Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Tutela de Urgência e Indenização por Danos Morais contra C6 Bank por Descontos Indevidos em Benefício Previdenciário de Pessoa Analfabeta
Publicado em: 22/05/2025 CivelProcesso CivilConsumidorAÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF],
(Competência: Tribunal de Justiça do Estado)
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, analfabeto, aposentado, portador do CPF nº [informar], RG nº [informar], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [informar e-mail de representante ou advogado], por seu advogado infra-assinado (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de C6 BANK S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº [informar], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [informar], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor, A. J. dos S., é beneficiário de aposentadoria, percebendo benefício de natureza alimentar. Em 31/12/2024, foi surpreendido com descontos mensais no valor de R$ 92,44 em seu benefício previdenciário, referentes ao contrato nº 90141326850, supostamente firmado com o C6 Bank S.A., totalizando 84 parcelas.
Ocorre que o Autor jamais contratou qualquer empréstimo com o Réu, tampouco autorizou descontos em seu benefício. Ressalte-se que o Autor é analfabeto, o que reforça a necessidade de observância das formalidades legais para a celebração de contratos, especialmente bancários, conforme CCB/2002, art. 595.
Os descontos indevidos vêm comprometendo a subsistência do Autor, que depende integralmente de seu benefício previdenciário para sua manutenção e de sua família. Diante da ausência de contratação, o Autor buscou esclarecimentos junto ao banco, sem obter solução, persistindo os descontos indevidos.
Assim, busca-se a declaração de inexistência do débito, a cessação imediata dos descontos, a restituição dos valores descontados e a condenação do Réu ao pagamento de indenização por danos morais, dada a flagrante violação à dignidade do Autor e à natureza alimentar do benefício.
Resumo: O Autor, pessoa analfabeta, teve descontos indevidos em seu benefício previdenciário por empréstimo não contratado, sendo imprescindível a tutela jurisdicional para cessar a lesão e reparar os danos causados.
4. DOS PEDIDOS LIMINARES (TUTELA DE URGÊNCIA)
Nos termos do CPC/2015, art. 300, estão presentes os requisitos para concessão da tutela de urgência, haja vista o perigo de dano à subsistência do Autor, que depende do benefício previdenciário, e a probabilidade do direito, demonstrada pela ausência de contratação válida e pela condição de analfabeto.
Requer:
- a) A concessão de tutela de urgência para determinar a imediata suspensão dos descontos referentes ao contrato nº 90141326850 no benefício previdenciário do Autor;
- b) A expedição de ofício ao INSS para que cesse os descontos, sob pena de multa diária;
- c) A abstenção de inscrição do nome do Autor em cadastros restritivos em razão do referido contrato.
5. DO DIREITO
5.1. DA INEXISTÊNCIA DE CONTRATO E DA NULIDADE
O Autor é analfabeto, condição que exige a observância das formalidades do CCB/2002, art. 595, para validade de contratos: assinatura a rogo, com duas testemunhas. Ausente tal formalidade, o contrato é nulo de pleno direito.
A instituição financeira não comprovou a regularidade da contratação, tampouco a observância das formalidades legais, recaindo sobre ela o ônus da prova, nos termos do CPC/2015, art. 373, II, e do Tema Repetitivo 1.061/STJ.
Resumo: A ausência de contratação válida e de observância das formalidades legais impõe a declaração de inexistência do débito e a nulidade do contrato.
5.2. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO BANCO
A relação entre as partes é de consumo (CDC, art. 2º e CDC, art. 3º), aplicando-se a responsabilidade objetiva do fornecedor (CDC, art. 14). A falha na prestação do serviço é evidente, pois o banco permitiu a contratação fraudulenta, não adotando cautelas mínimas para evitar o dano.
Conforme a Súmula 479/STJ, as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos causados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
Resumo: O banco responde objetivamente pelos danos causados ao consumidor em razão de fraude, devendo reparar integralmente o prejuízo.
5.3. DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Nos termos do CDC, art. 42, parágrafo único, o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, salvo engano justificável. No caso, não há prova de boa-fé do banco, sendo devida a restituição em dobro dos valores descontados.
Resumo: A repetição em dobro dos valores descontados indevidamente é"'>...
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