Modelo de Ação de Cobrança de IPTU contra Inquilina por Inadimplemento Contratual com Pedido de Ressarcimento de Valores Pagos pelo Proprietário e Fundamentação em Contrato de Locação e Legislação Vigente
Publicado em: 12/07/2025 CivelProcesso Civil TributárioAÇÃO DE COBRANÇA DE IPTU EM FACE DE INQUILINO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ___ do Estado de ___
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 12.345.678-9, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF, por seu advogado infra-assinado, com escritório profissional na Rua dos Advogados, nº 200, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF, endereço eletrônico [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor
AÇÃO DE COBRANÇA
em face de M. F. de S. L., brasileira, divorciada, professora, portadora do CPF nº 987.654.321-00, RG nº 98.765.432-1, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliada na Rua das Palmeiras, nº 50, Bairro Jardim, CEP 00000-000, Cidade/UF, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor é proprietário do imóvel situado na Rua das Margaridas, nº 300, Bairro Primavera, Cidade/UF, objeto de contrato de locação firmado com a Ré, M. F. de S. L., em 01 de janeiro de 2021, pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses, conforme instrumento particular anexo.
No referido contrato, restou expressamente pactuado, em sua cláusula 7ª, que a locatária seria responsável pelo pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) incidente sobre o imóvel durante todo o período da locação, além dos aluguéis e demais encargos locatícios.
Entretanto, durante o período em que permaneceu no imóvel (janeiro de 2021 a dezembro de 2022), a Ré deixou de adimplir integralmente os valores relativos ao IPTU, conforme demonstram os carnês e comprovantes de débito em anexo, totalizando o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), acrescidos de atualização monetária e juros moratórios.
O inadimplemento da Ré gerou a inscrição do débito em dívida ativa municipal, com o consequente ajuizamento de execução fiscal em face do Autor, proprietário do imóvel, o que lhe trouxe prejuízos e ensejou a necessidade de quitação do débito para evitar restrições patrimoniais.
Apesar de diversas tentativas extrajudiciais de cobrança, a Ré permaneceu inadimplente, razão pela qual não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver ressarcido o valor do IPTU que, por força contratual, competia à locatária.
Resumo: O Autor, proprietário, quitou o IPTU que era de responsabilidade da inquilina, conforme contrato, e busca o ressarcimento dos valores pagos referentes ao período de locação.
4. DO DIREITO
4.1. Da Responsabilidade Contratual pelo Pagamento do IPTU
Nos termos do CCB/2002, art. 421, o contrato é lei entre as partes, devendo ser cumprido de boa-fé (CCB/2002, art. 422). A Lei do Inquilinato (Lei 8.245/1991, art. 23, VIII) permite que as partes convencionem a responsabilidade pelo pagamento de tributos incidentes sobre o imóvel locado, como o IPTU.
O Lei 8.245/1991, art. 22, VIII, dispõe que é obrigação do locador pagar os impostos e taxas incidentes sobre o imóvel, salvo disposição contratual em contrário. No presente caso, há cláusula expressa transferindo tal obrigação à locatária, o que é plenamente válido e eficaz entre as partes.
4.2. Da Obrigação de Ressarcimento
O inadimplemento da obrigação contratual pela Ré caracteriza enriquecimento sem causa, vedado pelo CCB/2002, art. 884. O Autor, compelido a quitar o débito para evitar restrições patrimoniais, faz jus ao ressarcimento integral do valor pago, acrescido de correção monetária e juros moratórios, nos termos do CCB/2002, art. 389.
4.3. Da Legitimidade da Cobrança
Embora a relação tributária se estabeleça entre o Fisco e o proprietário/possuidor (CTN, art. 34), a obrigação de ressarcimento do valor do IPTU decorre da relação contratual entre locador e locatário, sendo plenamente exigível na via judicial, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça.
4.4. Da Prescrição
O prazo prescricional para cobrança de valores decorrentes de relação contratual de locação é de 3 (três) anos (CCB/2002, art. 206, §3º, I), contado do pagamento do tributo pelo locador (STJ, AgInt nos EDcl no REsp 1.569.199/SP/STJ).
4.5. Dos Princípios Aplicáveis
A presente demanda encontra amparo nos princípios da boa-fé objetiva, pacta sunt servanda e vedação ao enriquecimento sem causa, que norteiam as relações contratuais e impõem o dever de cumprimento das obrigações assumidas.
Fechamento argumentativo: Diante do inadimplemento da obrigação"'>...
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