Modelo de Reclamação administrativa ao PROCON por falha na prestação de serviço de acesso a peças jurídicas, com pedido de regularização, restituição, sanções e indenização com base no CDC e CF/88

Publicado em: 29/07/2025 Consumidor
Modelo de reclamação administrativa direcionada ao PROCON contra empresa fornecedora de serviço de acesso a peças jurídicas, por descumprimento contratual e falha na prestação do serviço, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor e Constituição Federal, com pedidos de regularização do serviço, restituição proporcional, aplicação de sanções administrativas, inversão do ônus da prova, notificação da reclamada, designação de audiência e indenização por danos materiais e morais.
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RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA AO PROCON

1. ENDEREÇAMENTO

Ao Ilustríssimo Senhor Diretor do PROCON – Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de [UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Reclamante:
Nome: A. J. dos S.
Estado Civil: [informar]
Profissão: [informar]
CPF: [informar]
Endereço eletrônico: [informar]
Domicílio e residência: [informar endereço completo]

Reclamada:
Razão Social: [Nome da empresa fornecedora do serviço de acesso às peças jurídicas]
CNPJ: [informar]
Endereço eletrônico: [informar]
Sede: [informar endereço completo]

3. DOS FATOS

O Reclamante contratou e renovou regularmente o plano de acesso a peças jurídicas ofertado pela Reclamada, efetuando o pagamento do valor correspondente à renovação do serviço. Não obstante a quitação do valor e a confirmação da renovação do plano, o Reclamante não está tendo acesso às peças jurídicas contratadas, permanecendo impedido de utilizar o serviço pelo qual pagou.

O acesso ao conteúdo jurídico é essencial para o exercício profissional e para o atendimento das necessidades do Reclamante, que confiou na regularidade da prestação do serviço. A ausência de acesso, mesmo após a confirmação do pagamento, configura descumprimento da oferta e falha na prestação do serviço, gerando prejuízos de ordem material e moral.

O Reclamante buscou solucionar a questão diretamente com a Reclamada, por meio dos canais de atendimento disponibilizados, sem, contudo, obter resposta eficaz ou a regularização do serviço contratado.

Diante da inércia da Reclamada e da continuidade da restrição de acesso, não restou alternativa ao Reclamante senão recorrer à tutela administrativa do PROCON, visando à proteção de seus direitos enquanto consumidor.

Resumo: O Reclamante renovou o plano, pagou o valor devido, mas não está tendo acesso às peças jurídicas, caracterizando descumprimento contratual e violação aos direitos do consumidor.

4. DO DIREITO

A relação estabelecida entre as partes é de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, pois o Reclamante é destinatário final do serviço ofertado pela Reclamada, que atua como fornecedora de serviços.

O CDC, art. 6º, III e VI, assegura ao consumidor a informação adequada e clara sobre os serviços, bem como a efetiva reparação de danos patrimoniais e morais decorrentes da falha na prestação do serviço. Ademais, o CDC, art. 20, determina que o fornecedor responde pelos vícios de qualidade que tornem os serviços impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, sendo o consumidor legitimado a exigir o cumprimento forçado da obrigação, a reexecução do serviço ou a restituição da quantia paga.

O descumprimento da oferta, nos termos do CDC, art. 30, obriga o fornecedor a cumpri-la, sob pena de configuração de prática abusiva (CDC, art. 39, V). Ressalta-se que a boa-fé objetiva e a confiança legítima do consumidor são princípios basilares das relações de consumo, conforme previsto no CCB/2002, art. 422 e no próprio CDC.

O CDC, art. 14, prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor por danos causados ao consumidor em decorrência de defeitos relativos à prestação dos serviços, independentemente da existência de culpa.

CF/88, art. 5º, XXXII, estabelece que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor, sendo o PROCON órgão competente para a tutela administrativa dos direitos do consumidor.

Por fim, o CPC/2015, art. 319, orienta a formulação dos pedidos e a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos, requisitos aqui devidamente observados.

Resumo: A legislação consumerista protege o Reclamante diante da falha na prestação do serviço, impondo à Reclamada o dever de cumprir integralmente o contrato e reparar eventuais"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de reclamação administrativa apresentada por A. J. dos S. em face de [Nome da empresa fornecedora do serviço de acesso às peças jurídicas], alegando que, apesar do pagamento e renovação regular do plano de acesso a peças jurídicas, permanece impedido de acessar o serviço contratado. O Reclamante afirma que buscou solução administrativa junto à Reclamada, sem, contudo, lograr êxito, razão pela qual requer ao PROCON a tutela de seus direitos enquanto consumidor.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e da Relação de Consumo

O caso em análise versa sobre relação de consumo, conforme disposição do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, uma vez que o Reclamante figura como destinatário final do serviço e a Reclamada atua como fornecedora. O Reclamante comprovou a contratação e o pagamento dos serviços, restando demonstrada a ausência de acesso ao conteúdo jurídico contratado, o que caracteriza descumprimento da oferta e falha na prestação do serviço.

2. Dos Direitos do Consumidor

O CDC, art. 6º, III e VI garante ao consumidor o direito à informação adequada e clara, bem como à reparação de danos patrimoniais e morais decorrentes de falhas na prestação de serviços. O CDC, art. 20 impõe ao fornecedor a obrigação de sanar vícios de qualidade, facultando ao consumidor exigir o cumprimento do contrato ou a restituição da quantia paga.

O descumprimento da oferta, nos termos do CDC, art. 30, vincula o fornecedor, sendo vedada a prática abusiva (CDC, art. 39, V). Ademais, a boa-fé objetiva e a proteção da confiança do consumidor norteiam a relação contratual (CCB/2002, art. 422).

O CDC, art. 14 prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor por defeitos na prestação do serviço, afastando a necessidade de comprovação de culpa.

A CF/88, art. 5º, XXXII, que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor, atribuindo ao PROCON competência para a tutela administrativa dos interesses dos consumidores.

3. Da Observância ao Devido Processo Legal e Fundamentação

O presente voto observa os princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e motivação das decisões administrativas, conforme exige a CF/88, art. 93, IX, que determina: \"Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade\". Assim, a presente decisão fundamenta-se na análise dos fatos, das provas e do direito aplicável, em conformidade com o devido processo legal.

4. Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria corrobora o entendimento de que o fornecedor responde pelos prejuízos decorrentes de falha na prestação de serviços, devendo observar os princípios da boa-fé e da informação adequada (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP; TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ). O entendimento também é pacífico quanto à vedação de práticas abusivas e à obrigação de restituir valores pagos em caso de inadimplemento contratual.

5. Da Adequação dos Pedidos e Dos Recursos

Os pedidos apresentados pelo Reclamante encontram respaldo no ordenamento jurídico e atendem aos requisitos estabelecidos no CPC/2015, art. 319. Não há nos autos recurso interposto pela parte contrária, razão pela qual conheço do pedido principal para análise de mérito.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, julgo procedente a reclamação para:

  1. Determinar à Reclamada a imediata regularização do acesso do Reclamante às peças jurídicas disponibilizadas no plano renovado, conforme contratado e pago;
  2. Caso não seja possível a regularização do serviço, determinar a restituição proporcional dos valores pagos ou a concessão de desconto proporcional ao período de indisponibilidade;
  3. Aplicar as sanções administrativas cabíveis à Reclamada, nos termos do CDC, art. 56;
  4. Determinar a inversão do ônus da prova em favor do Reclamante, nos termos do CDC, art. 6º, VIII;
  5. Notificar a Reclamada para apresentar defesa e informações acerca das providências adotadas;
  6. Designar audiência de conciliação/mediação, se não houver solução administrativa imediata;
  7. Condicionar a eventual indenização por danos materiais e morais à devida comprovação, no curso do procedimento.

Publique-se. Cumpra-se.

[Cidade], [Data].
___________________________________
Magistrado(a)


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