Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Revisão Tarifária de Condomínio Contra Concessionária de Água

Publicado em: 14/08/2024 CivelConsumidor
Trata-se de uma réplica à contestação apresentada em uma ação movida por um condomínio residencial contra uma concessionária de água. O documento contesta a alteração unilateral da metodologia de tarifação, realizada pela concessionária, que passou a considerar o consumo global do condomínio como uma única unidade consumidora, gerando cobranças desproporcionais. São apresentados fundamentos jurídicos baseados nos princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos, além de jurisprudências como o Tema Repetitivo 414 do STJ, que consideram ilegal a cobrança de tarifa mínima para condomínios sem medição individualizada. O pedido principal é pela declaração de ilegalidade da nova metodologia tarifária e pelo restabelecimento do modelo anterior ou de uma cobrança justa, acompanhada da devolução de valores cobrados a maior.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

[NOME DO CONDOMÍNIO], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [INSERIR], com sede na [ENDEREÇO COMPLETO], neste ato representado por seu síndico, Sr. [NOME DO SÍNDICO], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores infra-assinados, nos autos da ação movida em face de [NOME DA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA], apresentar sua:

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

com fundamento no artigo 350 do CPC/2015, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

PREÂMBULO

O presente feito versa sobre a alteração unilateral da forma de tarifação do fornecimento de água pela Ré, que passou a adotar metodologia que onera desproporcionalmente o Autor, um condomínio residencial, em evidente afronta aos princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos.

DOS FATOS

Conforme narrado na inicial, a Ré alterou a metodologia de cobrança da tarifa de água, passando a considerar o consumo global do condomínio como uma única unidade consumidora, em detrimento do modelo anterior, que tarifava cada unidade autônoma individualmente. Tal mudança resultou em um aumento significativo e desarrazoado nos valores cobrados, prejudicando financeiramente o Autor.

Em sua contestação, a Ré alega que a nova tarifação está em conformidade com as normas regulatórias e que a cobrança é legítima. Contudo, os argumentos apresentados não se sustentam, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

A alteração unilateral da forma de tarifação viola os princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos, previstos no CCB/2002, art. 421 e art. 422. A nova metodologia imposta pela Ré desconsidera a realidade do consumo individualizado das unidades autônomas do condomínio, gerando cobrança desproporcional e injusta.

Além disso, a prática adotada pela Ré contraria o entendimento consolidado no Tema Repetitivo 414 do STJ, que considera ilegal a cobrança de tarifa mínima multiplicada pela quantidade de economias abastecidas por um único hidrômetro, salvo se houver medição individualizada do consumo.

O CPC/2015, art. 9º, assegura o contraditório e a ampla defesa, princípios que também são garantidos pela CF/88, art. 5º, LV. A ausência de diálogo prévio com o Autor acerca da alteração da metodologia de cobrança configura violação a esses direitos funda"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Autor: [NOME DO CONDOMÍNIO]

Réu: [NOME DA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA]

Relatório

Trata-se de ação promovida por [NOME DO CONDOMÍNIO] em face de [NOME DA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA], na qual o Autor postula a declaração de ilegalidade da nova metodologia de tarifação de água adotada pela Ré, bem como a devolução de valores pagos a maior.

O Autor sustenta que a mudança unilateral na metodologia de tarifação gera cobranças desproporcionais e desconsidera o consumo individualizado das unidades autônomas, violando os princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos.

Em sua defesa, a Ré argumenta que a nova metodologia está em conformidade com normas regulatórias e que as cobranças realizadas são legítimas.

Fundamentação

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial deve ser fundamentada. Passo à análise dos fatos e do direito aplicável ao caso.

1. Da Boa-Fé Objetiva e Função Social dos Contratos

A alteração unilateral da metodologia de tarifação pela Ré afronta os princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos, dispostos nos artigos 421 e 422 do Código Civil. A nova prática desconsidera o consumo real e individualizado das unidades autônomas do condomínio, impondo ônus excessivo ao Autor.

2. Do Entendimento Jurisprudencial

O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Tema Repetitivo 414, consolidou o entendimento de que é ilegal a tarifação que considera o condomínio como uma única unidade consumidora, salvo se houver medição individualizada.

Ademais, a ausência de diálogo prévio com o Autor sobre a modificação tarifária viola os princípios do contraditório e da ampla defesa, garantidos pelo artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, e pelo artigo 9º do CPC/2015.

3. Da Cobrança Desproporcional

A metodologia implementada pela Ré, ao tarifar o consumo global do condomínio, não observa o equilíbrio entre as partes contratantes, resultando em cobrança desproporcional e prejudicial. Tal prática não encontra respaldo em normas regulatórias ou jurisprudência dominante.

Decisão

Diante do exposto, com base no artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, e considerando os fatos narrados e os fundamentos legais apresentados, voto pela procedência parcial do pedido, nos seguintes termos:

  1. Declarar a ilegalidade da nova metodologia de tarifação adotada pela Ré;
  2. Determinar o restabelecimento da metodologia anterior ou a adoção de modelo que respeite o consumo individualizado das unidades autônomas;
  3. Condenar a Ré à devolução dos valores cobrados a maior, devidamente corrigidos;
  4. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 85 do CPC/2015.

Conclusão

Por fim, conheço do recurso interposto e dou provimento ao pedido do Autor, garantindo a justiça e a proteção dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal e no Código de Processo Civil.

É como voto.

[LOCALIDADE], [DATA].

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz de Direito


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