Modelo de Petição inicial de ação de indenização por danos materiais e morais contra empresa de comércio eletrônico por não entrega de produto adquirido e descumprimento do Código de Defesa do Consumidor
Publicado em: 07/05/2025 Processo CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [Cidade/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, analista de sistemas, inscrito no CPF sob o nº 123.456.789-00, portador do RG nº 12.345.678-9, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF, vem, por meio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS em face de V. L. Comércio Eletrônico Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 12.345.678/0001-00, endereço eletrônico [email protected], com sede na Avenida Principal, nº 500, Bairro Industrial, CEP 11111-111, Cidade/UF, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
No dia 10 de maio de 2024, o autor realizou a compra de um smartphone modelo XYZ, por meio do site da ré (www.vlecommerce.com), efetuando o pagamento do valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) via cartão de crédito, conforme comprovante em anexo.
O prazo de entrega informado no ato da compra era de até 10 (dez) dias úteis. Contudo, transcorrido o prazo, o produto não foi entregue. O autor entrou em contato diversas vezes com a ré, por meio de e-mails e telefone, buscando a solução do problema, sem obter resposta satisfatória.
Diante da ausência de entrega do produto e da inércia da ré, o autor solicitou o estorno do valor pago, o que também não foi atendido. O autor permaneceu privado tanto do valor quanto do produto, sendo compelido a buscar a tutela jurisdicional para ver seus direitos resguardados.
Ressalte-se que a conduta da ré extrapolou o mero inadimplemento contratual, causando ao autor transtornos, angústia, perda de tempo útil e frustração legítima, o que caracteriza dano moral indenizável.
Assim, busca o autor a restituição do valor pago, devidamente corrigido, bem como indenização pelos danos morais sofridos.
4. DO DIREITO
4.1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A relação estabelecida entre as partes é de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, sendo o autor consumidor e a ré fornecedora de produtos. Aplica-se, portanto, o regime da responsabilidade objetiva, nos termos do CDC, art. 14, que impõe ao fornecedor o dever de responder pelos danos causados ao consumidor, independentemente de culpa.
A não entrega do produto adquirido caracteriza descumprimento da oferta, nos termos do CDC, art. 35, conferindo ao consumidor o direito de exigir o cumprimento forçado da obrigação, aceitar outro produto equivalente ou rescindir o contrato com restituição da quantia paga, acrescida de perdas e danos.
4.2. DO DANO MATERIAL
O dano material está consubstanciado no valor pago pelo autor (R$ 2.000,00), sem que tenha recebido o produto ou o estorno do valor. Assim, faz jus à restituição integral da quantia, devidamente corrigida, conforme CCB/2002, art. 927 e CDC, art. 42, parágrafo único.
4.3. DO DANO MORAL
O inadimplemento contratual, por si só, não enseja dano moral. Todavia, a conduta da ré ultrapassou o mero descumprimento, pois deixou o autor sem o produto e sem o valor pago, obrigando-o a reiteradas tentativas de solução e à propositura da presente demanda. Tal situação configura ofensa à dignidade do consumidor e violação dos princípios da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).
A jurisprudência reconhece o dano moral in re ipsa em casos de não entrega de produto e ausência de solução administrativa, aplicando-se a teoria do desvio produtivo do consumidor, que considera o tempo despendido pelo consumidor para solucionar problemas decorrentes de falha na prestação do serviço como passível de indenização.
4.4. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Diante da hipossuficiência do consumidor e da verossimilhança das alegações, requer-se a inversão do ônus da prova, nos termos do CDC, art. 6º, VIII.
4.5. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
A presente demanda encontra amparo nos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), vulnerabilidade do consumidor e acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV), além do princípio da reparação integral do dano.
Assim, resta plenamente demonstrado o direito do autor à restituição do valor pago e à indenização por danos morais.
5. JURISPRUDÊNCIAS<"'>...
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