Modelo de Petição inicial de ação de indenização por danos morais contra concessionária Águas do Futuro S.A. por falha na prestação do serviço essencial de fornecimento de água e privação do serviço por 20 dias fund...

Publicado em: 10/05/2025 Processo CivilConsumidor
Modelo de petição inicial para ação de indenização por danos morais proposta por consumidor contra concessionária de água pela falha na prestação do serviço essencial, consistente na não instalação do hidrômetro e na interrupção do fornecimento de água por 20 dias, causando sofrimento e prejuízos à dignidade e saúde do autor. Fundamenta-se na responsabilidade objetiva do fornecedor prevista no Código de Defesa do Consumidor e nos direitos constitucionais à saúde e dignidade da pessoa humana. Inclui pedidos de citação, inversão do ônus da prova, condenação em indenização e custas processuais, com base em jurisprudência atualizada.

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível do Foro Central da Comarca de [Cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 12.345.678-9, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado à Rua das Flores, nº 123, Bairro Jardim, CEP 12345-678, [Cidade/UF], vem, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de Águas do Futuro S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 12.345.678/0001-99, com sede na Avenida Central, nº 456, Bairro Centro, CEP 12345-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico [email protected], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor é consumidor regular dos serviços de fornecimento de água prestados pela Ré, sendo titular da unidade consumidora situada à Rua das Flores, nº 123, nesta cidade.

Em [data], o Autor solicitou à Ré a instalação do hidrômetro em sua residência, tendo em vista tratar-se de imóvel recém-adquirido e necessitar do serviço essencial para o cotidiano, especialmente em razão do período de verão, quando o consumo de água é naturalmente elevado.

Não obstante as reiteradas solicitações e contatos realizados junto à concessionária, a Ré permaneceu inerte, deixando de instalar o hidrômetro e, consequentemente, de fornecer água ao imóvel do Autor pelo período de 20 (vinte) dias.

Durante esse lapso temporal, o Autor e sua família ficaram privados do acesso à água potável, o que lhes causou enormes transtornos, constrangimentos e sofrimento, afetando diretamente a dignidade, higiene, alimentação e saúde, em pleno verão, período em que a necessidade de água é ainda mais premente.

Ressalte-se que o serviço de fornecimento de água é considerado essencial, sendo indispensável à vida, à saúde e à dignidade da pessoa humana, razão pela qual a omissão da Ré caracteriza grave falha na prestação do serviço.

Diante da inércia da concessionária, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver reparados os danos morais sofridos em razão da conduta ilícita da Ré.

Resumo: A narrativa evidencia a privação indevida de serviço público essencial, a omissão da concessionária e o sofrimento do consumidor, elementos que fundamentam o pedido indenizatório.

4. DO DIREITO

4.1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

A relação estabelecida entre as partes é de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, sendo o Autor consumidor e a Ré fornecedora de serviço público essencial.

O serviço de fornecimento de água é disciplinado pelo CDC, art. 22, que impõe ao fornecedor o dever de prestar serviços adequados, eficientes, seguros e contínuos. Ademais, a responsabilidade da concessionária é objetiva, nos termos do CDC, art. 14, bastando a demonstração do dano e do nexo causal, independentemente de culpa.

4.2. DA FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO

A omissão da Ré em instalar o hidrômetro e fornecer água ao Autor por 20 dias caracteriza evidente falha na prestação do serviço, violando o direito básico do consumidor à adequada e eficaz prestação dos serviços públicos essenciais (CDC, art. 6º, X).

4.3. DO DANO MORAL

A privação do acesso à água, serviço essencial à vida, por período significativo, ultrapassa o mero aborrecimento e configura dano moral in re ipsa, conforme entendimento consolidado nos tribunais. Tal privação atinge diretamente a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), o direito à saúde (CF/88, art. 6º) e à inviolabilidade da intimidade e da vida privada (CF/88, art. 5º, X).

O Superior Tribunal de Justiça e os Tribunais Estaduais reconhecem que a interrupção ou a não"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos morais ajuizada por A. J. dos S. em face de Águas do Futuro S.A., na qual o Autor alega que, apesar de reiteradas solicitações, a Ré permaneceu inerte quanto à instalação de hidrômetro em sua residência, privando o Autor e sua família do acesso à água potável durante 20 (vinte) dias, o que teria acarretado graves transtornos, constrangimentos e sofrimento. O Autor pleiteia indenização por danos morais, sugerindo o valor de R$ 10.000,00, além dos consectários legais.

II. Fundamentação

II.1. Da Admissibilidade

Presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, conheço do pedido.

II.2. Dos Fatos e da Responsabilidade Civil

Restou incontroverso que o Autor permaneceu privado do fornecimento de água potável por período significativo, em virtude da omissão da Ré na instalação do hidrômetro, mesmo diante de diversas solicitações.

A relação entre as partes é tipicamente de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, sendo a Ré fornecedora de serviço público essencial. Nos termos do CDC, art. 22, os órgãos públicos, por si ou suas concessionárias, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e contínuos. A responsabilidade civil da concessionária é objetiva, conforme o CDC, art. 14, bastando a demonstração do dano e do nexo causal.

II.3. Da Falha na Prestação do Serviço

A ausência de prestação de serviço essencial, como o fornecimento de água, configura falha grave, violando o direito básico do consumidor à adequada e eficaz prestação dos serviços públicos (CDC, art. 6º, X).

A privação do acesso à água por tempo considerável não se trata de mero dissabor cotidiano, mas de situação que atinge diretamente a dignidade da pessoa humana, à luz da CF/88, art. 1º, III, além do direito à saúde (CF/88, art. 6º) e à inviolabilidade da intimidade e da vida privada (CF/88, art. 5º, X).

A jurisprudência dos tribunais pátrios é pacífica ao reconhecer que a interrupção injustificada ou não prestação de serviço público essencial enseja indenização por dano moral, sendo desnecessária a comprovação do prejuízo concreto (dano moral in re ipsa), conforme precedentes citados na inicial.

II.4. Do Dano Moral e seu Quantum

Restou caracterizado o dano moral, devendo a indenização ser fixada de modo a reparar o sofrimento do Autor e inibir novas condutas ilícitas, observando-se os princípios da razoabilidade e proporcionalidade (CCB/2002, art. 944).

Considerando as peculiaridades do caso concreto, a extensão do dano, o tempo da privação e os parâmetros jurisprudenciais trazidos aos autos, entendo adequado fixar a indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigido monetariamente desde a publicação da sentença e acrescido de juros legais a partir da citação.

II.5. Dos Demais Pedidos

Quanto ao pedido de inversão do ônus da prova, nos termos do CDC, art. 6º, VIII, já restou esvaziado diante da verossimilhança das alegações e da natureza dos fatos, sendo suficiente a prova documental constante dos autos.

As custas processuais e honorários advocatícios são devidos pela parte vencida.

III. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, com resolução do mérito (CPC/2015, art. 487, I), para condenar Águas do Futuro S.A. ao pagamento de indenização por danos morais ao Autor no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescido de correção monetária a partir da publicação da sentença e juros de mora desde a citação.

Condeno a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Fundamentação Constitucional e Legal

O presente voto observa o disposto na CF/88, art. 93, IX, que exige a fundamentação das decisões judiciais, bem como aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), direito à saúde (CF/88, art. 6º) e inviolabilidade da vida privada (CF/88, art. 5º, X). Aplica-se o CDC, art. 6º, CDC, art. 14, CDC, art. 22, CCB/2002, art. 944 e CPC/2015, art. 85 e CPC/2015, art. 487.

V. Conclusão

É como voto.

 

[Local], [data].
_______________________________________
Magistrado(a)


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