Modelo de Petição inicial de ação revisional contra Banco do Brasil S/A para revisão de conta PASEP, com pedido de restituição de valores não creditados, fundamentada em responsabilidade objetiva, prescrição decenal e ne...

Publicado em: 27/05/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial ajuizada por servidor público aposentado contra o Banco do Brasil S/A, requerendo a revisão da conta vinculada ao PASEP e a restituição de valores não creditados corretamente, com base na legislação aplicável, jurisprudência consolidada (Tema 1150/STJ), responsabilidade objetiva prevista no CDC e pedido de produção de prova pericial contábil para apuração dos valores devidos, além da aplicação de correção monetária, juros moratórios e tutela jurisdicional da Justiça Federal.

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO REVISIONAL DE CONTA PASEP COM PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal Cível da Subseção Judiciária de [Cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, casado, servidor público federal aposentado, portador do CPF nº 000.111.222-33 e RG nº 1.234.567 SSP/UF, profissão: professor, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado à Rua das Flores, nº 123, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], vem, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional à Rua dos Advogados, nº 456, Bairro Justiça, CEP 00000-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], propor a presente

AÇÃO REVISIONAL DE CONTA PASEP COM PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES

em face de BANCO DO BRASIL S/A, sociedade de economia mista, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-91, com sede na Rua X, nº 999, Bairro Y, CEP 00000-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor é titular da conta vinculada ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, instituído pela Lei Complementar 08/1970, art. 1º, com saldo administrado pelo Banco do Brasil S/A, conforme determinação legal. Durante décadas de contribuição obrigatória, o Autor manteve valores depositados em conta individual, esperando a correta atualização monetária, aplicação de juros e rendimentos, conforme as normas do programa.

Em [mês/ano], ao solicitar extrato detalhado e microfilmagens de sua conta PASEP junto ao Banco do Brasil S/A, o Autor constatou divergências substanciais entre o saldo apresentado e aquele que seria devido, considerando a legislação aplicável e os critérios de atualização monetária e juros estabelecidos pelo Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP. A diferença apurada, conforme planilha anexa, alcança o montante de R$ [valor], valor este que não foi devidamente creditado ao Autor.

O Autor buscou esclarecimentos junto à instituição financeira, sem obter resposta satisfatória ou documentação que justificasse a diferença. Diante da inércia do Banco do Brasil S/A e da necessidade de resguardar seu patrimônio, ajuíza a presente ação para revisão dos lançamentos e restituição dos valores devidos.

Ressalta-se que o Autor apenas tomou ciência da extensão do desfalque ao receber os extratos e microfilmagens em [mês/ano], momento em que se iniciou o prazo prescricional para a propositura da demanda, conforme entendimento consolidado no Tema 1150/STJ.

Assim, diante da persistente omissão da instituição financeira e da necessidade de apuração técnica dos valores efetivamente devidos, busca-se a tutela jurisdicional para revisão da conta PASEP e restituição dos valores apurados.

4. DO DIREITO

4.1. DA LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO DO BRASIL S/A

O Banco do Brasil S/A é o agente responsável pela administração das contas vinculadas ao PASEP, possuindo legitimidade passiva para responder por eventuais falhas na prestação do serviço, conforme Lei Complementar 08/1970, art. 5º, e entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça no Tema 1150/STJ dos Recursos Repetitivos.

A jurisprudência é pacífica ao reconhecer que a instituição financeira responde por eventuais desfalques, saques indevidos e ausência de aplicação dos rendimentos estabelecidos pelo Conselho Diretor do programa, sendo parte legítima para figurar no polo passivo da demanda (TJSP, Apelação Cível 0012579-66.2021.8.26.0576).

4.2. DA PRESCRIÇÃO DECENAL E TERMO INICIAL

O prazo prescricional para pleitear a revisão e restituição de valores decorrentes de má gestão da conta PASEP é de 10 (dez) anos, nos termos do CCB/2002, art. 205, contados a partir do momento em que o titular toma ciência do desfalque, conforme fixado pelo STJ no Tema 1150/STJ (REsp 1.895.936/TO/STJ). No caso em tela, o Autor apenas teve ciência da diferença em [mês/ano], estando a presente demanda tempestiva.

4.3. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA E ÔNUS DA PROVA

A relação entre o Autor e o Banco do Brasil S/A é de consumo, aplicando-se o CDC, art. 14, que prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços. Incumbe ao réu demonstrar a regularidade da gestão dos valores depositados, nos termos do CPC/2015, art. 373, II. O Autor, por sua vez, apresentou extratos, microfilmagens e planilha de cálculos, cumprindo seu ônus probatório.

A ausência de impugnação específica e a não apresentação de prova pericial por parte do Banco do Brasil S/A, quando cabível, autorizam o julgamento procedente do pedido, conforme entendimento do TJMG (Apelação Cível 1.0000.24.518166-4/001).

4.4. DA NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL CONTÁBIL

Diante da complexidade dos cálculos e da necessidade de apuração técnica dos valores efetivamente devidos, impõe-se a realização de prova pericial contábil, nos termos do CPC/2015, art. 370, caput, para o correto deslinde da controvérsia.

4.5. DA RESTITUIÇÃO DOS VALORES E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

O Autor faz jus à restituição dos valores apurados em perícia, acrescidos de correção monetária e juros moratórios, nos termos do CCB/2002, art. 389, parágrafo único, e CCB/2002, art. 406, § 1º, e conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

4.6. DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL

Considerando que o Banco do Brasil S/A é sociedade de economia mista federal e que a controvérsia não envolve interesse direto da União, a competência para julgamento é da Justiça Federal, nos termos da CF/88, art. 109, I.

4.7. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS

São aplicáveis ao caso os princípios da legalidade, da boa-fé objetiva, da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da proteção do consumidor e do devido processo legal, todos fundamentais para a proteção dos direitos do Autor e para a adequada prestação jurisdicional.

Em síntese, restam preenchidos todos os requisitos legais para o ajuizamento da pre"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I - Relatório

Trata-se de ação revisional de conta PASEP com pedido de restituição de valores proposta por A. J. dos S. em face do Banco do Brasil S/A, na qual o autor alega divergências substanciais entre o saldo apresentado e aquele efetivamente devido, em razão de suposta má gestão e ausência de correta atualização dos valores depositados em sua conta vinculada ao PASEP. Sustenta que tomou ciência do desfalque apenas ao receber extratos e microfilmagens, momento em que se iniciou o prazo prescricional. O autor requer a revisão da conta, produção de prova pericial contábil e a restituição das diferenças apuradas, acrescidas de correção monetária e juros.

O Banco do Brasil S/A, regularmente citado, apresentou defesa, arguindo, em síntese, a ausência de responsabilidade, a legalidade dos procedimentos adotados e a prescrição do direito do autor.

II - Fundamentação

II.1. Da Fundamentação Constitucional e Legal (CF/88, art. 93, IX)

Em observância ao disposto na CF/88, art. 93, IX, que exige a fundamentação das decisões judiciais, passo a analisar os fatos e o direito aplicável.

II.2. Da Legitimidade Passiva do Banco do Brasil S/A

O Banco do Brasil S/A é parte legítima para figurar no polo passivo da presente demanda, na qualidade de agente administrador das contas PASEP, conforme previsão da Lei Complementar 08/1970, art. 5º, e entendimento consolidado no Tema 1150/STJ. A jurisprudência é pacífica nesse sentido, reconhecendo a responsabilidade da instituição bancária por eventuais falhas na gestão das contas vinculadas ao programa.

II.3. Da Prescrição

O prazo prescricional aplicável à pretensão de revisão e restituição de valores decorrentes de eventuais falhas na gestão da conta PASEP é decenal, conforme o CCB/2002, art. 205. O termo inicial é a data em que o titular toma ciência do suposto desfalque, conforme decidido pelo STJ no Tema 1150/STJ (REsp Acórdão/STJ). No caso em análise, restou demonstrado que o autor apenas teve ciência das divergências ao receber os extratos e microfilmagens em [mês/ano], tornando a ação tempestiva.

II.4. Da Responsabilidade Objetiva e Ônus da Prova

A relação entre as partes é de consumo, aplicando-se o CDC, art. 14, que prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor por falhas na prestação de serviço. Compete ao réu demonstrar a regularidade da gestão dos valores depositados, nos termos do CPC/2015, art. 373, II. O autor, por sua vez, apresentou documentos idôneos e planilha de cálculos, cumprindo seu ônus probatório.

Ressalte-se que a ausência de impugnação específica pelo réu e a não apresentação de prova pericial, quando cabível, autorizam o julgamento conforme requerido.

II.5. Da Necessidade de Prova Pericial Contábil

Diante da complexidade dos cálculos e da necessidade de apuração técnica dos valores efetivamente devidos, impõe-se a realização de prova pericial contábil, como determina o CPC/2015, art. 370. Tal medida é imprescindível para correta elucidação da controvérsia, em respeito ao contraditório e à ampla defesa.

II.6. Da Restituição dos Valores

Havendo apuração, por meio de perícia, de diferenças a favor do autor, este faz jus à restituição, acrescida de correção monetária e juros moratórios, conforme o CCB/2002, art. 389, parágrafo único, e CCB/2002, art. 406, § 1º.

II.7. Da Competência da Justiça Federal

Considerando que o Banco do Brasil S/A é sociedade de economia mista federal e que não há interesse direto da União, a competência para julgamento da demanda é da Justiça Federal, nos termos da CF/88, art. 109, I.

II.8. Dos Princípios Aplicáveis

O caso demanda a aplicação dos princípios constitucionais da legalidade, boa-fé objetiva, dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), proteção do consumidor e devido processo legal, assegurando a adequada tutela dos direitos do autor.

III - Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, nos termos do CPC/2015, art. 487, I, para:

  • a) Determinar a revisão da conta PASEP do autor, com a realização de prova pericial contábil para apuração dos valores efetivamente devidos;
  • b) Condenar o Banco do Brasil S/A à restituição das diferenças eventualmente apuradas em favor do autor, acrescidas de correção monetária e juros moratórios, nos termos da fundamentação;
  • c) Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º.

Defiro a produção de prova pericial contábil, nos termos do CPC/2015, art. 370, devendo as partes serem intimadas para apresentação de quesitos e indicação de assistentes técnicos, no prazo legal.

Concedo ao autor os benefícios da justiça gratuita, diante da declaração de hipossuficiência e dos documentos acostados (CPC/2015, art. 98).

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Após o trânsito em julgado, intime-se para cumprimento da sentença.

IV - Fundamentação Hermenêutica e Observância a CF/88, art. 93, IX

A presente decisão encontra amparo na interpretação sistemática dos dispositivos constitucionais e legais mencionados, bem como na jurisprudência consolidada pelo STJ e tribunais estaduais, garantindo a efetividade do direito fundamental à tutela jurisdicional adequada, ao contraditório e à ampla defesa. Ressalto que a fundamentação exaustiva aqui apresentada visa obedecer à exigência constitucional de motivação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX), indispensável para a legitimidade do exercício da jurisdição.

V - Jurisprudência Aplicada

Tema 1150/STJ: \"O Banco do Brasil S/A é parte legítima para responder por falhas na administração de contas PASEP, e o prazo prescricional é decenal, contando-se a partir do conhecimento do desfalque pelo titular.\"

TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Instituição bancária ré que é a administradora dos recursos oriundos do PASEP, de modo a possuir legitimidade passiva ‘ad causam’ para a causa.\"

TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ: \"O Banco do Brasil possui legitimidade passiva ad causam para figurar no polo passivo de demanda na qual se discute eventual falha na prestação do serviço quanto a conta vinculada ao Pasep...\"

VI - Conclusão

Ante o exposto, conheço do pedido e julgo procedente a presente ação revisional de conta PASEP, nos termos acima especificados.

Sentença publicada e registrada eletronicamente.

[Cidade/UF], [data].

___________________________________________
Magistrado(a)


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