Modelo de Ação de despejo com pedido de liminar de imissão na posse mediante caução para retomada de imóvel residencial pelo locador após término do contrato de locação
Publicado em: 31/07/2025 Processo Civil Direito ImobiliárioPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE DESPEJO COM PEDIDO DE LIMINAR DE IMISSÃO NA POSSE MEDIANTE CAUÇÃO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ___ do Estado de ___.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, empresário, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, portador do RG nº 0.000.000-SSP/XX, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado à Rua das Palmeiras, nº 100, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE DESPEJO COM PEDIDO DE LIMINAR DE IMISSÃO NA POSSE MEDIANTE CAUÇÃO
em face de M. F. de S. L., brasileira, casada, professora, inscrita no CPF sob o nº 111.111.111-11, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada à Rua das Palmeiras, nº 100, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor celebrou com a Ré contrato de locação residencial, com prazo determinado de 30 (trinta) meses, tendo como objeto o imóvel situado à Rua das Palmeiras, nº 100, Bairro Centro, Cidade/UF. O contrato foi firmado em ___/___/____, com término previsto para ___/___/____.
O imóvel foi locado para fins de moradia de parentes da Ré, conforme expressamente pactuado entre as partes. Ocorre que, findo o prazo contratual, o Autor manifestou, de forma expressa e tempestiva, sua intenção de não prorrogar a locação, comunicando a Ré acerca da necessidade de desocupação do imóvel.
Contudo, mesmo após o término do contrato e o esgotamento do prazo para desocupação, a Ré e seus parentes permanecem no imóvel, sem autorização do Autor, que necessita da retomada do bem para uso próprio e de seus familiares.
Ressalte-se que o Autor buscou, por vias amigáveis, solucionar a questão, não obtendo êxito. Diante da resistência da Ré em desocupar o imóvel, não restou alternativa senão o ajuizamento da presente ação, visando a extinção da relação locatícia e a retomada da posse direta do bem.
Considerando a urgência e a necessidade de reaver o imóvel para uso de parentes, o Autor requer, liminarmente, a imissão na posse, mediante caução a ser arbitrada por Vossa Excelência.
Os fatos narrados encontram respaldo documental, conforme contrato de locação, notificações e demais documentos anexos.
Resumo: O contrato de locação residencial firmado entre as partes expirou, a locatária foi notificada para desocupar o imóvel, mas permanece no local, tornando imprescindível a presente ação para a retomada da posse.
4. DO DIREITO
4.1. DA NATUREZA DA RELAÇÃO LOCATÍCIA E DO TÉRMINO DO CONTRATO
Nos termos da Lei 8.245/1991 (Lei do Inquilinato), art. 46, o contrato de locação residencial por prazo determinado encerra-se automaticamente com o decurso do prazo pactuado, salvo se houver permanência do locatário no imóvel por mais de trinta dias sem oposição do locador. No presente caso, o Autor manifestou expressamente sua intenção de não prorrogar a locação, tornando legítima a retomada do imóvel.
A jurisprudência é pacífica ao reconhecer que, findo o prazo do contrato e manifestada a oposição à prorrogação, o locador pode promover a ação de despejo, independentemente de justificativa específica (Lei 8.245/1991, art. 5º).
4.2. DA LEGITIMIDADE ATIVA E DA POSSE
O locador detém legitimidade para propor a ação de despejo, bastando que tenha a posse e a prerrogativa de uso e gozo do imóvel, sendo desnecessária a comprovação da propriedade (Lei 8.245/1991, art. 5º). O contrato firmado entre as partes atribuiu ao Autor a condição de locador, conferindo-lhe o direito de reaver o imóvel ao término do prazo ajustado.
4.3. DA NECESSIDADE DE USO DO IMÓVEL POR PARENTES
O pedido de retomada do imóvel para uso de parentes encontra respaldo legal na Lei 8.245/1991, art. 47, III, que autoriza o despejo para uso próprio, de ascendente, descendente ou cônjuge, desde que comprovada a necessidade e observado o término do contrato.
No caso em tela, o Autor necessita do imóvel para moradia de seus familiares, o que justifica o pedido de despejo e a urgência na concessão da liminar de imissão na posse.
4.4. DA LIMINAR DE IMISSÃO NA POSSE MEDIANTE CAUÇÃO
A Lei 8.245/1991, art. 59, § 1º, inciso IX, autoriza a concessão de liminar para desocupação do imóvel, mediante caução, nas hipóteses de término do prazo contratual, especialmente quando o imóvel é necessário para uso próprio ou de parentes do locador.
A concessão da liminar visa resguardar o direito do locador à posse do imóvel, evitando prejuízos decorrentes da indevida permanência do locatário e de terceiros, e encontra respaldo no CPC/2015, art. 300, que admite a tutela de urgência quando presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora.
4.5. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
O princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) impõe a observância do contrato e da legislação específica, enquanto o princípio da bo"'>...
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