Modelo de Notificação Extrajudicial para Baixa e Encerramento de Empresas no CNPJ com Responsabilização do Sócio Administrador Inerte

Publicado em: 13/11/2024 Comercial Empresa
Modelo detalhado de notificação extrajudicial destinada ao sócio administrador que, mesmo após solicitação formal, permanece inerte quanto à promoção da baixa e encerramento de empresas inscritas no CNPJ. O documento descreve a identificação das partes, o histórico da omissão, os prejuízos fiscais e patrimoniais ao notificante, fundamentação jurídica baseada no Código Civil (arts. 1.032, 1.033, 1.035 e 50) e princípios da boa-fé objetiva, além de jurisprudência correlata. Contém pedido expresso para que, no prazo de 48 horas, o notificado promova a baixa das empresas, envie documentação comprobatória e relate eventuais pendências, sob pena de adoção de medidas judiciais e responsabilização pessoal. Indicado para resguardar direitos de sócios retirantes e prevenir obrigações indevidas.

NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL PARA BAIXA DE EMPRESAS INSCRITAS NO CNPJ

1. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES

NOTIFICANTE: J. O. dos S., brasileiro, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-XX, estado civil (informar), profissão (informar), endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado à (informar endereço completo).

NOTIFICADO: D. O. S. S. G. N., brasileiro, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-XX, estado civil (informar), profissão (informar), endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua Projetada - J, nº 44, Conjunto Bela Vista, Estância, Sergipe.

2. DOS FATOS

O Notificante e o Notificado foram sócios das empresas inscritas sob os CNPJs nº 11.137.947/0001-65 (matriz) e nº 11.137.947/0002-46 (filial). Em 02/03/2021, o Notificante formalizou, por meio de comunicação expressa, o pedido de baixa das referidas empresas, solicitando ao Notificado que promovesse os atos necessários para o encerramento regular das atividades empresariais e a respectiva baixa junto aos órgãos competentes.

Passados mais de quatro anos desde a solicitação, o Notificado permaneceu inerte, não promovendo a baixa das empresas. Tal omissão tem gerado a continuidade da incidência de obrigações tributárias e fiscais, inclusive a cobrança de impostos, taxas e contribuições, em nome dos antigos sócios, em especial do Notificante, que não mais exerce qualquer atividade empresarial relacionada aos referidos CNPJs.

Ressalte-se que a inércia do Notificado em promover a baixa das empresas prejudica o Notificante, que permanece vinculado a obrigações fiscais e trabalhistas, podendo inclusive sofrer restrições de crédito e outras consequências jurídicas e patrimoniais.

Diante desse cenário, o Notificante reitera, por meio desta notificação extrajudicial, o pedido para que o Notificado promova, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a baixa das empresas inscritas nos CNPJs nº 11.137.947/0001-65 e nº 11.137.947/0002-46, bem como encaminhe a documentação comprobatória do efetivo encerramento das atividades empresariais.

Resumo: O Notificante busca resguardar seus direitos e evitar prejuízos decorrentes da manutenção irregular das empresas, cuja responsabilidade pela baixa foi atribuída ao Notificado desde 2021.

3. DO DIREITO

O direito do Notificante encontra respaldo no CCB/2002, art. 1.033, que prevê as hipóteses de dissolução da sociedade, e no CCB/2002, art. 1.035, que determina a necessidade de liquidação e baixa da sociedade perante os órgãos competentes. O CCB/2002, art. 1.032 estabelece, ainda, que o sócio retirante responde pelas obrigações sociais até dois anos após a averbação da modificação contratual, o que reforça a urgência da baixa para evitar a perpetuação de responsabilidades indevidas.

O CPC/2015, art. 319, embora se refira à petição inicial, inspira o dever de clareza e especificidade na formulação dos pedidos, o que se observa nesta notificação. Ressalte-se que a manutenção de empresas inativas sem baixa regular configura infração à legislação fiscal e pode ensejar a responsabilização dos sócios por obrigações tributárias e trabalhistas, conforme entendimento consolidado nos tribunais.

O princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 113) impõe aos sócios o dever de lealdade e cooperação, sendo inadmissível a conduta omissiva que prejudique os demais. Ademais, o CCB/2002, art. 50 prevê a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica em caso de abuso, desvio de finalidade ou confusão patrimonial, o que pode ser cogitado caso a omissão do Notificado persista.

Por fim, a jurisprudência reconhece que a extinção da sociedade implica a necessidade de regularização perante os órgãos públicos, sob pena de responsabilização dos sócios, inclusive por débitos posteriores à dissolução, caso não seja promovida a baixa formal.

Fechamento argumentativo: Assim, a legislação civil e empresarial impõe ao Notificado o dever de promover a baixa das empresas, sob pena de responsabilização pessoal e patrimonial, bem como de responder por eventuais prejuízos causados ao Notificante.

4. JURISPRUDÊNCIAS

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

1. Relatório

Cuida-se de análise, em simulação, de pedido formulado por J. O. dos S. (Notificante), que, após comunicar formalmente a intenção de promover a baixa das empresas sob os CNPJs nº 11.137.947/0001-65 (matriz) e nº 11.137.947/0002-46 (filial), permaneceu vinculado a obrigações fiscais e tributárias em razão da inércia de D. O. S. S. G. N. (Notificado), responsável pela adoção dos procedimentos necessários junto aos órgãos competentes. Ressalta-se que a omissão do Notificado persiste há mais de quatro anos, gerando prejuízos ao Notificante.

2. Fundamentação

2.1. Dos Fatos e da Responsabilidade do Notificado

Restou comprovado nos autos que o Notificante, na condição de ex-sócio, comunicou expressamente ao Notificado, sócio responsável, a necessidade de promover a baixa das empresas, a fim de cessar obrigações fiscais, trabalhistas e tributárias. A ausência de adoção das providências de encerramento resulta na continuidade da sujeição do Notificante àquelas obrigações, com risco de prejuízos financeiros e patrimoniais.

2.2. Dos Fundamentos Jurídicos

O art. 1.033 e 1.035 do Código Civil estabelecem a dissolução da sociedade e a necessidade de sua liquidação e baixa perante os órgãos competentes, além da responsabilidade do sócio retirante pelas obrigações sociais até dois anos após a averbação da modificação contratual (art. 1.032 do CC/2002).

A conduta omissiva do Notificado afronta, ainda, o princípio da boa-fé objetiva (art. 113, CC/2002), impondo-lhe o dever de lealdade e cooperação na regularização da situação empresarial, sob pena de desconsideração da personalidade jurídica (art. 50, CC/2002).

A jurisprudência consolidada, a exemplo dos julgados do TJSP destacados nos autos, reconhece que a extinção da sociedade exige a regularização registral e que a inércia do sócio administrador pode ensejar responsabilização pessoal pelos débitos supervenientes.

2.3. Da Necessidade de Fundamentação

Cumpre destacar que, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade”. Assim, a presente decisão encontra-se devidamente fundamentada na legislação civil, empresarial e constitucional, bem como na análise dos fatos e da prova documental.

3. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por J. O. dos S. para determinar que D. O. S. S. G. N., no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, promova a baixa das empresas inscritas nos CNPJs nº 11.137.947/0001-65 (matriz) e nº 11.137.947/0002-46 (filial), junto aos órgãos competentes, e encaminhe ao Notificante toda a documentação comprobatória da regular baixa, sob pena de adoção das medidas judiciais cabíveis e responsabilização pessoal pelos danos eventualmente causados.

Por conseguinte, reconheço a validade da notificação extrajudicial como tentativa prévia de solução administrativa, conforme exige o art. 319, VII, do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

4. Recursos

Em respeito ao princípio do duplo grau de jurisdição e à ampla defesa, fica facultado às partes a interposição de recurso no prazo legal, nos termos da legislação processual vigente.

5. Conclusão

É como voto.


Estância/SE, ____ de ___________ de 2024.

___________________________________________
Magistrado(a)


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