Modelo de Ação de Cobrança de Empréstimo Particular entre Mãe e Filho com Base em Contrato de Mútuo e Inadimplemento do Réu para Restituição de R$ 74.288,00, com Fundamentação no Código Civil e CPC

Publicado em: 30/05/2025 CivelProcesso Civil
Modelo de petição inicial para ação de cobrança ajuizada por mãe contra filho, visando a restituição de valor emprestado de R$ 74.288,00, com base em contrato particular de mútuo, comprovantes bancários e fundamentos jurídicos do Código Civil e do CPC/20115, destacando a natureza onerosa do empréstimo, a ausência de pagamento pelo réu, e requerendo citação, condenação ao pagamento, custas, honorários e produção de provas.
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AÇÃO DE COBRANÇA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

S. F., brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [informar], endereço eletrônico [informar], residente e domiciliada à [endereço completo], doravante denominada Autora, por seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE COBRANÇA em face de J., brasileiro, solteiro, [profissão], portador do CPF nº [informar], endereço eletrônico [informar], residente e domiciliado na cidade de [informar endereço completo], doravante denominado Réu, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

Em [data], as partes celebraram instrumento particular de mútuo, pelo qual a Autora emprestou ao Réu a quantia total de R$ 74.288,00 (setenta e quatro mil, duzentos e oitenta e oito reais), dividida em dois repasses: R$ 13.000,00 (treze mil reais) nesta data e R$ 61.288,00 (sessenta e um mil, duzentos e oitenta e oito reais) a serem transferidos em até 60 dias, ambos mediante transferência bancária identificada.

O valor foi destinado exclusivamente à complementação da entrada para aquisição de imóvel financiado junto à Caixa Econômica Federal, em nome do Réu, conforme expressamente pactuado na Cláusula 1ª do contrato.

A devolução do valor mutuado foi ajustada para ocorrer de forma parcelada e flexível, mediante repasses periódicos a critério do Réu, sem incidência de juros ou correção monetária, desde que integralmente quitados no prazo máximo de quinze anos, contados da assinatura do contrato (Cláusula 2ª).

As partes declararam, de maneira inequívoca, que o contrato não constitui doação nem antecipação de herança, tratando-se de empréstimo particular de caráter pessoal e intransferível entre mãe e filho (Cláusula 3ª).

O Réu recebeu integralmente os valores pactuados, conforme comprovantes de transferência bancária que instruem esta inicial. Contudo, até a presente data, não efetuou qualquer pagamento à Autora, tampouco apresentou justificativa para o inadimplemento, descumprindo a obrigação assumida.

Ressalta-se que a natureza do contrato é de mútuo, não havendo qualquer elemento que autorize a interpretação de doação ou adiantamento de legítima, sendo a obrigação de restituir o valor mutuado clara e incontroversa.

Diante da inércia do Réu em adimplir a obrigação, não restou alternativa à Autora senão buscar a tutela jurisdicional para ver satisfeito seu crédito.

Resumo argumentativo: Os fatos demonstram a existência de contrato de mútuo, o repasse dos valores e o inadimplemento do Réu, legitimando a presente cobrança.

4. DO DIREITO

4.1. Da Natureza Jurídica do Contrato de Mútuo

O contrato celebrado entre as partes é de mútuo, nos termos do CCB/2002, art. 586, segundo o qual "o mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade".

A existência de instrumento particular, aliado à transferência bancária identificada, constitui prova robusta da relação jurídica e do valor efetivamente emprestado, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

4.2. Da Obrigação de Restituir

A obrigação do Réu de restituir o valor mutuado decorre do próprio contrato e da lei, não havendo qualquer excludente de responsabilidade. A ausência de pagamento caracteriza inadimplemento, autorizando a cobrança judicial.

O CPC/2015, art. 373, I, impõe ao autor o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito, o que se encontra plenamente atendido pelos documentos anexos.

4.3. Da Inexistência de Doação ou Antecipação de Herança

A Cláusula 3ª do contrato afasta expressamente qualquer alegação de doação ou antecipação de legítima, reforçando a natureza onerosa da avença e a obrigação de restituir.

Ademais, a doação de valores elevados exige instrumento público, nos termos do CCB/2002, art. 541, o que não se verifica no presente caso.

4.4. Da Boa-fé Objetiva e Prin"'>...


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Informações complementares

Simulação de Voto

VOTO DO MAGISTRADO

Relatório

Trata-se de Ação de Cobrança ajuizada por S. F. em face de J., na qual a autora pleiteia a condenação do réu ao pagamento de R$ 74.288,00 (setenta e quatro mil, duzentos e oitenta e oito reais), valor referente a contrato de mútuo firmado entre as partes, cuja restituição não foi adimplida pelo réu.

A inicial está devidamente instruída com contrato particular de mútuo, comprovantes de transferência bancária e demais documentos pertinentes. O réu, regularmente citado, não apresentou defesa (ou apresentou defesa, conforme o caso – adaptar conforme a simulação desejada).

Fundamentação

I – Da Fundamentação Hermenêutica entre os Fatos e o Direito

Os fatos narrados pela autora encontram respaldo documental, sendo incontroversa a existência do contrato de mútuo (CCB/2002, art. 586), bem como a efetiva transferência dos valores ao réu, comprovadas por extratos bancários. A cláusula contratual afasta expressamente a natureza de doação ou adiantamento de legítima, reforçando a obrigação de restituir.

Não há nos autos qualquer elemento de prova que indique o pagamento do valor mutuado ou fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da autora, ônus que incumbia ao réu (CPC/2015, art. 373, II).

Ressalta-se que, conforme entendimento consolidado nos tribunais pátrios, a transferência de quantia considerável de dinheiro entre particulares presume-se realizada a título de mútuo, salvo prova em contrário (cf. Apelação Cível Acórdão/TJSP, TJSP; Apelação Acórdão/TJRJ, TJRJ).

II – Dos Fundamentos Constitucionais e Legais

O direito da autora encontra amparo no princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II), no direito de propriedade (CF/88, art. 5º, XXII), e no dever de boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), de modo que a ausência de restituição do valor emprestado configura enriquecimento indevido por parte do réu.

Ademais, a decisão deve ser fundamentada, nos termos da CF/88, art. 93, IX: \"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.\"

No caso em tela, restou cabalmente comprovada a obrigação de restituir, não havendo excludente legal capaz de afastar o direito da autora, motivo pelo qual a procedência do pedido é medida de rigor.

III – Dos Recursos Interpostos

Não há nos autos notícia de recursos interpostos pendentes de apreciação, ou, caso haja, conheço do recurso por preenchidos os pressupostos de admissibilidade, mas nego-lhe provimento, mantendo a sentença por seus próprios fundamentos.

Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, para condenar o réu, J., ao pagamento do valor de R$ 74.288,00 (setenta e quatro mil, duzentos e oitenta e oito reais) à autora, S. F., devidamente atualizado desde a data do efetivo desembolso e acrescido de correção monetária e juros legais a partir da citação, nos termos do CCB/2002, art. 405.

Condeno o réu, ainda, ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Referências Normativas

Jurisprudência Aplicada

Conforme destacado, a jurisprudência dos tribunais estaduais reconhece que a transferência de valores entre particulares sem prova de outra causa presume-se empréstimo, impondo-se a obrigação de restituir (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP; TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ).

Conclusão

É como voto.

[Cidade], [data].
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito

**Observações: - Substitua [Cidade], [data] e [Nome do Magistrado] conforme necessário. - Caso a simulação deseje resultado improcedente ou não conhecimento do recurso, ajuste o \"Dispositivo\" e as fundamentações conforme o cenário. - O voto está fundamentado nos fatos, na legislação infraconstitucional, nos princípios constitucionais e na interpretação jurisprudencial, em conformidade com a CF/88, art. 93, IX.


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