Modelo de Apelação Cível: Nulidade de Sentença, Ausência de Contratação de Empréstimo Consignado, Inversão do Ônus da Prova, Repetição de Indébito, Danos Morais e Justiça Gratuita em Relação de Consumo com Idosa Hipossuficiente

Publicado em: 29/10/2024 Consumidor
Modelo completo de Apelação Cível interposta por idosa, analfabeta e aposentada, representada por advogado, contra sentença que julgou improcedente pedido de declaração de inexistência de débito, repetição de indébito e indenização por danos morais decorrentes de descontos indevidos em benefício previdenciário, supostamente originados de contrato de empréstimo consignado não assinado pela autora. A peça aborda preliminares de nulidade da sentença por ausência de fundamentação e cerceamento de defesa, ausência de justa causa para condenação por litigância de má-fé e necessidade de concessão da justiça gratuita. Fundamenta o pedido na relação de consumo, responsabilidade objetiva do banco, inversão do ônus da prova, restituição em dobro dos valores descontados, dano moral in re ipsa e afastamento da má-fé, com ampla fundamentação jurídica e jurisprudencial.

APELAÇÃO CÍVEL

1. ENDEREÇAMENTO

AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Colenda Câmara
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Desembargador(a) Relator(a)

2. PRELIMINARES

2.1. DA NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO E CERCEAMENTO DE DEFESA
A sentença recorrida incorreu em nulidade, pois deixou de analisar adequadamente as provas constantes nos autos, especialmente a evidente divergência entre a assinatura atribuída à autora no suposto contrato de empréstimo e aquelas constantes dos documentos oficiais assinados pela mesma. Tal omissão configura violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa, previstos na CF/88, art. 5º, LV, bem como ao dever de fundamentação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX; CPC/2015, art. 489, §1º).

2.2. DA AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA CONDENAÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
A condenação da apelante em litigância de má-fé carece de justa causa, pois não restou demonstrado nos autos qualquer dolo, fraude ou má-fé processual, sendo certo que a autora apenas buscou a tutela jurisdicional para ver cessada lesão a direito seu, o que é assegurado constitucionalmente (CF/88, art. 5º, XXXV). A jurisprudência é pacífica no sentido de que a aplicação da penalidade de má-fé exige prova inequívoca do elemento subjetivo (AgInt no AREsp. 1869919/MS/STJ).

2.3. DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA JUSTIÇA GRATUITA
Embora a sentença tenha negado a justiça gratuita, restou comprovado nos autos que a autora é idosa, analfabeta e recebe apenas um salário mínimo de aposentadoria, preenchendo, assim, os requisitos do CPC/2015, art. 98. O indeferimento da benesse viola o direito fundamental de acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV e LXXIV).

3. DOS FATOS

A apelante, S. M. de J., idosa, analfabeta e aposentada, percebe benefício previdenciário no valor de um salário mínimo. Em determinado momento, passou a sofrer descontos em seu benefício a título de empréstimo consignado, sem jamais ter contratado tal operação. Ao buscar esclarecimentos junto à instituição financeira, foi surpreendida com a apresentação de contrato supostamente firmado em seu nome, cuja assinatura não lhe pertence.

Diante da flagrante fraude, ajuizou ação de declaração de inexistência de débito, repetição de indébito e indenização por danos morais. O banco, por sua vez, limitou-se a juntar cópia do suposto contrato e alegar a regularidade da contratação, sem, contudo, comprovar a efetiva realização do negócio jurídico ou a autenticidade da assinatura.

Em sentença, o juízo a quo, amparando-se genericamente no Comunicado CG nº 02/2017 do NUMOPEDE e sem analisar detidamente as provas, julgou improcedentes os pedidos da autora, condenando-a, ainda, em litigância de má-fé, honorários advocatícios e negando-lhe a justiça gratuita. Tal decisão, além de inverter a lógica do direito, impõe à parte hipossuficiente ônus desproporcional e injusto, desconsiderando sua condição de vulnerabilidade e a evidente fraude perpetrada.

4. DO DIREITO

4.1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
A relação jurídica entre a apelante e o banco recorrido é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), pois se trata de prestação de serviços bancários (CDC, art. 3º, §2º). A autora, na condição de consumidora hipossuficiente, faz jus à inversão do ônus da prova (CDC, art. 6º, VIII), cabendo à instituição financeira demonstrar a regularidade da contratação e a autenticidade da assinatura.

4.2. DA NULIDADE DO CONTRATO E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO BANCO
A ausência de comprovação da contratação e a divergência evidente nas assinaturas apontam para a inexistência do negócio jurídico, tornando o contrato nulo de pleno direito (CCB/2002, art. 104; CDC, art. 14). A responsabilidade do banco é objetiva, respondendo por falha na prestação do serviço e por eventuais fraudes, nos termos do CDC, art. 14 e Súmula 479/STJ.

4.3. DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Os descontos realizados indevidamente no benefício previdenciário da apelante configuram enriquecimento ilícito do banco (CCB/2002, art. 884), impondo-se a restituição em dobro dos valores descontados, conforme CDC, art. 42, parágrafo único, e entendimento consolidado pelo STJ (EAREsp. 676.608/RS).

4.4. DOS DANOS MORAIS
O desconto indevido em benefício previdenciário, verba de natureza alimentar, causa abalo moral in re ipsa, sendo prescindível a demonstração do prejuízo concreto (STJ, Tema 1.061; CDC, art. 6º, VI). A conduta do banco, ao permitir a fraude e impor descontos indevidos a idosa e analfabeta, ultrapassa o mero aborrecimento e enseja indenização.

4.5. DA JUSTIÇA GRATUITA
A autora comprovou ser idosa, analfabeta e receber apenas um salário mínimo, preenchendo os requisitos do CPC/2015, art. 98. O indeferimento da justiça gratuita viola o direito fundamental de acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV e LXXIV).

4.6. DA IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Não há nos autos qualquer elemento que indique má-fé, dolo ou fraude por parte da autora. Ao contrário, buscou a tutela jurisdicional para cessar descontos indevidos, conduta legítima e amparada pelo direito de ação (CF/88, ar"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

I – Relatório

Trata-se de apelação interposta por S. M. de J. contra sentença que julgou improcedentes os pedidos de declaração de inexistência de débito, repetição de indébito e indenização por danos morais, em face de instituição financeira, em razão de descontos realizados em benefício previdenciário da autora a título de empréstimo consignado que afirma não ter contratado. A sentença recorrida também condenou a autora ao pagamento de honorários advocatícios, à litigância de má-fé e indeferiu o pedido de justiça gratuita.

II – Fundamentação

1. Da admissibilidade

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

2. Da nulidade da sentença

Em preliminar, sustenta a apelante nulidade da sentença por ausência de fundamentação, em violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal, bem como cerceamento de defesa. Com razão a recorrente. A sentença não enfrentou adequadamente as provas dos autos, sobretudo a divergência entre a assinatura constante do suposto contrato e aquelas dos documentos oficiais da autora, pessoa idosa e analfabeta, o que caracteriza violação ao dever de fundamentação e ao contraditório (CF/88, art. 5º, LV; art. 93, IX).

3. Da relação de consumo e do ônus da prova

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, pois trata-se de prestação de serviços bancários (CDC, art. 3º, §2º). A autora é parte hipossuficiente, razão pela qual faz jus à inversão do ônus da prova (CDC, art. 6º, VIII). Incumbia à instituição financeira demonstrar a regularidade da contratação e a autenticidade da assinatura aposta no contrato, o que não ocorreu.

4. Da inexistência do negócio jurídico

A análise dos autos revela ausência de comprovação idônea da contratação. A divergência evidente nas assinaturas e a condição de analfabeta da autora indicam a inexistência do negócio jurídico, tornando o contrato nulo (CCB/2002, art. 104; CDC, art. 14). A responsabilidade do banco é objetiva, respondendo pela falha na prestação dos serviços e pelos danos decorrentes de fraudes (CDC, art. 14; Súmula 479/STJ).

5. Da repetição do indébito

Os descontos indevidos realizados no benefício previdenciário da autora configuram enriquecimento ilícito do banco (CCB/2002, art. 884), impondo-se a restituição em dobro dos valores descontados (CDC, art. 42, parágrafo único; EAREsp. Acórdão/STJ).

6. Dos danos morais

O desconto indevido em benefício previdenciário, de natureza alimentar, causa dano moral in re ipsa, sendo prescindível a demonstração do prejuízo concreto (STJ, Tema 1.061). A conduta da instituição financeira, ao permitir fraude e impor descontos a pessoa idosa e analfabeta, enseja indenização por dano moral.

7. Da justiça gratuita

A autora comprovou ser idosa, analfabeta e receber apenas um salário mínimo, requisitos para concessão da justiça gratuita (CPC/2015, art. 98), sendo indevido o indeferimento da benesse, sob pena de violação ao direito fundamental de acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV e LXXIV).

8. Da litigância de má-fé

Não há nos autos qualquer prova inequívoca de dolo, fraude ou intenção de alterar a verdade dos fatos por parte da autora. A busca pela tutela jurisdicional com alegação plausível não caracteriza litigância de má-fé (AgInt no AREsp. Acórdão/STJ).

9. Da jurisprudência

Os entendimentos acima expostos encontram amparo na recente jurisprudência deste Tribunal e do Superior Tribunal de Justiça, conforme exemplificado nos julgados colacionados pelas partes (v.g., Apelação Cível Acórdão/TJSP; Apelação Cível Acórdão/TJSP; Apelação Cível Acórdão/TJSP).

III – Dispositivo

Ante o exposto, dou provimento à apelação para:

  • Reformar a sentença recorrida;
  • Reconhecer a nulidade do contrato de empréstimo consignado supostamente firmado pela apelante, declarando a inexistência da relação jurídica e a inexigibilidade dos débitos decorrentes;
  • Condenar o banco recorrido à devolução, em dobro, dos valores descontados indevidamente do benefício previdenciário da apelante, corrigidos e acrescidos de juros legais;
  • Condenar o banco ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo em R$ 10.000,00 (dez mil reais), em atenção aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, considerada a condição de idosa, analfabeta e hipossuficiente da autora;
  • Conceder à apelante os benefícios da justiça gratuita;
  • Afastar a condenação por litigância de má-fé;
  • Invertendo-se o ônus sucumbencial, condeno o banco ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 15% sobre o valor da condenação;
  • Dispensada a intimação do Ministério Público, salvo se houver interesse superveniente.

É como voto.

São Paulo, ___ de __________ de 2025.

Desembargador(a) Relator(a)

--- **Observação: O voto acima está fundamentado na Constituição Federal, especialmente art. 93, IX (fundamentação das decisões), e nos dispositivos legais e jurisprudência citados no documento, simulando a atuação hermenêutica do magistrado nos limites do caso concreto apresentado. Sinta-se à vontade para ajustar valores e detalhes específicos conforme o caso real e o entendimento do julgador.

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