Modelo de Contrarrazões à Apelação em ação de reconhecimento e dissolução de união estável, partilha de bens e danos morais entre R. I. M. e E. E. D., com fundamentação no Código Civil e CPC/2015

Publicado em: 06/08/2025 Processo Civil Familia
Modelo de contrarrazões à apelação interposta por R. I. M. contra sentença que reconheceu união estável, indeferiu danos morais e concedeu gratuidade de justiça à Apelada E. E. D., sustentando ausência de prova da união estável, inexistência de dano moral e manutenção da distribuição dos ônus sucumbenciais, com base no CCB/2002, art. 1.723 e CCB/2002, art. 186 e no CPC/2015, art. 373, CPC/2015, art. 85 e CPC/2015, art. 98. Inclui resumo dos fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudência pertinente e pedido de desprovimento do recurso.
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CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado (Tribunal de Justiça do Estado).

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO

Processo nº: [inserir número do processo]
Apelante: R. I. M. (Ricardo Isaias Mazza)
Apelada: E. E. D. (Ellen Escobar Dornelles)
Origem: [inserir Vara de Família e Sucessões da Comarca de origem]
Endereço eletrônico do Apelante: [inserir]
Endereço eletrônico da Apelada: [inserir]

3. SÍNTESE DO CASO

Trata-se de ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens e indenização por danos morais, ajuizada por R. I. M. em face de E. E. D.. O autor alegou ter mantido união estável com a ré por três anos, finda em dezembro de 2019, postulando a partilha de bens e indenização de R$ 25.000,00 por supostos danos morais. E. E. D. contestou, sustentando a inexistência de união estável, afirmando tratar-se apenas de namoro, e negou qualquer dano moral. A sentença reconheceu a união estável, embora a prova do relacionamento tenha sido inconclusiva, e não acolheu o pedido de danos morais. Ambas as partes apelaram: E. E. D. para afastar o reconhecimento da união estável e R. I. M. para pleitear danos morais, modificação da sucumbência e cassação da gratuidade de justiça concedida à ré.

4. TEMPESTIVIDADE E ADMISSIBILIDADE

As presentes contrarrazões são tempestivas, pois apresentadas dentro do prazo legal previsto no CPC/2015, art. 1.003, § 5º, após a intimação da parte acerca do recurso interposto. A Apelada possui legitimidade e interesse processual para apresentar defesa, estando presentes todos os requisitos de admissibilidade.

5. DOS FATOS

O autor, R. I. M., ajuizou ação requerendo o reconhecimento de união estável com E. E. D., a partilha de bens e indenização por danos morais, alegando convivência pública, contínua e duradoura por três anos, com término em dezembro de 2019. A ré, ora Apelada, contestou, afirmando que o relacionamento não passou de namoro, sem intenção de constituir família, e que atualmente convive com terceiro, com quem tem uma filha. Ressaltou, ainda, que o imóvel objeto de litígio pertence ao espólio de terceiro, E. R., e que não houve qualquer situação ensejadora de dano moral. Durante a instrução, foram produzidas provas documentais e testemunhais, mas não restou comprovada, de forma inequívoca, a existência de união estável. A sentença, contudo, reconheceu a união estável, indeferiu o pedido de danos morais e concedeu gratuidade de justiça à Apelada. Ambas as partes interpuseram apelação, sendo a presente peça destinada a rebater os argumentos do Apelante.

6. DO DIREITO

6.1. DO NÃO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL

Nos termos do CCB/2002, art. 1.723, a união estável se configura pela convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família. O ônus de comprovar a existência da união estável, no período alegado, é do autor, conforme CPC/2015, art. 373, I. No caso em tela, a prova produzida é insuficiente para demonstrar a convivência more uxorio, pois os elementos constantes dos autos indicam apenas a existência de namoro, sem a intenção de constituir família, requisito essencial para o reconhecimento da união estável.

Ressalte-se que o simples namoro, ainda que duradouro, não se equipara à união estável, conforme entendimento consolidado na doutrina e jurisprudência. A ausência de elementos objetivos, como coabitação, mútua assistência e comunhão de vidas, afasta a configuração da entidade familiar prevista no CCB/2002, art. 1.723.

6.2. DA INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL

O Apelante não logrou êxito em demonstrar qualquer conduta ilícita da Apelada que pudesse ensejar reparação por dano moral, nos termos do CCB/2002, art. 186. O simples término de relacionamento afetivo, por si só, não caracteriza dano moral indenizável, sendo necessário comprovar violação a direito da personalidade, o que não ocorreu no presente caso.

6.3. DA MANUTENÇÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A gratuidade de justiça foi corretamente concedida à Apelada, que comprovou insuficiência de recursos para arcar com as custas do processo sem prejuízo do próprio sustento, conforme CPC/2015, art. 98. O Apelante não trouxe elementos aptos a infirmar tal condição, razão pela qual deve ser mantida a benesse.

6.4. DA SUCUMBÊNCIA

O pedido de modificação da sucumbência não merece prosperar, pois a sentença observou corretamente"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. RELATÓRIO

Trata-se de julgamento de recursos de apelação interpostos por R. I. M. e E. E. D. em face de sentença proferida nos autos de ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens e indenização por danos morais. A sentença reconheceu a existência de união estável entre as partes, indeferiu o pedido de danos morais formulado por R. I. M. e concedeu gratuidade de justiça à ré, ora apelada. Ambas as partes apelaram. A presente simulação de voto destina-se a análise das teses recursais, à luz dos fatos e do direito aplicável.

II. FUNDAMENTAÇÃO

1. Do Conhecimento dos Recursos

Os recursos interpostos preenchem os requisitos de admissibilidade, estando presentes a tempestividade (CPC/2015, art. 1.003, § 5º), legitimidade e interesse. Assim, conheço dos recursos.

2. Do Reconhecimento da União Estável

A união estável, nos termos do CCB/2002, art. 1.723, exige convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família. Compete ao autor o ônus de demonstrar tais requisitos (CPC/2015, art. 373, I).

No caso em apreço, a análise do conjunto probatório evidencia que a relação mantida entre as partes não ultrapassou os limites do namoro, carecendo de elementos objetivos que comprovem a intenção de constituir família, a coabitação e a mútua assistência. Conforme consolidado em jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado (Apelação Cível Acórdão/TJRS), \"a ausência de prova segura quanto à convivência more uxorio, com intuito de constituição de família, afasta o reconhecimento da união estável\".

Ainda que haja provas de relacionamento afetivo, não se pode presumir a constituição de entidade familiar sem demonstração inequívoca de comunhão de vidas. Ressalte-se que o simples namoro, mesmo que longo, não se confunde com união estável (CCB/2002, art. 1.723).

Desta forma, entendo que deve ser afastado o reconhecimento da união estável.

3. Da Partilha de Bens

Afasta-se a partilha de bens, uma vez não reconhecida a união estável, inexistindo regime de comunhão parcial a ser aplicado (CCB/2002, art. 1.725).

Ademais, quanto ao imóvel objeto do litígio, restou demonstrado que pertence a terceiro, não havendo provas de esforço comum ou de contribuições para benfeitorias por parte do autor, ônus que lhe competia (CPC/2015, art. 373, I).

4. Do Dano Moral

O autor não logrou êxito em demonstrar conduta ilícita praticada pela ré que ensejasse dano moral, nos termos do CCB/2002, art. 186. O término de relacionamento afetivo, por si só, não configura dano indenizável, ausente violação a direito da personalidade.

5. Da Gratuidade de Justiça

Restando comprovada a hipossuficiência financeira da parte ré, é de ser mantida a gratuidade de justiça deferida na instância de origem, nos termos do CPC/2015, art. 98.

6. Da Sucumbência

Considerando a improcedência dos pedidos iniciais e a ausência de condenação da ré, fixo os ônus sucumbenciais ao autor, nos termos do CPC/2015, art. 85, observada a suspensão de exigibilidade em razão da gratuidade de justiça concedida.

7. Observância ao Princípio da Fundamentação

Cumpre destacar que o presente voto está devidamente fundamentado, em consonância com o dever constitucional de motivação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX), permitindo o controle e a compreensão da ratio decidendi pelas partes.

III. DISPOSITIVO

Diante do exposto, dou provimento ao recurso de apelação de E. E. D. para afastar o reconhecimento da união estável e, em consequência, julgar improcedentes os pedidos de partilha de bens e de indenização por danos morais. Nego provimento ao recurso de R. I. M., mantendo-se a decisão quanto à inexistência de dano moral.

Mantém-se a gratuidade de justiça concedida à ré (CPC/2015, art. 98), condenando-se o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85, observada a suspensão da exigibilidade.

É como voto.

IV. CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Acórdão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores integrantes da ___ Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, por unanimidade, em dar provimento à apelação de E. E. D. e negar provimento à apelação de R. I. M., nos termos do voto do Relator.

V. REFERÊNCIAS LEGAIS E JURISPRUDENCIAIS

 

[Cidade], [Data]

Desembargador(a) Relator(a)


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