Modelo de Contestação em Ação de Indenização por Danos Morais, Materiais e Lucros Cessantes com Fundamentação em Legítima Defesa Putativa

Publicado em: 22/10/2024 Civel
Contestação apresentada em face de uma ação de indenização por danos morais, materiais e lucros cessantes, argumentando a ocorrência de legítima defesa putativa como excludente de ilicitude. O réu justifica sua conduta como reação proporcional e instintiva diante de ameaça percebida, afastando a responsabilidade civil de acordo com o Código Civil e jurisprudências aplicáveis. O documento aborda a ausência de comprovação de danos materiais e lucros cessantes, além de questionar o caráter moral do prejuízo alegado. Inclui pedidos de improcedência da ação, provas a serem produzidas e condenação do autor ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

CONTESTAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [endereço completo], endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua [endereço do advogado], endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:

CONTESTAÇÃO

à ação de indenização por danos morais, materiais e lucros cessantes movida por P. R. de A., já qualificado nos autos, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.

3. SÍNTESE DOS FATOS

O autor ajuizou a presente demanda alegando ter sido agredido fisicamente pelo réu nas dependências de um clube da cidade, o que teria ocasionado sua queda em uma piscina em reforma, sem água, resultando em supostos prejuízos materiais, morais e lucros cessantes.

O réu, no entanto, agiu em legítima defesa putativa, pois, diante de reiteradas abordagens anteriores e da postura ameaçadora do autor no momento dos fatos, acreditou estar prestes a sofrer uma agressão física, especialmente estando acompanhado de sua esposa, o que intensificou o temor e motivou a reação instintiva.

4. PRELIMINARES

Não há preliminares a serem arguidas neste momento processual.

5. DOS FATOS

O réu e o autor frequentavam o mesmo clube recreativo da cidade. O autor, professor de academia, abordou o réu em diversas ocasiões anteriores de forma incisiva e intimidadora, gerando desconforto e receio.

No dia do incidente, o autor novamente se aproximou do réu com postura agressiva e ameaçadora. O réu, temendo por sua integridade física e pela segurança de sua esposa, reagiu com um único soco, acreditando estar prestes a ser agredido.

O autor, ao receber o golpe, perdeu o equilíbrio e caiu em uma piscina em reforma, que se encontrava sem água. O réu jamais teve a intenção de causar lesão grave ou qualquer dano, tendo agido apenas em legítima defesa putativa.

6. DO DIREITO

A responsabilidade civil exige a presença concomitante de três elementos: conduta ilícita, dano e nexo de causalidade (CCB/2002, art. 927). No presente caso, a conduta do réu não pode ser considerada ilícita, pois está amparada pelo instituto da legítima defesa putativa.

A legítima defesa putativa ocorre quando o agente, por erro justificável, acredita estar sendo injustamente agredido e, por isso, reage para se proteger. Trata-se de excludente de ilicitude prevista no CP, art. 20, §1º, e aplicada por analogia no âmbito civil, afastando a responsabilidade por danos.

Além disso, nos termos do CCB/2002, art. 188, I, não constituem atos ilícitos os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito. Assim, mesmo que o dano tenha"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Vistos etc.

Trata-se de ação de indenização por danos morais, materiais e lucros cessantes proposta por P. R. de A. em face de A. J. dos S., em razão de suposta agressão física ocorrida nas dependências de um clube recreativo, a qual teria resultado na queda do autor em uma piscina em reforma, sem água, com alegadas consequências físicas, emocionais e financeiras.

A parte ré apresentou contestação, alegando ter agido em legítima defesa putativa, motivada por fundado receio de agressão física iminente, considerando abordagens anteriores e a postura ameaçadora do autor no momento dos fatos.

Do Conhecimento

Presentes os pressupostos processuais e condições da ação, conheço do pedido formulado e da contestação apresentada.

Da Fundamentação

A controvérsia gira em torno da existência de ato ilícito por parte do réu e da existência de responsabilidade civil decorrente da suposta agressão física. Conforme dispõe o art. 927 do Código Civil, para que haja dever de indenizar é necessário que estejam presentes a conduta ilícita, o dano e o nexo de causalidade entre ambos.

No caso em análise, a defesa fundamenta-se na legítima defesa putativa, instituto reconhecido no art. 20, §1º, do Código Penal e aplicável por analogia no âmbito cível, conforme jurisprudência consolidada.

A prova dos autos demonstra que o réu e o autor possuíam histórico de interações tensas e que, no momento do fato, o autor adotou postura interpretada pelo réu como ameaçadora, o que o levou a agir de forma instintiva para proteger-se e proteger sua esposa.

A jurisprudência dos tribunais superiores tem reconhecido que, em situações de erro justificável quanto à existência de agressão iminente, a reação do agente, se proporcional, afasta a ilicitude da conduta. Nesse sentido, aplica-se o disposto no art. 188, I, do Código Civil, segundo o qual não constituem ato ilícito os praticados em legítima defesa.

Ainda que tenha ocorrido dano, não se verifica culpa ou dolo por parte do réu, tampouco demonstração suficiente e robusta da ocorrência de lucros cessantes ou prejuízos materiais nos moldes exigidos pelo ordenamento jurídico.

Conforme os princípios constitucionais do devido processo legal e da motivação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX), a presente decisão fundamenta-se na análise dos elementos probatórios constantes dos autos e na aplicação do direito ao caso concreto.

Do Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial, reconhecendo a existência de legítima defesa putativa por parte do réu, o que afasta a ilicitude da conduta e, por consequência, o dever de indenizar.

Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data]

_______________________________________
Juiz de Direito


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