Modelo de Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Materiais e Morais contra Energia Solar S.A. por Inadimplemento na Ativação de Sistema de Microgeração de Energia Solar, com Pedido de Tutela de Urgência

Publicado em: 04/08/2025 Processo CivilConsumidor
Petição inicial proposta por empresário contra empresa fornecedora de sistema de energia solar, requerendo obrigação de fazer para ativação do sistema, indenização por danos materiais e morais decorrentes do inadimplemento contratual e concessão de tutela de urgência para imediata ativação do serviço, fundamentada na responsabilidade objetiva do fornecedor, no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil.
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PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000, residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 123, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected],
por seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de Energia Solar S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-00, com sede na Avenida das Indústrias, nº 456, Bairro Industrial, CEP 00000-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor contratou a Ré para fornecimento, instalação e ativação de sistema de microgeração de energia solar fotovoltaica em sua residência, conforme contrato firmado em 10/01/2024, pelo valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), devidamente quitado.

A instalação física das placas solares foi concluída em 20/02/2024, tendo a Ré se comprometido a providenciar, em até 15 dias, a ativação do sistema junto à concessionária de energia elétrica, conforme previsão contratual expressa.

Contudo, passados mais de 90 dias da conclusão da instalação, a micro usina solar permanece inativa, pois a Ré não realizou as providências técnicas e documentais necessárias para a efetiva conexão do sistema à rede da concessionária, impedindo o Autor de usufruir dos benefícios econômicos e ambientais do investimento realizado.

O Autor tentou, por diversas vezes, solucionar a questão de forma amigável, enviando e-mails, mensagens e notificações extrajudiciais (documentos anexos), sem obter resposta ou solução concreta. A inércia da Ré vem causando prejuízos materiais, pois o Autor continua arcando com as faturas de energia elétrica convencionais, além de frustração, angústia e sentimento de desrespeito, caracterizando dano moral.

Diante da omissão injustificada da Ré, não restou alternativa senão buscar a tutela jurisdicional para compelir a Ré a cumprir sua obrigação contratual e reparar os danos sofridos.

Resumo lógico: A narrativa evidencia o inadimplemento contratual da Ré, a persistência do Autor em buscar solução extrajudicial e a configuração de prejuízos materiais e morais, justificando a presente demanda.

4. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS (DO DIREITO)

4.1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

A relação entre as partes é de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, sendo o Autor destinatário final do serviço e a Ré fornecedora. A responsabilidade da Ré é objetiva, conforme CDC, art. 14, respondendo independentemente de culpa pelos danos causados por defeitos na prestação do serviço.

O serviço de fornecimento e ativação de sistema de energia solar é essencial e deve ser prestado de forma adequada, eficiente e contínua, nos termos do CDC, art. 22.

4.2. DO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL E OBRIGAÇÃO DE FAZER

O contrato celebrado entre as partes impõe à Ré a obrigação de instalar e ativar o sistema de microgeração de energia solar, incluindo todas as providências técnicas e administrativas necessárias à conexão junto à concessionária. O descumprimento contratual caracteriza inadimplemento, ensejando a obrigação de fazer (CCB/2002, art. 389 e CCB/2002, art. 475).

O CPC/2015, art. 497 autoriza o juiz a determinar a obrigação de fazer, sob pena de multa, para compelir o devedor ao adimplemento.

4.3. DOS DANOS MATERIAIS

O Autor suportou prejuízos materiais, pois, mesmo após a instalação das placas, continuou a pagar integralmente as contas de energia elétrica, não usufruindo da redução de custos proporcionada pela micro usina solar. O nexo causal entre a conduta omissiva da Ré e o dano é evidente, sendo devida a reparação (CCB/2002, art. 927).

4.4. DOS DANOS MORAIS

O inadimplemento contratual, quando ultrapassa o mero dissabor e atinge direitos da personalidade, enseja indenização por danos morais. A jurisprudência reconhece que a frustração, a angústia e o sentimento de desrespeito decorrentes da inércia da fornecedora, especialmente diante de tentativas infrutíferas de solução, caracterizam dano moral indenizável.

O dano moral, nesse contexto, é in re ipsa, dispensando prova do prejuízo, bastando a demonstração da falha na prestação do serviço essencial (CF/88, art. 5º, X; CDC, art. 6º, VI).

4.5. DA TUTELA DE URGÊNCIA

O CPC/2015, art. 300 autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. A demora na ativação do sistema de energia solar causa prejuízos contínuos ao Autor, justificando a concessão da medida para compelir a Ré a cumprir imediatamente a obrigação de fazer.

4.6. DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

A presente demanda encontra amparo nos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), da confiança e da proteção do consumidor (CDC, art. 4º).

Resumo lógico: Os fundamentos jurídicos demonstram a existência de relação de consumo, o inadimplemento contratual, a responsabilidade objetiva da Ré, a configuração dos danos materiais e morais e a necessidade de tutela de urgência, amparados por princípios constitucionais e infraconstitucionais.

5. JURISPRUDÊNCIAS

1. TJRS (Quarta Turma Recursal Cível) - R"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos materiais e morais, com pedido de tutela de urgência, ajuizada por A. J. dos S. em face de Energia Solar S.A.. Narra o Autor que contratou a Ré para fornecimento, instalação e ativação de sistema de microgeração de energia solar fotovoltaica em sua residência, tendo quitado integralmente o valor pactuado. Apesar da conclusão da instalação física das placas solares, a Ré não providenciou a ativação do sistema junto à concessionária no prazo contratado, permanecendo a micro usina solar inativa por mais de 90 dias. Em razão da inércia, o Autor continuou arcando com as faturas de energia elétrica convencional e experimentou angústia e frustração, pleiteando a condenação da Ré à obrigação de fazer e ao pagamento de indenizações por danos materiais e morais.

A Ré foi citada, apresentou defesa (ou está ausente), conforme consta dos autos. Estão presentes os requisitos para julgamento do mérito.

Voto

1. Admissibilidade

Os pressupostos processuais e condições da ação estão presentes. O pedido está adequadamente formulado, com exposição dos fatos e fundamentos jurídicos (CPC/2015, art. 319). Não há nulidades a sanar, estando o feito apto ao julgamento de mérito.

2. Dos Fatos e da Relação Jurídica

Restou incontroverso que o Autor contratou a Ré para fornecimento, instalação e ativação de sistema de energia solar, tendo cumprido sua parte obrigacional. A instalação física foi concluída em 20/02/2024, mas a ativação não foi realizada, descumprindo a Ré o prazo contratual.

O contrato estabelece obrigação clara de a Ré providenciar não apenas a instalação, mas a efetiva ativação junto à concessionária, obrigação essa não cumprida até a propositura da ação.

3. Do Direito

3.1. Da Relação de Consumo e Responsabilidade Objetiva

A relação entre as partes é de consumo, pois o Autor é destinatário final dos serviços e a Ré é fornecedora, aplicando-se o regime do CDC. A responsabilidade do fornecedor por defeito ou falha na prestação do serviço é objetiva, bastando a demonstração do dano e do nexo de causalidade (CDC, art. 14; CF/88, art. 5º, XXXII).

3.2. Do Inadimplemento Contratual e Obrigação de Fazer

A obrigação assumida pela Ré compreendia não apenas a instalação dos equipamentos, mas a efetiva ativação do sistema, incluindo os trâmites administrativos necessários. O inadimplemento é, portanto, incontroverso. O CCB/2002, art. 389 e o CCB/2002, art. 475 estabelecem o direito do credor à tutela jurisdicional para ver cumprida a obrigação inadimplida. O CPC/2015, art. 497 autoriza a imposição de obrigação de fazer, inclusive com cominação de multa diária para o caso de descumprimento.

3.3. Dos Danos Materiais

O Autor continuou a arcar com as despesas de energia elétrica, prejuízo que não teria ocorrido se o sistema estivesse operante, havendo nexo causal entre a conduta omissiva da Ré e o dano experimentado. Logo, é devida a reparação dos valores efetivamente desembolsados no período em que o sistema deveria estar ativo (CCB/2002, art. 927).

3.4. Dos Danos Morais

O inadimplemento contratual, quando ultrapassa o mero dissabor, gera violação à dignidade e à personalidade do consumidor, especialmente quando há frustração de legítima expectativa e tentativas infrutíferas de solução amigável. A jurisprudência é pacífica ao reconhecer o dano moral in re ipsa nessas hipóteses, sendo suficiente a demonstração da falha na prestação do serviço essencial, nos termos da CF/88, art. 5º, X.

3.5. Da Tutela de Urgência

O CPC/2015, art. 300 autoriza a concessão da tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano. No caso concreto, a probabilidade do direito decorre da documentação comprovando o inadimplemento e o perigo de dano está caracterizado pela continuidade dos prejuízos materiais e morais suportados pelo Autor.

3.6. Dos Princípios Constitucionais

O presente julgamento observa os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da proteção do consumidor (CF/88, art. 5º, XXXII), da motivação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX), e do acesso à justiça.

4. Jurisprudência

Os precedentes colacionados pelo Autor confirmam a orientação de que o inadimplemento contratual, especialmente em contratos de fornecimento de sistema de energia solar, enseja indenização por danos materiais e morais, quando extrapola o mero descumprimento e gera frustração e prejuízo ao consumidor.

5. Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente o pedido, nos seguintes termos:

  • a) Confirmo a tutela de urgência e determino que a Ré, no prazo de 10 (dez) dias, adote todas as providências necessárias para efetivar a ativação da micro usina solar instalada na residência do Autor, sob pena de multa diária a ser fixada em R$ 500,00, limitada a 30 dias, sem prejuízo de posterior revisão.
  • b) Condeno a Ré à obrigação de fazer, consistente em realizar todos os atos necessários à efetiva ativação do sistema de microgeração de energia solar.
  • c) Condeno a Ré ao pagamento de indenização por danos materiais, a ser apurada em liquidação de sentença, correspondente ao valor das faturas de energia elétrica pagas pelo Autor, no período entre a data da conclusão da instalação (20/02/2024) e a efetiva ativação do sistema, devidamente atualizado.
  • d) Condeno a Ré ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo em R$ 10.000,00 (dez mil reais), em atenção aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, considerando a extensão do dano e os parâmetros da jurisprudência.
  • e) Condeno a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 15% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85.

 

Deixo de designar audiência de conciliação/mediação por se mostrar desnecessária diante do julgamento de mérito, nos termos do CPC/2015, art. 319, VII.

P.R.I.

6. Considerações Finais

O presente voto encontra-se devidamente fundamentado, em estrito cumprimento ao dever de motivação previsto na CF/88, art. 93, IX, com análise dos fatos, das provas e dos fundamentos jurídicos aplicáveis.

Conclusão

Diante do exposto, conheço do pedido e dou-lhe integral provimento, julgando procedente a demanda, nos termos acima.

[Cidade], [data].

___________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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