Modelo de Apelação para Anulação de Sentença de Inventário por Vícios Processuais e Fraude em Negócios Jurídicos
Publicado em: 11/02/2025 CivelProcesso Civil SucessãoAPELAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.
Processo nº ____________
R. P. DOS S., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor a presente APELAÇÃO contra a sentença proferida nos autos do processo de inventário, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora, R. P. dos S., ajuizou a presente ação buscando a anulação do processo de inventário dos bens deixados por seus avós, alegando diversas irregularidades, como a ausência de sua participação efetiva nos atos do inventário, a venda simulada de bens por valores irrisórios, a exploração de sua vulnerabilidade por ser menor de idade à época, além do estado de incapacidade de seu tio, L. P. dos S., e a omissão de bens no inventário.
A autora afirma que somente tomou ciência da transferência dos bens em 2020, ao buscar documentos no INCRA, quando descobriu que os imóveis haviam sido registrados em nome de advogados e terceiros. Alega que os contratos de cessão de direitos hereditários foram simulados e que houve dilapidação do patrimônio dos incapazes sem justificativa.
Com a morte de seu tio L. P. dos S. em 2021, a autora sustenta ser a única herdeira legítima e requer a nulidade da sentença do inventário, a recuperação de sua parte na herança e a revisão da venda de bens.
DO DIREITO
A sentença recorrida padece de vícios que comprometem sua validade, sendo necessária sua anulação. Primeiramente, a ausência de participação efetiva da autora no inventário viola os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, previstos no CF/88, art. 5º, LV. A autora, menor de idade à época, foi excluída dos atos processuais, o que compromete a legitimidade do inventário.
Além disso, a venda simulada de bens por valores irrisórios e a omissão de bens no inventário configuram fraude contra os direitos da herdeira, em afronta ao CCB/2002, art. 166, VI, que prevê a nulidade dos negócios jurídicos que tenham por objetivo fraudar a lei.
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