Modelo de Contestação em ação de indenização por danos morais e materiais decorrente de acidente de trânsito, impugnando responsabilidade do réu e alegando culpa exclusiva da vítima com base no Código de Trânsito Brasil...

Publicado em: 28/07/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Trânsito
Modelo de contestação apresentada por réu em ação de indenização por danos morais e materiais decorrente de acidente de trânsito, na qual se impugna a responsabilidade civil imputada, sustenta-se a culpa exclusiva do autor pela colisão, fundamentando-se no Código de Trânsito Brasileiro, Código Civil e no ônus da prova do CPC/2015, além de requerer a improcedência dos pedidos, produção de provas e condenação em custas e honorários.
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CONTESTAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ª Vara Cível da Comarca de [cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

G. dos S., brasileiro, solteiro, comerciante, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-X, residente e domiciliado na Rua [endereço completo], Bairro [bairro], Cidade [cidade], Estado [UF], CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na Rua [endereço do advogado], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar

CONTESTAÇÃO

em face da ação de indenização por danos morais e materiais proposta por E. dos S., brasileiro, casado, auxiliar administrativo, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-X, residente e domiciliado na Rua [endereço completo], Bairro [bairro], Cidade [cidade], Estado [UF], CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. SÍNTESE DOS FATOS

O autor, E. dos S., ajuizou a presente ação alegando que, em 23/08/2024, por volta das 11h30min, ao sair do estacionamento do supermercado Wagner, situado na Avenida Independência, Bairro São Cristóvão, teria sido surpreendido por motocicleta conduzida por G. dos S. em alta velocidade e sem habilitação, ocasionando acidente de trânsito. Afirma que realizava conversão à esquerda quando houve a colisão, atribuindo ao réu a responsabilidade exclusiva pelo evento danoso e pleiteando indenização por danos materiais e morais.

Contudo, a dinâmica do acidente revela que o autor, ao tentar realizar manobra de conversão à esquerda, interceptou a via preferencial, cortando a trajetória da motocicleta conduzida pelo réu, que trafegava regularmente pela via. O autor, ao invés de aguardar o fluxo e garantir a segurança da manobra, adentrou a pista de forma abrupta, violando normas de trânsito e dando causa ao sinistro.

Ressalta-se que, conforme o boletim de ocorrência e demais provas, o réu trafegava pela via preferencial, enquanto o autor, ao sair do estacionamento, deveria ter aguardado o momento oportuno para realizar a conversão, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro.

Assim, a narrativa apresentada pelo autor não condiz com a realidade dos fatos, razão pela qual impugna-se integralmente os pedidos formulados na inicial.

4. PRELIMINARES

Inexistem preliminares a serem arguidas neste momento processual.

Não há vícios processuais, ausência de pressupostos processuais ou condições da ação que impeçam o regular prosseguimento do feito, tampouco incompetência, ilegitimidade ou litispendência. Eventuais questões de mérito serão enfrentadas oportunamente.

5. DA IMPUGNAÇÃO DOS PEDIDOS

O réu impugna, de forma veemente, todos os pedidos formulados pelo autor, especialmente quanto à alegação de culpa exclusiva do réu pelo acidente e ao pleito de indenização por danos materiais e morais.

Primeiramente, não há que se falar em responsabilidade do réu, pois a colisão decorreu exclusivamente da conduta imprudente do autor, que, ao sair do estacionamento, realizou manobra de conversão à esquerda sem observar o fluxo da via preferencial, interceptando a trajetória do réu.

Ademais, não restou comprovado nos autos que o réu trafegava em velocidade incompatível com a via, tampouco que estivesse sem habilitação no momento do acidente. O ônus da prova, nos termos do CPC/2015, art. 373, I, incumbe ao autor, que não logrou demonstrar suas alegações.

Quanto aos danos materiais e morais, não há nexo causal entre a conduta do réu e os prejuízos alegados pelo autor, sendo indevida qualquer indenização.

Por fim, impugna-se o valor atribuído à causa, por não corresponder à realidade dos supostos danos sofridos.

6. DO DIREITO

6.1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL E DO ÔNUS DA PROVA

A responsabilidade civil, nos termos do CCB/2002, art. 186, exige a demonstração de conduta culposa ou dolosa, nexo causal e dano. O autor não comprovou que o réu tenha agido com culpa, tampouco que sua conduta tenha sido a causa do acidente.

O CPC/2015, art. 373, I, estabelece que o ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato constitutivo de seu direito. No caso, não há prova de que o réu trafegava em velocidade incompatível ou que estivesse sem habilitação, tampouco de que sua conduta tenha sido a causa exclusiva do acidente.

6.2. DA DINÂMICA DO ACIDENTE E DAS NORMAS DE TRÂNSITO

O CTB, art. 34, dispõe que "ao condutor que for executar uma manobra de mudança de direção, deve certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via". Já o CTB, art. 44, determina que "ao se aproximar de qualquer tipo de cruzamento, o condutor deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada e tomando as devidas cautelas".

No caso, o autor, ao sair do estacionamento e tentar realizar conversão à esquerda, tinha o dever legal de aguardar a passagem dos veículos que trafegavam pela via preferencial, o que não ocorreu. A presunção de culpa recai sobre aquele que invade a via preferencial, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

6.3. DA AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL E DA CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA

A culpa exclusiva da vítima afasta o dever de indenizar, conforme o CCB/2002, art. 945. No presente caso, o acidente decorreu exclusivamente da conduta imprudente do autor, que não observou as normas de circulação e segurança, sendo o único r"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos morais e materiais proposta por E. dos S. em face de G. dos S., em razão de acidente de trânsito ocorrido em 23/08/2024, nas imediações do estacionamento do supermercado Wagner, Avenida Independência, Bairro São Cristóvão. O autor alega que, ao sair do estacionamento e realizar conversão à esquerda, foi surpreendido por motocicleta conduzida pelo réu, supostamente em alta velocidade e sem habilitação, o que teria ocasionado a colisão entre ambos os veículos, pleiteando indenização pelos prejuízos sofridos.

O réu, em contestação, impugna os pedidos, sustentando que trafegava pela via preferencial e que o acidente resultou da conduta imprudente do autor, que, ao sair do estacionamento, ingressou abruptamente na pista, sem aguardar o fluxo e sem observar as normas de trânsito, ensejando a colisão. Aduz ainda a ausência de prova quanto à sua suposta condução em velocidade incompatível ou falta de habilitação, bem como a inexistência de nexo causal entre sua conduta e os danos alegados.

As partes apresentaram documentos e requereram a produção de provas.

II. Fundamentação

1. Da Admissibilidade

Presentes as condições da ação e pressupostos processuais, verifico que o feito encontra-se apto para julgamento, nos termos do CPC/2015, art. 485. Não há preliminares ou nulidades a serem reconhecidas.

2. Da Responsabilidade Civil e Ônus da Prova

A responsabilidade civil demanda a comprovação de ato ilícito, dano e nexo causal (CCB/2002, art. 186). O ônus da prova quanto ao fato constitutivo do direito incumbe ao autor (CPC/2015, art. 373, I).

Analisando o conjunto probatório, especialmente o boletim de ocorrência e demais documentos acostados, verifico que o acidente decorreu da manobra de conversão à esquerda realizada pelo autor, que, ao sair do estacionamento, invadiu a via preferencial sem aguardar o momento oportuno, interceptando a trajetória da motocicleta conduzida pelo réu.

O CTB, art. 34 que \"ao condutor que for executar uma manobra de mudança de direção, deve certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via\". O CTB, art. 44 reforça o dever de prudência em cruzamentos e conversões.

Não há nos autos elementos concretos que demonstrem que o réu trafegava em velocidade incompatível ou sem habilitação, sendo insuficiente para afastar a presunção de culpa daquele que invade a via preferencial (CPC/2015, art. 373, I).

3. Da Culpa Exclusiva da Vítima e Nexo Causal

A jurisprudência consolidada, exemplificada por precedentes do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, atribui a responsabilidade pelo acidente ao condutor que adentra a via preferencial sem as cautelas necessárias, presumindo sua culpa, salvo prova inequívoca em sentido contrário.

Ademais, mesmo que se cogitasse eventual irregularidade do réu, como ausência de habilitação, tal circunstância por si só não enseja o dever de indenizar, sendo imprescindível a demonstração de nexo causal entre a irregularidade e o acidente, o que não restou comprovado (CCB/2002, art. 945).

4. Dos Danos Materiais e Morais

Não há nos autos comprovação de despesas médicas, orçamentos ou efetivos prejuízos materiais em razão do acidente, ônus que cabia ao autor (CPC/2015, art. 373, I). Quanto ao dano moral, a mera alegação de abalo psicológico ou sofrimento não é suficiente para ensejar indenização, ausente prova de lesão à personalidade.

5. Dos Princípios Constitucionais e Fundamentação Legal

A decisão jurisdicional deve ser fundamentada, conforme a CF/88, art. 93, IX, o que se observa no presente voto. O princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) também orientam o julgamento, vedando a atribuição de responsabilidade sem a devida comprovação dos requisitos legais.

III. Dispositivo

Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos formulados por E. dos S., reconhecendo a culpa exclusiva da vítima pelo acidente de trânsito narrado nos autos.

Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Fundamentação Final

Este voto está em conformidade com os preceitos jurídicos e constitucionais, em especial a CF/88, art. 93, IX, que exige fundamentação suficiente, clara e coerente das decisões judiciais, promovendo a segurança jurídica e a confiança nas instituições.

Por todo o exposto, resta evidenciada a ausência de responsabilidade do réu pelo sinistro, motivo pelo qual o pedido deve ser julgado improcedente.

V. Disposições Finais

Encerrada a instrução processual, deixo de conhecer de eventuais recursos intempestivos ou desprovidos de regularidade formal (CPC/2015, art. 1.002), salvo se preenchidos os requisitos legais.

É como voto.

[Cidade], [data].

___________________________________________
Magistrado


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