Modelo de Contestação em Ação de Indenização por Danos Materiais, Morais e Lucros Cessantes em Acidente de Trânsito com Pedido de Extinção por Ilegitimidade Passiva e Inépcia da Inicial

Publicado em: 02/08/2025 CivelProcesso Civil
Modelo de contestação apresentada por réu em ação de indenização por danos materiais, morais e lucros cessantes decorrentes de acidente de trânsito, fundamentada na ilegitimidade passiva, inépcia da inicial, ausência de nexo causal e falta de comprovação dos danos, com pedidos subsidiários de improcedência e produção de provas.
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CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E LUCROS CESSANTES

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Caxias do Sul – Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Réu: F. L. da R., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, CEP XXXXX-XXX, Caxias do Sul/RS, endereço eletrônico: [email protected].

Autor: M. P. L. da S., brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliada na Rua XXXXXXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, CEP XXXXX-XXX, Porto Alegre/RS, endereço eletrônico: [email protected].

3. SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais, Morais e Lucros Cessantes ajuizada por M. P. L. da S. em face de F. L. da R., alegando que, em data não especificada na inicial, teria sofrido prejuízos em razão de suposto acidente de trânsito envolvendo veículo de propriedade do réu. A autora sustenta que o réu teria agido com culpa, causando-lhe danos materiais, morais e lucros cessantes.

Ocorre que, conforme declaração da passageira do veículo do autor, Sra. I. C. da S. da R., os fatos narrados na inicial não condizem com a realidade, sendo totalmente contrários ao que de fato ocorreu. A defesa, portanto, impugna integralmente as alegações autorais, apresentando a presente contestação para demonstrar a inexistência de responsabilidade do réu pelos danos alegados.

4. PRELIMINARES

4.1. ILEGITIMIDADE PASSIVA
Nos termos do CPC/2015, art. 337, IX, a ilegitimidade de parte pode ser arguida em preliminar de contestação. O réu não é o responsável pelos fatos narrados na inicial, não havendo demonstração de que tenha dado causa ao suposto acidente. O conjunto probatório é insuficiente para atribuir-lhe legitimidade passiva, conforme entendimento consolidado na jurisprudência do TJRS: “Ilegitimidade Passiva. Conjunto probatório que não comprova o condutor do automóvel. Legitimidade passiva do réu não comprovada. Mantida a ilegitimidade passiva. Sentença de extinção mantida. Inteligência do CPC, art. 485, VI.” (TJRS, Apelação Cível 5023669-03.2022.8.21.0022).

4.2. INÉPCIA DA INICIAL POR AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS ESSENCIAIS
A petição inicial carece de documentos indispensáveis à demonstração dos fatos constitutivos do direito da autora, em afronta ao CPC/2015, art. 320. Não há comprovação suficiente dos danos alegados, tampouco do nexo causal entre a conduta do réu e o suposto evento danoso.

5. DOS FATOS

A narrativa da inicial não corresponde à realidade dos fatos. Conforme declaração da passageira do veículo do autor, Sra. I. C. da S. da R., o acidente não ocorreu da forma descrita pela autora. A testemunha afirma que o réu agiu com cautela e que não houve qualquer conduta imprudente ou negligente de sua parte.

Ademais, não há prova de que os danos materiais alegados decorreram do suposto acidente, tampouco de que houve prejuízo moral ou lucros cessantes. A autora não apresentou laudo pericial, boletim de ocorrência detalhado ou qualquer outro elemento que comprove a extensão dos danos e o nexo causal.

Ressalta-se que, conforme entendimento jurisprudencial, os danos materiais não se presumem, devendo ser comprovados de forma inequívoca, o que não ocorreu no presente caso.

6. DO DIREITO

6.1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade civil pressupõe a existência de ato ilícito, dano e nexo causal, nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927. O ônus da prova incumbe à parte autora, conforme CPC/2015, art. 373, I. No caso em tela, a autora não logrou êxito em demonstrar que o réu praticou ato ilícito ou que tenha dado causa aos danos alegados.

6.2. DA AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL
Não há nos autos qualquer elemento que comprove o nexo causal entre a conduta do réu e os supostos danos sofridos pela autora. A declaração da passageira do veículo, Sra. I. C. da S. da R., corrobora a inexistência de culpa do réu, afastando qualquer responsabilidade civil.

6.3. DOS DANOS MATERIAIS, MORAIS E LUCROS CESSANTES
Os danos materiais e morais alegados não foram comprovados, sendo insuficiente a mera alegação para ensejar condenação. Conforme entendimento do STJ, a negativa de pagamento de indenização, por si só, não gera dano moral, salvo se demonstrada conduta ilícita (TJRS, Apelação Cível 70.028.921.690).

Quanto aos lucros cessantes, a autora não apresentou qualquer elemento que demonstre a efetiva perda de renda em decorrência do suposto acidente, sendo imprescindível a comprovação do prejuízo efetivo, conforme CCB/2002, art. 402.

6.4. DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
O pedido de indenização sem a devida comprovação dos danos configura tentativa de enriquecimento ilícito, vedado pelo ordenamento jurídico (CCB/2002, art. 884).

6.5. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
Devem ser observados os princípios da legalidade, boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e da vedação ao enriquecimento sem causa, garantindo-se o devido processo legal e o contraditório (CF/88, art. 5º, LIV e LV).

6.6. DA IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS SEM LEGITIMIDADE
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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais, Morais e Lucros Cessantes ajuizada por M. P. L. da S. em face de F. L. da R., na qual a autora sustenta ter sofrido prejuízos em razão de suposto acidente de trânsito envolvendo veículo de propriedade do réu. Alega que o réu teria agido com culpa, ocasionando-lhe danos materiais, morais e lucros cessantes. O réu, por sua vez, impugna integralmente as alegações, sustentando, em síntese, ausência de responsabilidade, ilegitimidade passiva e insuficiência probatória.

Fundamentação

1. Da Preliminar de Ilegitimidade Passiva

Inicialmente, analiso a preliminar de ilegitimidade passiva arguida pelo réu. Nos termos do CPC/2015, art. 337, IX, a ilegitimidade de parte pode ser arguida em preliminar de contestação. Contudo, dos autos, verifica-se que o veículo envolvido no suposto acidente está registrado em nome do réu, e não há elementos suficientes para afastar, de plano, sua legitimidade para figurar no polo passivo. Portanto, afasto a preliminar de ilegitimidade passiva.

2. Da Inépcia da Inicial por Ausência de Documentos Essenciais

Quanto à alegação de inépcia da inicial por ausência de documentos essenciais, observo que, embora a petição inicial deva vir acompanhada dos documentos indispensáveis à comprovação dos fatos constitutivos do direito do autor, conforme CPC/2015, art. 319 e CPC/2015, art. 320, a ausência de alguns documentos pode ser suprida no curso do processo, não ensejando, por si só, a inépcia da inicial. Assim, afasto a preliminar de inépcia da inicial.

3. Da Responsabilidade Civil

A responsabilidade civil exige a presença de três elementos: ato ilícito, dano e nexo causal, nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927. O ônus da prova cabe à parte autora, de acordo com o CPC/2015, art. 373, I.

No caso em exame, verifica-se a ausência de elementos probatórios robustos que comprovem o nexo causal entre a conduta do réu e os danos alegados. A declaração da testemunha Sra. I. C. da S. da R. aponta que o réu teria agido com cautela, inexistindo conduta imprudente ou negligente.

Ademais, não foram apresentados laudo pericial, boletim de ocorrência detalhado ou qualquer outro documento capaz de comprovar de forma inequívoca a materialidade dos danos e o nexo de causalidade. Conforme entendimento consolidado, os danos materiais não se presumem, devendo ser cabalmente comprovados, consoante reiterada jurisprudência do TJRS.

Em relação aos danos morais, a simples alegação de prejuízo psicológico ou abalo emocional não basta para ensejar indenização, sendo imprescindível a demonstração de conduta ilícita apta a gerar tais danos. Da mesma forma, quanto aos lucros cessantes, a autora não traz aos autos elementos concretos que demonstrem efetiva perda de renda em decorrência do suposto acidente, em consonância com o disposto no CCB/2002, art. 402.

Ressalto que a concessão de indenização sem a efetiva comprovação dos danos configuraria enriquecimento ilícito, vedado pelo CCB/2002, art. 884.

Por fim, friso que a observância dos princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, previstos na CF/88, art. 5º, LIV e LV, foi plenamente assegurada.

4. Precedentes e Jurisprudência

A improcedência do pedido de indenização, pela ausência de prova suficiente dos fatos constitutivos, encontra respaldo na jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, conforme se verifica, por exemplo, no julgamento da Apelação Cível Acórdão/TJRS, que entendeu pela improcedência dos pedidos diante da insuficiência probatória e ausência de comprovação de legitimidade passiva e de dano material.

Outrossim, a jurisprudência do STJ e do TJRS é firme no sentido de que a negativa de pagamento, por si só, não gera dano moral, salvo se demonstrada conduta ilícita (TJRS, Apelação Cível 70.028.921.690).

5. Da Motivação do Julgamento

Em atenção ao princípio da fundamentação das decisões judiciais, estabelecido na CF/88, art. 93, IX, a presente decisão é motivada pelo exame criterioso do conjunto probatório e pela aplicação dos dispositivos legais pertinentes, em especial CCB/2002, art. 186, CCB/2002, art. 927, CPC/2015, art. 373, I, CCB/2002, art. 402, e CCB/2002, art. 884.

Considerando a ausência de comprovação do ato ilícito, do dano efetivo e do nexo causal, não se revela possível o acolhimento dos pedidos formulados na inicial.

Dispositivo

Diante do exposto, julgo improcedente o pedido formulado por M. P. L. da S. em face de F. L. da R., nos termos do CPC/2015, art. 487, I.

Condeno a autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Conclusão

É como voto.

Caxias do Sul, ___ de ____________ de 202__.

_______________________________________
Magistrado(a)

**Observações: - Todas as citações de legislação no texto estão no formato solicitado (ex: CPC/2015, art. 319). - O voto simulado está fundamentado na CF/88, art. 93, IX, e faz a devida conexão hermenêutica entre fatos, provas e direito aplicável. - O voto julga improcedente os pedidos diante da insuficiência probatória, como sugerido pelo conteúdo da contestação. - A estrutura emprega títulos

,

e parágrafos

para organização do conteúdo, conforme solicitado.


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