Modelo de Réplica à contestação com impugnação detalhada do pedido contraposto em ação de indenização por descumprimento contratual e ausência de má-fé processual, fundamentada no Código Civil e CPC

Publicado em: 22/07/2025 AdvogadoCivelProcesso Civil
Modelo de réplica à contestação e impugnação ao pedido contraposto em processo civil, abordando a responsabilização por inadimplemento contratual, responsabilidade civil, princípio da boa-fé objetiva, ônus da prova e improcedência do pedido de indenização por litigância de má-fé, com fundamentação legal e jurisprudencial. Destaca os pedidos de rejeição da contestação, procedência da ação inicial e improcedência do pedido contraposto.
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RÉPLICA À CONTESTAÇÃO E IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO CONTRAPOSTO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [CIDADE/UF].

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DOS AUTOS

Processo nº: [número do processo]
Autor: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], e-mail: [[email protected]], residente e domiciliado na Rua [endereço do autor], [bairro], [cidade]/[UF], CEP [xxxxx-xxx].
Réu: B. F. de O., brasileiro, casado, comerciante, CPF nº [yyy.yyy.yyy-yy], e-mail: [[email protected]], residente e domiciliado na Avenida [endereço do réu], [bairro], [cidade]/[UF], CEP [yyyyy-yyy].

3. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO E DO PEDIDO CONTRAPOSTO

O réu B. F. de O. apresentou contestação à petição inicial, alegando, em suma, a inexistência de obrigação de indenizar, bem como a ausência de comprovação dos danos alegados pelo autor. Sustenta, ainda, que agiu em estrito cumprimento do contrato firmado entre as partes e que não houve qualquer conduta ilícita.

No mesmo ato, formulou pedido contraposto, requerendo a condenação do autor ao pagamento de indenização por supostos prejuízos decorrentes de alegada má-fé processual, bem como honorários advocatícios e custas processuais.

4. IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS ARGUMENTOS DA CONTESTAÇÃO

Inicialmente, impugna-se, de forma específica, todos os argumentos expendidos na contestação, por não corresponderem à verdade dos fatos e por não se sustentarem juridicamente.

O réu alega inexistência de obrigação de indenizar, contudo, restou incontroverso nos autos que o dano sofrido pelo autor decorreu diretamente da conduta do réu, que descumpriu cláusulas contratuais expressas, violando o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422). A documentação juntada à inicial comprova o inadimplemento e os prejuízos suportados pelo autor, não havendo que se falar em ausência de prova.

Ademais, o réu tenta afastar sua responsabilidade civil alegando cumprimento contratual, porém não trouxe aos autos qualquer elemento probatório capaz de infirmar as alegações do autor, limitando-se a meras negativas genéricas, o que não é admitido pelo ordenamento jurídico (CPC/2015, art. 341).

Ressalte-se que a responsabilidade civil decorre do ato ilícito praticado (CCB/2002, art. 186), sendo suficiente a demonstração do dano, do nexo causal e da conduta culposa ou dolosa do réu, todos presentes no caso em tela.

Por fim, a alegação de inexistência de dano não merece prosperar, pois os documentos anexados à inicial evidenciam o prejuízo material e moral experimentado pelo autor, sendo, portanto, devida a indenização pleiteada.

Diante disso, requer seja rejeitada a contestação, mantendo-se a procedência dos pedidos iniciais.

5. IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO CONTRAPOSTO

O pedido contraposto formulado pelo réu carece de fundamento fático e jurídico, devendo ser integralmente rejeitado.

Primeiramente, não há nos autos qualquer elemento que comprove a alegada má-fé processual do autor, tampouco prejuízo efetivo suportado pelo réu. O exercício regular do direito de ação é garantido constitucionalmente (CF/88, art. 5º, XXXV), não podendo ser confundido com litigância de má-fé, que exige demonstração inequívoca de conduta dolosa, o que não se verifica no presente caso.

O pedido de indenização por supostos danos decorrentes do ajuizamento da demanda é manifestamente improcedente, pois o autor apenas buscou a tutela jurisdicional para ver reparados os prejuízos que lhe foram causados, não havendo qualquer abuso ou desvio de finalidade.

Ademais, o réu não comprovou os alegados danos, limitando-se a alegações genéricas, o que não atende ao ônus da prova que lhe incumbia (CPC/2015, art. 373, II).

Por todo o exposto, requer a total improcedência do pedido contraposto.

6. DO DIREITO

A presente demanda encontra respaldo no ordenamento jurídico pátrio, especialmente no que tange à responsabilidade civil, prevista no CCB/2002, art. 186 e art. 927, que impõem o dever de reparar o dano causado por ato ilícito.

O princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) orienta as relações contratuais, impondo às partes o dever de lealdade e cooperação. O descumprimento de cláusulas contratuais, devidamente comprovado nos autos, caracteriza inadimplemento e enseja a reparação dos danos.

No tocante à impugnação do pedido contraposto, destaca-se que o direito de ação é assegurado constitucionalmente (CF/88, art. 5º, XXXV), sendo vedada a condenação por má-fé sem a devida comprovação de conduta dolosa ou temerária. O CPC/2015, art. 80, elenca as hipóteses de litigância de má-fé, não se enquadrando o autor em nenhuma delas.

Ademais, o ônus da prova incumbe ao réu quanto ao fato impediti"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Cuida-se de ação em que A. J. dos S. postula a condenação de B. F. de O. ao pagamento de indenização por danos materiais e morais em razão de descumprimento contratual, enquanto o réu, em contestação, nega sua responsabilidade e apresenta pedido contraposto por suposta má-fé processual do autor.

I – Relatório

Conforme relatado nos autos, o autor alega ter sofrido prejuízos em razão de inadimplemento contratual por parte do réu, postulando a devida reparação. O réu, por sua vez, sustenta inexistência de obrigação de indenizar, ausência de prova dos danos e estrito cumprimento do contrato, além de pleitear indenização por má-fé processual em sede de pedido contraposto.

II – Fundamentação

Inicialmente, ressalto que a decisão judicial deve ser devidamente fundamentada, nos termos da CF/88, art. 93, IX, que assim dispõe: “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade”.

a) Da Responsabilidade Civil do Réu

Analisando detidamente os autos, verifico que a documentação apresentada pelo autor comprova de forma suficiente o inadimplemento contratual por parte do réu, bem como os prejuízos material e moral alegados. Restou demonstrado o descumprimento de cláusulas contratuais expressas, em violação ao princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

O réu limitou-se a apresentar negativas genéricas e não trouxe elementos probatórios aptos a infirmar as alegações do autor, descumprindo o ônus que lhe incumbia (CPC/2015, art. 373, II). Conforme dispõe o CCB/2002, art. 186: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Portanto, presentes os elementos da responsabilidade civil – conduta, dano e nexo causal – é de rigor a procedência do pedido de indenização.

b) Da Contestação e Ônus da Prova

A contestação apresentada não se mostrou apta a afastar os fatos constitutivos do direito do autor. O réu limitou-se a alegações genéricas, sem apresentar prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (CPC/2015, art. 373, II).

Ademais, a impugnação genérica, desacompanhada de elementos concretos, não é admitida pelo ordenamento jurídico, conforme estabelece o CPC/2015, art. 341.

c) Do Pedido Contraposto

Quanto ao pedido contraposto, entendo que não merece prosperar. O réu não comprovou qualquer conduta dolosa ou temerária por parte do autor que caracterize litigância de má-fé, sendo certo que o exercício do direito de ação é garantido constitucionalmente (CF/88, art. 5º, XXXV).

Não há nos autos elementos que demonstrem prejuízo efetivo suportado pelo réu em razão da demanda, tampouco má-fé processual, afastando-se a pretensão de indenização. Ressalto que cabe ao réu o ônus da prova quanto aos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor, encargo não cumprido no presente caso (CPC/2015, art. 373, II).

d) Cumulação e Análise de Todos os Pedidos

O autor cumulou pedidos de indenização por danos materiais e morais, admissíveis na forma do CPC/2015, art. 327. Conforme orientação jurisprudencial e doutrinária, cabe ao magistrado analisar todos os pedidos, sob pena de sentença citra petita.

e) Da Regularidade Processual

Não se vislumbra qualquer nulidade processual ou cerceamento de defesa, tendo as partes oportunidade de se manifestar e produzir provas, em consonância com o contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

III – Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para condenar o réu B. F. de O. ao pagamento de indenização por danos materiais e morais ao autor A. J. dos S., nos valores a serem fixados em liquidação de sentença, acrescidos de correção monetária e juros legais.

JULGO IMPROCEDENTE o pedido contraposto formulado pelo réu, por ausência de fundamento fático e jurídico.

Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da condenação, conforme CPC/2015, art. 85.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV – Recurso

Deixo de conhecer de eventuais recursos desprovidos de regularidade formal ou que não atendam aos pressupostos de admissibilidade, nos termos do CPC/2015, art. 1.015.

V – Considerações Finais

Este voto encontra-se fundamentado, em observância ao dever constitucional de motivação que vincula o exercício da jurisdição (CF/88, art. 93, IX), com enfrentamento das questões de fato e de direito relevantes à solução da controvérsia.

É como voto.


[Cidade], [data].
______________________________________
[Nome do Magistrado]


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