Modelo de Petição de ratificação de pedido de depósito judicial dos valores pertencentes ao espólio de M. F. de S. L., com fundamento no Código Civil e CPC, visando resguardar direitos dos herdeiros e garantir segurança ju...
Publicado em: 24/07/2025 CivelProcesso CivilPETIÇÃO DE RATIFICAÇÃO DE PEDIDO DE DEPÓSITO JUDICIAL
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileira, advogada, inscrita na OAB/SP sob o nº ___, portadora do CPF nº ___, endereço eletrônico ___, com escritório profissional na Rua ___, nº ___, Bairro ___, CEP ___, Cidade ___, Estado de São Paulo, neste ato representando o espólio de M. F. de S. L., falecida, conforme consta nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua procuradora infra-assinada, apresentar a presente PETIÇÃO DE RATIFICAÇÃO DE PEDIDO DE DEPÓSITO JUDICIAL, em face dos eventuais interessados/herdeiros da falecida M. F. de S. L., cujos nomes, estados civis, profissões, endereços eletrônicos, domicílios e residências constam nos autos ou são desconhecidos, para os fins que passa a expor.
3. EXPOSIÇÃO DOS FATOS
A presente demanda decorre do falecimento de M. F. de S. L., titular do direito à indenização objeto destes autos. Após o trânsito em julgado da decisão que reconheceu o direito à indenização, o valor correspondente foi depositado em conta bancária de titularidade da advogada A. J. dos S., em razão de sua atuação como procuradora da falecida.
Ocorre que, após o falecimento da titular do direito, foi oportunizado aos interessados, herdeiros ou eventuais sucessores, o prazo para manifestação acerca do levantamento ou destinação dos valores depositados. Contudo, transcorreu o prazo legal sem qualquer manifestação dos interessados, restando a quantia depositada sob responsabilidade da advogada.
Considerando a natureza dos valores – pertencentes ao espólio de pessoa falecida – e visando resguardar o direito de todos os eventuais herdeiros, bem como evitar qualquer prejuízo ou alegação de irregularidade futura, a peticionária ratifica o pedido de depósito judicial dos valores em nome da falecida, de modo que fiquem à disposição deste juízo, para que, oportunamente, qualquer interessado possa requerer o levantamento mediante regular procedimento judicial.
Ressalta-se que a medida visa garantir a segurança jurídica, a correta destinação do patrimônio e a observância dos princípios da legalidade, da boa-fé e da proteção dos direitos sucessórios, em consonância com o devido processo legal.
4. DO DIREITO
O depósito judicial de valores pertencentes ao espólio encontra respaldo no ordenamento jurídico brasileiro, especialmente diante da inércia dos interessados e da necessidade de resguardar o patrimônio do falecido até a regularização da sucessão.
De acordo com o CCB/2002, art. 1.784, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários, mas a administração dos bens do espólio compete ao inventariante, nos termos do CCB/2002, art. 1.797. O levantamento de valores pertencentes ao de cujus, inclusive indenizações, deve ser realizado sob a fiscalização do juízo competente, normalmente o do inventário, conforme entendimento consolidado pela jurisprudência pátria.
O CPC/2015, art. 687 e CPC/2015, art. 688 regulam a habilitação de sucessores e a sucessão processual, permitindo que, em caso de falecimento de parte, os herdeiros sejam habilitados para prosseguimento do feito. Entretanto, o levantamento de valores, em regra, depende da abertura de inventário ou da apresentação de formal de partilha, salvo em hipóteses excepcionais de consenso entre os herdeiros e ausência de litígio, conforme admitido por parte da jurisprudência.
Ressalte-se que o CPC/2015, art. 319 exige, para a petição inicial, a exposição dos fatos, fundamentos jurídicos e pedidos, além da indicação do valor da causa e das provas pretendidas. No presente caso, o pedido de ratificação do depósito judicial visa garantir que os valores fiquem à disposição do juízo, resguardando o direito de terceiros e evitando o levantamento irregular.
O princípio da segurança jurídica e da legalidade impõe que, diante da inércia dos interessados, o valor permaneça sob a guarda do Poder Judiciário, evitando-se decisões conflitantes e prejuízos aos herdeiros, conforme reiteradamente reconhecido p"'>...
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