Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais contra Lojas Riachuelo S.A. por Inclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes

Publicado em: 09/08/2024 CivelConsumidor
A presente ação judicial, proposta por uma consumidora contra Lojas Riachuelo S.A., busca a declaração de inexistência de débito decorrente de fraude em compras realizadas sem autorização da autora. A inclusão indevida do nome da autora em cadastros de inadimplentes é apontada como motivo para pleitear indenização por danos morais, fundamentando-se no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) e em jurisprudências que reconhecem o dano moral presumido (in re ipsa). A autora também solicita a tutela provisória de urgência para exclusão imediata de seu nome dos cadastros restritivos, além de outras medidas processuais cabíveis.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]

[NOME COMPLETO DA AUTORA], brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do RG nº [número] e inscrita no CPF/MF sob o nº [número], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de sua advogada que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de LOJAS RIACHUELO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS

A Autora foi surpreendida com a informação de que seu nome foi negativado em razão de compras realizadas junto à Ré, utilizando-se de seu cartão de crédito. No entanto, a Autora jamais realizou tais compras, sendo vítima de fraude.

Em [data], a Autora registrou boletim de ocorrência policial, relatando os fatos e contestou as compras diretamente no site da Ré. Ademais, no dia em que as compras foram realizadas, a Autora encontrava-se em seu local de trabalho, conforme poderá ser comprovado por meio de documentos e testemunhas.

Apesar de todas as providências tomadas, a Ré não adotou as medidas necessárias para cancelar as cobranças indevidas e ainda procedeu ao protesto do nome da Autora, causando-lhe graves prejuízos e constrangimentos.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), sendo a Ré fornecedora de serviços e a Autora consumidora. Nos termos do CDC, art. 14, a responsabilidade do fornecedor é objetiva, respondendo pelos danos causados ao consumidor, independentemente de culpa.

Ficou evidente a falha na prestação do serviço por parte da Ré, que não adotou os mecanismos necessários para evitar a fraude e, posteriormente, não solucionou o problema, mesmo após a comunicação da Autora.

Ademais, a inclusão indevida do nome da Autora em cadastros de inadimplentes configura dano moral in re ipsa, ou seja, presume-se o dano pelo simples fato da negativação indevida, conforme entendimento pacífico dos tribunais.

Nos termos do CPC/2015, art. 300, a concessão de tutela de urgência é cabível quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No presente caso, tais requisitos estão plenamente demonstrados, sendo necessária a imediata exclusão do nome da Autora dos cadastros de inadimplentes.

JURISPRUDÊNCIAS

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito C/C Indenização por Danos Morais proposta por [NOME COMPLETO DA AUTORA] em face de LOJAS RIACHUELO S.A., alegando a negativação indevida de seu nome em decorrência de fraude. A parte autora aduz que nunca realizou as compras questionadas e que a ré, mesmo após comunicação e adoção de providências, não solucionou o problema, culminando na manutenção das cobranças e no protesto de seu nome.

A autora fundamenta seu pedido no Código de Defesa do Consumidor (art. 14), alegando falha na prestação do serviço por parte da ré, além de pleitear indenização por danos morais, sob o entendimento de que a inclusão indevida de seu nome em cadastros de inadimplentes configura dano moral in re ipsa.

Fundamentação

Conforme dispõe a Constituição Federal de 1988 em seu art. 93, IX, a fundamentação das decisões judiciais é obrigatória, sendo necessário analisar os fatos à luz dos fundamentos legais e constitucionais aplicáveis.

1. Da Legitimidade e Responsabilidade

Com base na Lei nº 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), a relação entre as partes é de consumo, sendo a ré fornecedora de serviços e a autora consumidora. Nos termos do art. 14, a responsabilidade do fornecedor é objetiva, respondendo pelos danos causados ao consumidor, independentemente de culpa. Restou comprovado nos autos a falha na prestação do serviço por parte da ré, que não adotou medidas eficazes para evitar a fraude e, posteriormente, não regularizou a situação.

2. Da Inclusão Indevida e do Dano Moral

É pacífico o entendimento jurisprudencial de que a inclusão indevida do nome de um consumidor em cadastros de inadimplentes gera dano moral presumido (in re ipsa), sendo a comprovação do dano desnecessária. A omissão da ré em solucionar o problema agravou os prejuízos à autora, causando-lhe graves constrangimentos e prejuízos.

O Superior Tribunal de Justiça tem consolidado o entendimento de que a responsabilidade do fornecedor, nesses casos, decorre da própria falha no serviço, cabendo a este demonstrar que o fato ocorreu por culpa exclusiva de terceiro, o que não foi comprovado nos autos.

3. Da Concessão da Tutela de Urgência

O art. 300 do CPC/2015 estabelece que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No presente caso, é evidente que a manutenção do nome da autora em cadastros de inadimplentes pode lhe causar prejuízos irreparáveis, justificando a concessão da tutela para exclusão imediata de seu nome.

4. Da Jurisprudência

Os tribunais têm reconhecido reiteradamente o direito à exclusão imediata do nome de consumidores em situações como esta, bem como a condenação ao pagamento de indenizações por danos morais, como demonstram os precedentes abaixo:

  • TJRJ (Segunda Câmara de Direito Privado) - AGRAVO DE INSTRUMENTO Acórdão/TJRJ - RJ: Recurso conhecido e desprovido, confirmando a necessidade de tutela provisória de urgência.
  • TJSP (38ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Confirmação da tutela provisória e reconhecimento do dano moral in re ipsa.
  • TJSP (13ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Inclusão indevida em cadastros de inadimplentes reconhecida como dano moral, com reforma parcial da sentença.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da CF/88, conheço do pedido e JULGO PROCEDENTE A AÇÃO para:

  1. Declarar a inexistência do débito apontado;
  2. Determinar a exclusão imediata do nome da autora dos cadastros de inadimplentes, sob pena de multa diária de R$ 500,00;
  3. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data do arbitramento;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da condenação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [data].

[NOME COMPLETO DO MAGISTRADO]
Juiz(a) de Direito


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Publicado em: 21/04/2025 CivelConsumidor

Petição inicial proposta por A. J. P. em face de Hyundai Financiamentos S.A., objetivando a declaração de inexistência do débito relativo ao contrato de financiamento nº 20038974016, a exclusão imediata do nome do autor dos cadastros de inadimplentes SPC/SERASA, e a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes da manutenção indevida e ilegal do registro negativo, mesmo com o contrato adimplente. A ação fundamenta-se na responsabilidade civil por ato ilícito (arts. 186 e 927 do Código Civil), responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços (art. 14 do CDC) e na proteção constitucional à honra e imagem (art. 5º, X da CF/88), destacando a violação dos princípios da dignidade da pessoa humana, boa-fé objetiva e proteção do consumidor. Requer ainda a produção de provas, a citação da ré, a condenação em custas e honorários, e a designação de audiência de conciliação. O valor da causa é R$ 48.625,60.

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Publicado em: 30/11/2024 CivelConsumidor

Petição inicial apresentada por A. J. dos S., engenheiro, contra a empresa XYZ Ltda., visando a declaração de inexistência de débito, exclusão de seu nome do cadastro de inadimplentes do Serasa e indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00. A inclusão indevida no cadastro foi fundamentada na ausência de qualquer relação contratual entre as partes e no prejuízo causado à honra e dignidade do Autor. A ação baseia-se no artigo 186 do Código Civil e no artigo 5º, X, da Constituição Federal, além de jurisprudências que reforçam o dever de reparação em casos semelhantes.

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Publicado em: 06/11/2024 CivelConsumidor

Modelo de contestação apresentada em processo de família, na qual o réu impugna ação proposta por ex-cônjuge que visa a partilha de bens (residência, lojas e veículo), anulação de cláusula de divórcio, indenização por danos morais e pensão alimentícia. O documento destaca preliminares de ilegitimidade passiva em relação a bens do espólio, inépcia parcial da petição inicial, ausência de direito da autora à meação sobre bens particulares e bens de herança, bem como ausência de fundamento para os pedidos de danos morais e pensão. Fundamenta-se em dispositivos do Código Civil, do Código de Processo Civil e em precedentes do TJ/RJ, além de requerer a improcedência dos pedidos, a condenação em custas e honorários e a produção de provas.

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