Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais, Materiais e Pensão Mensal em face de Responsabilidade Civil por Acidente com Moto Aquática conduzida por Menor

Publicado em: 07/05/2025 CivelProcesso Civil
Petição inicial de ação de indenização proposta por A. B. de S. contra C. D. dos S. e seu filho menor, E. F. de S., devido a acidente causado por condução imprudente de moto aquática. Fundamentada na responsabilidade civil objetiva e subjetiva, vedação legal à condução por menor, com pedidos de reparação por danos materiais, morais e pensão mensal enquanto durar a incapacidade laborativa, além de custas e honorários. Inclui provas documentais, testemunhais e periciais, amparo no Código Civil e jurisprudência consolidada.
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PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS E PENSÃO MENSAL

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. B. de S., brasileiro, solteiro, auxiliar administrativo, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000 SSP/UF, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado à Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF, por seu advogado infra-assinado (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS E PENSÃO MENSAL em face de C. D. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº 111.111.111-11, RG nº 1.111.111 SSP/UF, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado à Avenida das Palmeiras, nº 200, Bairro Jardim, CEP 11111-111, Cidade/UF, e E. F. de S., brasileiro, menor impúbere, representado por sua genitora G. H. de S., brasileira, casada, do lar, portadora do CPF nº 222.222.222-22, RG nº 2.222.222 SSP/UF, endereço eletrônico [email protected], ambos residentes e domiciliados à Rua das Acácias, nº 300, Bairro Bela Vista, CEP 22222-222, Cidade/UF, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

No dia 10 de maio de 2024, por volta das 15h, o Autor encontrava-se em área de lazer pública, à margem do Lago Azul, quando foi surpreendido por uma moto aquática conduzida de forma imprudente por E. F. de S., menor de idade, filho do segundo Réu, C. D. dos S., que, ao perder o controle do veículo náutico, colidiu violentamente com o Autor.

Em decorrência do acidente, o Autor sofreu graves lesões corporais, sendo imediatamente socorrido e encaminhado ao hospital local, onde permaneceu internado por 20 dias, submetendo-se a procedimentos cirúrgicos e tratamentos médicos intensivos. O laudo médico (documento anexo) atesta incapacidade temporária total para o trabalho por 6 meses, além de sequelas físicas que demandam acompanhamento contínuo.

Ressalte-se que a condução de moto aquática por menor de idade é expressamente vedada pela legislação vigente, o que evidencia a conduta ilícita e a negligência do Réu C. D. dos S., proprietário e responsável pelo veículo, ao permitir que seu filho, menor, conduzisse a embarcação.

O acidente resultou em consideráveis prejuízos materiais ao Autor, que arcou com despesas médicas, hospitalares, medicamentosas, fisioterápicas e de transporte, além de ter sua fonte de renda interrompida em razão da incapacidade laboral. Ademais, o sofrimento físico e psíquico experimentado extrapola o mero aborrecimento, configurando dano moral indenizável.

Diante da gravidade das lesões e da impossibilidade de exercer sua atividade profissional, o Autor faz jus ao recebimento de pensão mensal enquanto perdurar sua incapacidade, nos termos da legislação civil.

Assim, não restam dúvidas acerca da responsabilidade dos Réus pelo evento danoso, sendo de rigor a condenação ao pagamento de indenização por danos materiais, morais e pensão mensal.

4. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o Autor:
a) A citação dos Réus para, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confissão;
b) A condenação dos Réus, solidariamente, ao pagamento de indenização por danos materiais, compreendendo todas as despesas médicas, hospitalares, medicamentosas, fisioterápicas, de transporte e outras correlatas, devidamente comprovadas, bem como lucros cessantes correspondentes ao período de afastamento laboral;
c) A condenação dos Réus ao pagamento de pensão mensal ao Autor, no valor equivalente à sua remuneração habitual, enquanto perdurar a incapacidade laboral, a ser apurada em liquidação de sentença, nos termos do CCB/2002, art. 950;
d) A condenação dos Réus ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência, observando-se os princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
e) A condenação dos Réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
f) A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental, testemunhal e pericial;
g) A designação de audiência de conciliação/mediação, nos termos do CPC/2015, art. 319, VII.

5. DO DIREITO

5.1 DA RESPONSABILIDADE CIVIL

A responsabilidade civil dos Réus decorre da conduta ilícita praticada, nos termos do CCB/2002, art. 186, que dispõe: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito." O proprietário do veículo responde objetivamente pelos danos causados por terceiro a quem confiou a posse do bem, sobretudo quando se trata de menor de idade, conforme CCB/2002, art. 932, I.

O nexo de causalidade entre a conduta do menor, autorizado e permitido pelo pai a conduzir a moto aquática, e o dano sofrido pelo Autor, resta plenamente comprovado pelos documentos acostados aos autos.

5.2 DA ILICITUDE E DA CULPA

A condução de moto aquática por menor de idade é vedada pela legislação de trânsito e normas da Capitania dos Portos, configurando infração administrativa e penal, além de manifesta negligência do proprietário e responsável legal, que permitiu tal conduta. O princípio da lega"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

EMENTA: Responsabilidade civil. Acidente causado por menor de idade na condução de moto aquática. Permissão do proprietário e guardião legal. Lesão corporal grave. Danos materiais, morais e direito à pensão mensal. Responsabilidade solidária dos réus. Pedido julgado procedente.

VOTO

Trata-se de ação de indenização por danos materiais, morais e pensão mensal proposta por A. B. de S. em face de C. D. dos S. e E. F. de S. (representado por sua genitora). O Autor narra que, em 10 de maio de 2024, sofreu graves lesões corporais em razão de acidente causado por moto aquática conduzida pelo menor E. F. de S., filho do segundo Réu, C. D. dos S., sendo este proprietário e responsável pelo veículo.

1. Do Conhecimento da Demanda

Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço da ação, nos termos do art. 485 do CPC/2015. Não há óbice ao regular prosseguimento do feito, estando o processo apto ao julgamento.

2. Dos Fatos e da Responsabilidade

Restou incontroverso nos autos que o acidente ocorreu em área pública de lazer, por culpa de condução imprudente de moto aquática por menor de idade, fato vedado pela legislação específica. A prova documental e testemunhal confirma que o Réu C. D. dos S. permitiu a utilização do veículo por seu filho, menor, em flagrante desrespeito ao dever de cuidado e às normas de segurança.

O CCB/2002, art. 186 dispõe que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. O CPC/2015, art. 932, inciso I, do mesmo diploma legal, impõe ao pai (ou responsável) o dever de responder pelos atos dos filhos menores, especialmente quando estes agem sob sua autorização ou negligência.

3. Da Culpa e da Nexo de Causalidade

A culpa do menor e a negligência do pai restaram comprovadas. O nexo causal entre a conduta ilícita e os danos sofridos pelo Autor é inequívoco, conforme laudo médico e demais documentos acostados. Ressalta-se que a condução de moto aquática por menor de idade é expressamente vedada, conforme normas da Capitania dos Portos e legislação de trânsito.

O princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) foi violado, e a conduta dos Réus afrontou o dever objetivo de cuidado exigido no ordenamento jurídico.

4. Dos Danos Materiais

O Autor comprovou despesas médicas, hospitalares, medicamentosas, fisioterápicas e de transporte, além de lucros cessantes, em razão da incapacidade temporária para o trabalho (CCB/2002, art. 944 e CCB/2002, art. 949). O conjunto probatório evidencia a extensão do dano material, merecendo integral ressarcimento.

5. Do Direito à Pensão Mensal

O CCB/2002, art. 950 assegura à vítima de ato ilícito que resulte em incapacidade para o trabalho o direito à pensão correspondente à remuneração habitual. O Autor ficou afastado por 6 meses, conforme laudo, e faz jus ao recebimento de pensão mensal proporcional à sua remuneração, enquanto perdurar a incapacidade, conforme será apurado em liquidação de sentença.

6. Dos Danos Morais

O dano moral, in re ipsa, decorre da gravidade das lesões e do abalo psíquico sofrido pelo Autor, que extrapola o mero dissabor. A indenização deve atender aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, como pacificado na jurisprudência (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP).

7. Dos Princípios Constitucionais

O caso sub judice exige interpretação à luz da CF/88, art. 93, IX, o qual impõe ao magistrado o dever de fundamentar suas decisões. Entendo que estão presentes os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da reparação integral do dano, da boa-fé objetiva e da legalidade. O direito à vida, à integridade física e à saúde é protegido pelo ordenamento constitucional, devendo ser reparado todo prejuízo causado.

8. Da Jurisprudência

Os tribunais pátrios têm reconhecido a responsabilidade solidária do proprietário e do responsável legal por danos causados por menor de idade na condução de veículos, bem como o direito à indenização integral, incluída a pensão mensal e o dano moral (vide TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP; Acórdão/TJSP).

9. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial, para:

  • Condenar os Réus, solidariamente, ao pagamento de indenização por danos materiais, nos valores a serem apurados em liquidação de sentença, abrangendo todas as despesas comprovadas e os lucros cessantes;
  • Condenar os Réus ao pagamento de pensão mensal ao Autor, equivalente à sua remuneração habitual, enquanto perdurar a incapacidade laboral, nos termos do CCB/2002, art. 950, a ser apurada em liquidação de sentença;
  • Condenar os Réus ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo, a título de razoabilidade e proporcionalidade, em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
  • Condenar os Réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 15% sobre o valor da condenação, nos termos do CCB/2002, art. 85, § 2º;
  • Defiro a produção de prova documental, testemunhal e pericial, caso requerido pelas partes na fase de liquidação;
  • Homologo, por fim, o valor da causa para fins fiscais, conforme atribuído na inicial.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade/UF], [data].
Juiz de Direito

10. Fundamentação Constitucional (CF/88, art. 93, IX)

A presente decisão encontra-se devidamente fundamentada, em observância a CF/88, art. 93, IX, que exige a indicação dos motivos e fundamentos jurídicos que embasam o convencimento do magistrado, garantindo a transparência, o contraditório e a ampla defesa.


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