Modelo de Ação Anulatória de Ato Administrativo com Pedido de Tutela de Urgência em Face de Reprovação em Exame Psicológico de Concurso Público

Publicado em: 04/09/2024 AdministrativoProcesso Civil
Ação judicial proposta por candidato aprovado nas etapas iniciais de concurso público para o cargo de Soldado da Polícia Militar, visando a anulação do ato administrativo que o reprovou no exame psicológico. Alega-se violação dos princípios constitucionais da publicidade, motivação e isonomia, bem como ausência de critérios objetivos na avaliação psicológica. O pedido inclui tutela de urgência para reintegração ao certame e reserva de vaga até a decisão final, além da anulação do ato e condenação da parte Ré ao pagamento de custas processuais. Fundamentação baseada na Constituição Federal, CPC/2015 e jurisprudências correlatas.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

JOSÉMAR FIRMINNO DE MELO, brasileiro, solteiro, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº X.XXX.XXX-X, residente e domiciliado na Rua [Endereço completo], por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua [Endereço do advogado], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, incisos XXXV e LV da Constituição Federal de 1988, e no art. 319 do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Em face da POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE [ESTADO], pessoa jurídica de direito público, com sede na [Endereço completo da instituição], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor participou do concurso público para o cargo de Soldado da Polícia Militar do Estado de [Estado], tendo sido aprovado nas fases iniciais, incluindo a prova objetiva e o Teste de Aptidão Física (TAF). Contudo, foi reprovado na etapa de avaliação psicológica, sob a alegação de que teria realizado uma tarefa específica de forma "inadequada".

Durante o teste psicológico, o Autor foi instruído a manipular 500 palitos e colocá-los em determinado local no tempo máximo de 15 (quinze) minutos. No entanto, o Autor concluiu a tarefa em apenas 5 (cinco) minutos, sendo reprovado com a justificativa de que o tempo utilizado foi "muito curto", o que, segundo os avaliadores, indicaria inadequação ao perfil psicológico exigido para o cargo.

Ocorre que a reprovação do Autor carece de fundamentação objetiva e transparente, violando os princípios da publicidade e da motivação dos atos administrativos, previstos no art. 37 da CF/88. Ademais, a ausência de critérios claros e objetivos para a avaliação psicológica configura afronta ao princípio da isonomia e ao direito do Autor de prosseguir no certame.

DO DIREITO

A reprovação do Autor no exame psicológico encontra-se em desacordo com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, em especial os princípios da legalidade, publicidade e motivação, previstos no art. 37 da CF/88. A ausência de critérios objetivos e a falta de justificativa clara para a reprovação violam os direitos do Autor, configurando abuso de poder e desvio de finalidade.

O art. 5º, inciso XXXV, da CF/88, assegura que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". Nesse sentido, o Autor busca a tutela jurisdicional para anular o ato administrativo que o reprovou no exame psicológico, garantindo seu direito de prosseguir no certame.

Além disso, o art. 300 do CPC/2015 dispõe que a tutela de urgência será concedida q"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo o código HTML com a simulação do voto do magistrado, considerando o contexto jurídico apresentado:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação anulatória de ato administrativo proposta por JOSÉMAR FIRMINNO DE MELO, em face da POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE [ESTADO], objetivando a anulação de ato administrativo que o reprovou na etapa de avaliação psicológica de concurso para o cargo de Soldado da Polícia Militar. O autor sustenta ausência de fundamentação objetiva e clara para sua reprovação, alegando afronta aos princípios constitucionais da publicidade, motivação e isonomia, conforme disposto no art. 37 da Constituição Federal de 1988.

A parte ré, regularmente citada, apresentou contestação, defendendo a legalidade do ato administrativo e a presunção de legitimidade que dele decorre. Foi pleiteada, ainda, a improcedência do pedido inicial.

Voto

Passo à análise do mérito da presente demanda, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que dispõe que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade.

Dos Fatos e do Direito

A controvérsia cinge-se à legalidade da reprovação do autor no exame psicológico do concurso público para o cargo de Soldado da Polícia Militar do Estado de [Estado]. Conforme os autos, a reprovação foi fundamentada na realização de tarefa em tempo considerado "muito curto", sem que houvesse critérios objetivos, claros e devidamente publicizados.

O art. 37 da Constituição Federal impõe à Administração Pública a observância dos princípios da legalidade, publicidade, impessoalidade, moralidade e eficiência. No caso em tela, verifica-se que a ausência de critérios objetivos e transparentes na avaliação psicológica viola os princípios da publicidade e motivação, configurando abuso de poder e desvio de finalidade.

Ademais, o art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal assegura que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". Assim, é legítima a intervenção jurisdicional para proteger o direito do autor de prosseguir no certame, diante da ausência de motivação idônea para sua reprovação.

Com relação à tutela de urgência requerida, o art. 300 do CPC/2015 estabelece que esta será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No presente caso, a probabilidade do direito está demonstrada pela ausência de critérios objetivos e transparência na avaliação, e o perigo de dano decorre do risco de exclusão definitiva do autor do concurso público.

Conclusão do Voto

Diante do exposto, acolho os fatos e fundamentos apresentados pelo autor e JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  1. Anular o ato administrativo que reprovou o autor no exame psicológico;
  2. Determinar a reintegração do autor ao certame, com a reserva de vaga até decisão final;
  3. Condenar a parte ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Conheço o recurso interposto e dou-lhe provimento, uma vez que preenchidos os requisitos legais. Fica mantida a tutela de urgência concedida anteriormente, nos termos do art. 300 do CPC/2015.

É como voto.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, JULGO PROCEDENTE a ação anulatória para determinar a reintegração do autor ao certame, com observância dos critérios objetivos e isonômicos, e para anular o ato administrativo que o reprovou no exame psicológico.

Determino que a parte ré observe os princípios constitucionais da legalidade, publicidade e motivação em futuros atos administrativos, sob pena de nulidade.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Localidade], [Data].

________________________________
Magistrado(a)
Juiz(a) de Direito

### Observações: 1. O texto do voto segue o padrão de fundamentação exigido pelo art. 93, IX, da CF/88, com análise hermenêutica entre os fatos, o direito e os fundamentos legais. 2. A estrutura HTML foi organizada com títulos e seções que facilitam a leitura do texto jurídico, mantendo a formalidade e clareza necessárias. 3. A decisão é fundamentada em princípios constitucionais e na legislação aplicável ao caso, com base no documento fornecido.

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