lentes intraoculares multifocais
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lentes intraoculares ×
Doc. LEGJUR 103.1674.7571.6300

1 - TJRJ Responsabilidade civil. Dano moral. Consumidor. Plano de saúde. Seguro saúde. Facectomia. Lentes intraoculares multifocais. Material adequado ao paciente. Decisão do médico que o assiste. Aviso 55/2009 TJRJ. Descolamento de retina. Cirurgia de urgência realizada por médico e hospital não credenciado. Previsão contratual de reembolso. Descumprimento. Verba fixada em R$ 10.000,00. CF/88, art. 5º, V e X. CCB/2002, art. 186.


«Afirma o autor que se submeteu a duas cirurgias de facectomia (catarata), implantando duas lentes intraoculares multifocais, conforme a indicação de seu médico, integrante do plano de saúde. A cirurgia foi custeada pela ré, mas não lhe foi dado o reembolso pelas lentes ao argumento de que o plano só cobria lentes intraoculares. Frise-se que sequer o reembolso da lente intraocular que o autor incontestavelmente faria jus, lhe foi pago. Nesse ponto, já se denota a ilegalidade e a má-fé da conduta da ré, incompatíveis com a boa -fé objetiva exigida dos contratantes. É cediço que nos contratos de seguro em geral, são válidas as cláusulas limitativas de riscos como meio destinado a manter o equilíbrio contratual. Não obstante, a interpretação de tais cláusulas passa por uma filtragem à luz dos preceitos do CDC. A utilização das lentes intraoculares multifocais constituiu o próprio sucesso da intervenção cirúrgica, sem a qual o autor sofreria irreversíveis danos. O uso de um ou outro tipo de lente é decisão que cabe tão-somente ao médico que realizou a cirurgia e acompanhava o paciente. É o Enunciado 24 aprovado no Encontro de Desembargadores, constante no Aviso 55/2009. O autor precisou contratar serviço emergencial de um médico cirurgião especializado na área de oftalmologia, para tratamento e cura de um descolamento de retina, caso em que o socorro deve ser imediato e feito por cirurgião especializado. Na ocasião, contatou vários cirurgiões da rede credenciada, os quais não estavam disponíveis para realizar a cirurgia de emergência, não havendo alternativa que não a de operar-se com médico particular e em hospital não credenciado. No contrato, a ré se compromete a reembolsar as despesas decorrentes de internação de urgência e emergência quando comprovada a impossibilidade de utilização dos serviços médicos e profissionais credenciados. Considerando que tal dever de reembolso advém de obrigação contratual é descabido que a ré invoque em seu favor o desequilíbrio do contrato, porquanto a álea contratual, já estava acertada entre as partes desde a assinatura do pacto, não sendo demais lembrar que se trata de um contrato de adesão, onde as regras são ditadas pela ré. Assim é evidente o defeito na prestação de serviços deflagrando o dever de reparação pelos danos morais e materiais ao autor.... ()

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Doc. LEGJUR 846.7712.7649.1119

2 - TJSP Plano de saúde. Ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos materiais e morais. Demanda visando compelir a operadora a autorizar e custear a realização de cirurgia de facoemulsificação com implante de lente intraocular multifocal em ambos os olhos. Procedência parcial. Determinação de autorização e custeio do ato cirúrgico e das lentes importadas prescritas pelo médico do autor, sem se falar em dano moral. Manutenção. Insurgência das partes. Descabimento. Recusa incontroversa. Perícia médica determinada em segundo grau, que confirmou a adequação e a necessidade da cirurgia prescrita no laudo médico, bem como que a operadora deveria disponibilizar a lente monofocal esférica dobrável ao invés de PMMA rígida, ou seja, aquela indicada pelo médico, mas sem cobertura contratual e previsão no rol da ANS. Constatação de que as lentes indicadas ao autor têm maior eficácia no tratamento e diminuem os riscos da cirurgia, revertendo-se em última análise em favor da própria operadora, que ignora em seu apelo o laudo pericial. Recusa que não se justifica pela falta de previsão no rol da ANS. Taxatividade mitigada em casos excepcionais em que há expressa indicação médica e indicativos de maior eficácia e menor risco. Enfermidade coberta pelo plano. Sentença que se alinha à jurisprudência desta Corte. Taxatividade do rol da ANS mitigada, nos moldes do que também recentemente decidiu o STJ (EREsp. Acórdão/STJ do EREsp. Acórdão/STJ). Dano moral. Inocorrência. Não se verifica na situação fática capacidade violar os direitos da personalidade do autor, além de consequências gravosas hábeis a configurar o dano moral. Aplicação do entendimento de que o mero inadimplemento contratual ou a interpretação equivocada de uma cláusula, por si só, não viola os direitos da personalidade. Precedentes. Manutenção da sucumbência recíproca, bem como do valor dos honorários, pois condizentes com o julgamento após a realização de perícia. Recursos desprovidos

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