Modelo de Recurso de Apelação contra sentença de improcedência em ação indenizatória por danos materiais e morais devido a falha na prestação de serviços educacionais pela instituição Estácio de Sá, fundamentado no C...

Publicado em: 20/05/2025 Processo CivilConsumidor
Recurso de apelação interposto por consumidora contra sentença que julgou improcedente ação indenizatória por danos materiais e morais, decorrente de falhas da instituição de ensino Estácio de Sá na prestação dos serviços educacionais. O recurso fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal, requerendo a reforma da decisão para condenação da instituição ao pagamento de indenização, inversão do ônus da prova e demais medidas cabíveis.

RECURSO DE APELAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [cidade/UF].

2. TEMPESTIVIDADE E PREPARO

A presente apelação é interposta dentro do prazo legal, conforme CPC/2015, art. 1.003, § 5º, sendo comprovado o recolhimento do preparo recursal, nos termos do CPC/2015, art. 1.007.

3. SÍNTESE DOS FATOS

S. R. P. C., autora, ajuizou ação em face da instituição de ensino Estácio de Sá, pleiteando indenização por danos materiais e morais em razão de falha na prestação de serviços educacionais. Alega que, apesar de ter cumprido todas as obrigações contratuais, foi prejudicada por condutas omissivas e abusivas da requerida, que resultaram em prejuízos financeiros e abalo psicológico. A sentença de primeira instância julgou improcedente o pedido, sob o fundamento de inexistência de ato ilícito e de dano indenizável, bem como por suposta ausência de interesse processual diante da falta de pedido administrativo prévio.

4. DOS FUNDAMENTOS PARA REFORMA DA SENTENÇA

Primeiramente, não há exigência legal de exaurimento da via administrativa para o ingresso da ação judicial pelo consumidor, conforme entendimento consolidado e previsão do CDC, art. 6º, VII. O argumento da requerida quanto à ausência de interesse processual não se sustenta, pois o acesso ao Judiciário é direito fundamental (CF/88, art. 5º, XXXV).

No mérito, restou demonstrada a falha na prestação dos serviços educacionais, seja pelo não fornecimento de documentação acadêmica indispensável, seja pela omissão em solucionar pendências administrativas que impediram a autora de prosseguir regularmente com seus estudos. Tais condutas extrapolam o mero aborrecimento, configurando danos morais e materiais, nos termos do CDC, art. 14.

A inversão do ônus da prova, prevista no CDC, art. 6º, VIII, é medida que se impõe, diante da vulnerabilidade da consumidora e da verossimilhança das alegações. A instituição de ensino não logrou comprovar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da autora, tampouco demonstrou ter adotado providências eficazes para sanar os prejuízos causados.

5. DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, aplicando-se a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços (CDC, art. 14). A autora comprovou os fatos constitutivos do seu direito, cabendo à ré demonstrar a regularidade de sua conduta, o que não ocorreu.

O dano moral, neste contexto, é presumido (“in re ipsa”), pois a frustração da legítima expectativa da estudante, a perda de tempo útil e o sofrimento experimentado superam os dissabores cotidianos, conforme entendimento do STJ e dos tribunais estaduais. O dano material decorre dos prejuízos financeiros comprovados, como pagamentos indevidos ou despesas não ressarcidas.

Destaca-se, ainda, que a jurisprudência reconhece o dever de indenizar nos casos de falha na prestação de serviços educacionais, especialmente quando há omissão no fornecimento de documentos, atraso na colação de grau ou descumprimento de oferta, em consonância com os princípios da boa-fé obje"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

1. Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto por S. R. P. C. em face da sentença que julgou improcedente o pedido de indenização por danos materiais e morais formulado contra a instituição de ensino Estácio de Sá, em razão de alegada falha na prestação de serviços educacionais. A sentença de primeiro grau entendeu pela ausência de ato ilícito e de dano indenizável, além de afastar o interesse processual por suposta falta de prévio pedido administrativo.

2. Fundamentação

2.1. Conhecimento do Recurso

O recurso é tempestivo, estando comprovado o recolhimento do preparo recursal, conforme disposto no CPC/2015, art. 1.003, § 5º e CPC/2015, art. 1.007. Portanto, presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

2.2. Preliminar – Interesse Processual e Exaurimento da Via Administrativa

Rejeito a preliminar de ausência de interesse processual. A CF/, art. 5º, XXXV, assegura o direito de acesso ao Judiciário, não sendo exigível o esgotamento da via administrativa como condição para o ajuizamento da demanda pelo consumidor. O entendimento encontra respaldo também no CDC, art. 6º, VII.

2.3. Mérito

A controvérsia gira em torno da existência de falha na prestação dos serviços educacionais e da consequente responsabilidade da instituição de ensino pelos danos alegadamente experimentados pela autora.

Nos termos do CDC, art. 14, a responsabilidade do fornecedor de serviços é objetiva, respondendo independentemente de culpa pelos danos causados ao consumidor em razão de defeitos relativos à prestação dos serviços.

Da análise dos autos, verifico que a autora comprovou o cumprimento de suas obrigações contratuais e que a instituição de ensino não forneceu a documentação acadêmica indispensável, bem como se manteve omissa na resolução de pendências administrativas. Tais condutas extrapolam o mero aborrecimento e configuram dano moral, na forma da jurisprudência consolidada do STJ e dos tribunais estaduais, a exemplo dos julgados destacados na peça recursal.

A inversão do ônus da prova, prevista no CDC, art. 6º, VIII, é cabível diante da vulnerabilidade da consumidora e da verossimilhança das alegações, não tendo a ré logrado demonstrar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da autora.

Quanto ao dano material, restou comprovada a existência de prejuízos financeiros decorrentes do comportamento omissivo da instituição de ensino, razão pela qual é devida a indenização correspondente.

Ressalte-se, ainda, que a jurisprudência reconhece o dever de indenizar nos casos de falha na prestação de serviços educacionais, especialmente quando há omissão quanto ao fornecimento de documentos ou descumprimento de obrigações essenciais (cf. Apelação Cível Acórdão/TJSP, TJSP).

2.4. Dos Parâmetros de Indenização

O valor da indenização por dano moral deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, levando-se em consideração o caráter compensatório e pedagógico, conforme reiterada jurisprudência (cf. Apelação Cível Acórdão/TJSP, TJSP).

3. Dispositivo

Ante o exposto, conheço do recurso de apelação e dou-lhe provimento, para reformar a sentença de primeiro grau e julgar procedente o pedido inicial, condenando a instituição de ensino Estácio de Sá ao pagamento de:

  • a) Indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado em liquidação de sentença, observando-se os parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade;
  • b) Indenização por danos materiais, nos termos comprovados nos autos;
  • c) Custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, conforme CPC/2015, art. 85;
  • d) Inversão do ônus da prova, nos termos do CDC, art. 6º, VIII, se ainda cabível na fase de instrução.

 

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

4. Fundamentação Constitucional

Este voto é proferido em observância ao princípio da fundamentação das decisões judiciais, previsto na CF/88, art. 93, IX, que exige a motivação explícita, clara e coerente das decisões, garantindo a transparência e o controle jurisdicional.

5. Conclusão

É como voto.

[Local], [data].
[Assinatura do Magistrado]


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