Modelo de Recurso Extraordinário ao STF contra acórdão do TJ que violou princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, legalidade, devido processo legal e livre iniciativa em ato administrativo

Publicado em: 21/07/2025 Processo CivilConstitucional
Modelo de Recurso Extraordinário dirigido ao Supremo Tribunal Federal, impetrado por advogado em face de decisão do Tribunal de Justiça estadual que manteve ato administrativo considerado ilegal por violação direta a princípios constitucionais fundamentais, com pedido de reforma do acórdão, declaração de nulidade do ato e condenação da parte recorrida. Inclui fundamentação jurídica, jurisprudência do STF, pedido de efeitos devolutivo e suspensivo, e requerimentos finais conforme CPC/2015.
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RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal

2. PREÂMBULO (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES E IDENTIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO)

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/UF sob o nº 12345, portador do CPF nº 000.111.222-33, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO EXTRAORDINÁRIO em face do acórdão proferido pela __ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de __, nos autos do processo nº 1234567-89.2023.8.26.0000, em que figura como recorrido M. F. de S. L., brasileira, casada, empresária, inscrita no CPF sob o nº 444.555.666-77, residente e domiciliada na Avenida Brasil, nº 200, Bairro Jardim, Cidade/UF, CEP 11111-111, endereço eletrônico: [email protected], pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

3. TEMPESTIVIDADE E CABIMENTO

O presente recurso é tempestivo, tendo em vista que o acórdão recorrido foi publicado em 10/05/2024, iniciando-se o prazo recursal em 13/05/2024, sendo o presente protocolado em 27/05/2024, dentro do prazo legal de 15 dias previsto no CPC/2015, art. 1.003, §5º.

O cabimento do Recurso Extraordinário decorre do fato de o acórdão recorrido ter violado diretamente dispositivos da Constituição Federal, especialmente princípios constitucionais fundamentais, conforme autoriza o CF/88, art. 102, III, "a". Ressalta-se que a matéria constitucional foi devidamente prequestionada, inexistindo óbice das Súmulas 282 e 356 do STF.

Assim, presentes os requisitos de admissibilidade, requer-se o regular processamento do presente recurso.

4. DOS FATOS

O recorrente ajuizou ação ordinária em face da recorrida, visando à declaração de nulidade de ato administrativo que resultou em restrição de direitos fundamentais, notadamente quanto ao exercício da livre iniciativa e ao devido processo legal. O juízo de primeira instância julgou improcedente o pedido, entendimento mantido pelo Tribunal de Justiça, sob o fundamento de que não houve violação à ordem constitucional, pois o ato estaria amparado em legislação infraconstitucional.

O acórdão recorrido, contudo, deixou de observar princípios constitucionais expressos, como o da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), legalidade (CF/88, art. 5º, II), devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e livre iniciativa (CF/88, art. 1º, IV e art. 170). O Tribunal limitou-se a analisar a questão sob ótica infraconstitucional, sem enfrentar adequadamente a afronta direta à Constituição.

Dessa forma, resta configurada a violação direta a preceitos fundamentais, ensejando a interposição do presente recurso extraordinário.

5. DO DIREITO

5.1. DA VIOLAÇÃO DIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL

O acórdão recorrido afronta diretamente dispositivos constitucionais, notadamente os seguintes:

  • CF/88, art. 1º, III – dignidade da pessoa humana;
  • CF/88, art. 1º, IV – livre iniciativa;
  • CF/88, art. 5º, II – legalidade;
  • CF/88, art. 5º, LIV – devido processo legal;
  • CF/88, art. 170 – ordem econômica fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa.

O princípio da dignidade da pessoa humana constitui fundamento da República e orienta toda a ordem jurídica, sendo cláusula pétrea. A legalidade impõe que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. O devido processo legal assegura a todos o direito de defesa e o contraditório, sendo indispensável à validade dos atos estatais restritivos de direitos. A livre iniciativa é princípio basilar da ordem econômica, não podendo ser restringida por ato administrativo sem fundamentação constitucional.

5.2. DOS PRINCÍPIOS JURÍDICOS RELEVANTES

O acórdão recorrido desconsiderou a supremacia dos princípios constitucionais, priorizando interpretação restritiva e infraconstitucional, em afronta à força normativa da Constituição. O STF já assentou que a Constituição deve ser interpretada de modo a garantir máxima efetividade a seus princípios e direitos fundamentais.

5.3. DA REPERCUSSÃO GERAL

O tema tratado possui repercussão geral, pois a controvérsia transcende os interesses das partes, afetando a coletividade e a ordem jurídica nacional, na medida em que envolve a correta aplicação de princípios constitucionais estruturantes do Estado Democrático de Direito.

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Informações complementares

Simulação de Voto

I – Relatório

Trata-se de Recurso Extraordinário interposto por A. J. dos S. em face de acórdão proferido pela __ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de __ nos autos do processo nº 1234567-89.2023.8.26.0000, em que figura como parte recorrida M. F. de S. L.. O recorrente busca a declaração de nulidade de ato administrativo que teria restringido direitos fundamentais, especialmente quanto ao exercício da livre iniciativa e ao devido processo legal, sustentando violação direta a preceitos constitucionais.

O Tribunal de origem manteve a improcedência do pedido, sob o fundamento de que o ato administrativo estaria amparado em legislação infraconstitucional, afastando a existência de afronta à ordem constitucional.

É o relatório. Decido.

II – Fundamentação

1. Admissibilidade

O recurso é tempestivo, protocolado dentro do prazo legal de 15 dias, conforme CPC/2015, art. 1.003, §5º. Estão presentes os requisitos de admissibilidade, notadamente a demonstração de violação direta a dispositivos da Constituição Federal, nos termos do CF/88, art. 102, III, "a".

2. Da Violação Constitucional

O cerne da controvérsia reside na alegação de que o ato administrativo impugnado violou direitos fundamentais previstos na Constituição, especialmente os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da legalidade (CF/88, art. 5º, II), do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e da livre iniciativa (CF/88, art. 1º, IV e CF/88, art. 170).

A Constituição Federal, ao erigir a dignidade da pessoa humana como fundamento da República (CF/88, art. 1º, III), impõe ao Poder Público e à sociedade o dever de respeito a tal princípio em todas as esferas da atuação estatal. O princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) estabelece que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei", vinculando a Administração Pública ao estrito cumprimento da norma legal e constitucional. O devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) garante a todos o direito de defesa e o contraditório, sendo imprescindível à validade de atos restritivos de direitos fundamentais. Por sua vez, a livre iniciativa, assegurada como fundamento da ordem econômica (CF/88, art. 1º, IV e CF/88, art. 170), não pode ser restringida por ato administrativo desprovido de motivação constitucional adequada.

O acórdão recorrido limitou-se a analisar a questão sob perspectiva infraconstitucional, sem enfrentar de modo suficiente a alegação de violação direta à Constituição. Tal conduta afronta a força normativa da Constituição e o dever de fundamentação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX).

3. Hermenêutica Constitucional e Princípios

Em sede de controle de constitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que as normas constitucionais devem ser interpretadas de forma a garantir a máxima efetividade dos direitos fundamentais e dos princípios estruturantes do Estado Democrático de Direito. A análise do caso concreto revela que o ato administrativo impugnado afrontou, de modo imediato, o núcleo essencial dos princípios constitucionais invocados.

4. Repercussão Geral

A matéria apresenta repercussão geral, pois transcende os interesses subjetivos das partes, repercutindo na coletividade e na ordem jurídica nacional, notadamente no que tange à proteção dos direitos fundamentais e ao respeito à supremacia da Constituição Federal.

5. Jurisprudência

O entendimento ora esposado encontra respaldo em precedentes do Supremo Tribunal Federal, que reconhecem o cabimento do recurso extraordinário diante de violação direta à Constituição, desde que a matéria esteja prequestionada e não haja fundamento autônomo de natureza infraconstitucional impeditivo (Súmula 282/STF, Súmula 356/STF, Súmula 283/STF).

III – Dispositivo

Ante o exposto, em estrita observância ao princípio da motivação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX), CONHEÇO do recurso extraordinário e DOU-LHE PROVIMENTO para reformar o acórdão recorrido, reconhecendo a violação direta aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), legalidade (CF/88, art. 5º, II), devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e livre iniciativa (CF/88, art. 1º, IV; CF/88, art. 170), declarando a nulidade do ato administrativo impugnado e restabelecendo os direitos do recorrente.

Condeno a parte recorrida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos da legislação vigente.

É como voto.

IV – Conclusão

Brasília, ____ de _____________ de 2024.

___________________________________________
Ministro(a) Relator(a)


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