois) anos, contados do início de sua vigência.

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 61. Vigência em 19/02/2015)

Art. 62

- O art. 1º do Decreto-lei 745, de 7/08/1969, passa a vigorar com a seguinte redação:

Lei 13.097, de 19/02/2015, art. 168, II (Art. 62. Vigência em 19/02/2015)
[Decreto-lei 745, de 07/08/1969, art. 1º - Nos contratos a que se refere o art. 22 do Decreto-lei 58, de 10/12/1937, ainda que não tenham sido registrados junto ao Cartório de Registro de Imóveis competente, o inadimplemento absoluto do promissário comprador só se caracterizará se, interpelado por via judicial ou por intermédio de cartório de Registro de Títulos e Documentos, deixar de purgar a mora, no prazo de 15 (quinze) dias contados do recebimento da interpelação. [[Decreto-lei 58/1937, art. 22.]]
Parágrafo único - Nos contratos nos quais conste cláusula resolutiva expressa, a resolução por inadimplemento do promissário comprador se operará de pleno direito (art. 474 do Código Civil), desde que decorrido o prazo previsto na interpelação referida no caput, sem purga da mora.] (NR) [[CCB/2002, art. 474.]]