Modelo de Alegações finais por memoriais em defesa criminal contra acusações de receptação e posse irregular de arma, com pedido de nulidade das provas por violação de domicílio e absolvição por insuficiência de provas...

Publicado em: 20/05/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Modelo de alegações finais por memoriais apresentado na defesa criminal de acusado denunciado por receptação (CP, art. 180) e posse irregular de arma de fogo (Lei 10.826/2003, art. 14), com preliminar de nulidade das provas por violação de domicílio (CF/88, art. 5º, XI) e pedido subsidiário de absolvição por insuficiência de provas (CPP, art. 386, VII), fundamentado na presunção de inocência e no princípio in dubio pro reo. Inclui análise detalhada dos fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudências relevantes e pedidos específicos para a defesa do réu.

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
Processo nº [inserir número do processo]

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da [inserir Vara] Vara Criminal da Comarca de [inserir Comarca] do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Réu: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, profissão [inserir], portador do CPF nº [inserir], residente e domiciliado na Rua [inserir], nº [inserir], Bairro [inserir], CEP [inserir], Cidade/UF, endereço eletrônico: [inserir e-mail].
Defensor: [Nome do advogado], inscrito na OAB/[UF] sob o nº [inserir], com escritório profissional na Rua [inserir], nº [inserir], Bairro [inserir], CEP [inserir], Cidade/UF, endereço eletrônico: [inserir e-mail].
Ministério Público: Representante do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com endereço na [inserir endereço], endereço eletrônico: [inserir e-mail].

3. SÍNTESE DOS FATOS

O acusado, A. J. dos S., foi denunciado como incurso nas sanções do CP, art. 180 (receptação) e Lei 10.826/2003, art. 14 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido), em razão de suposta apreensão de arma de fogo e munições em sua residência, bem como de objetos de origem ilícita. Durante a instrução, o réu confessou a posse do armamento, porém, negou a ciência acerca da origem ilícita dos objetos supostamente receptados. As provas colhidas, sobretudo os depoimentos das testemunhas e dos policiais, apresentaram contradições e dúvidas relevantes quanto à efetiva posse e à autoria dos delitos imputados ao réu.

Ressalta-se que a dinâmica dos fatos, conforme narrado em juízo, revelou inconsistências quanto à abordagem policial, à cadeia de custódia dos objetos apreendidos e à efetiva vinculação do acusado aos delitos narrados na denúncia.

4. PRELIMINARES

4.1. Da Nulidade por Violação de Domicílio
A defesa suscita, preliminarmente, a nulidade das provas obtidas em decorrência de suposta violação de domicílio, em afronta a CF/88, art. 5º, XI, que garante a inviolabilidade da casa, salvo em casos de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. No presente caso, não restou demonstrada situação de flagrante ou autorização válida para ingresso dos agentes estatais na residência do acusado, o que macula a higidez das provas subsequentes, devendo ser reconhecida a nulidade dos atos praticados e a absolvição do réu, nos termos do CPP, art. 157.

4.2. Da Insuficiência de Provas para a Condenação
Ainda que não acolhida a preliminar acima, a defesa destaca a ausência de provas seguras e inequívocas quanto à autoria dos delitos, o que enseja a absolvição do acusado, com fundamento no CPP, art. 386, VII.

5. DO MÉRITO

5.1. Da Posse Irregular de Arma de Fogo (Lei 10.826/2003, art. 14)
A imputação ao réu de posse irregular de arma de fogo de uso permitido exige, para sua configuração, a comprovação da materialidade e da autoria, bem como a ausência de autorização legal para a posse do artefato. No entanto, a análise dos autos revela que os depoimentos dos policiais responsáveis pela apreensão do armamento foram marcados por contradições e falta de clareza quanto à efetiva posse do réu, conforme destacado em diversas decisões jurisprudenciais.

Ademais, a confissão do acusado, por si só, não é suficiente para embasar um decreto condenatório, especialmente diante da ausência de provas robustas e da existência de dúvidas razoáveis acerca das circunstâncias da apreensão e da cadeia de custódia do material bélico.

5.2. Da Receptação (CP, art. 180)
No tocante ao crime de receptação, a defesa ressalta que não há nos autos prova cabal de que o réu tinha ciência da origem ilícita dos objetos supostamente receptados. A configuração do delito de receptação exige o dolo específico, ou seja, o conhecimento da proveniência criminosa do bem, o que não restou demonstrado de forma inequívoca. A dúvida quanto à autoria e ao elemento subjetivo do tipo penal impõe o reconhecimento do princípio do in dubio pro reo.

5.3. Da Aplicação do Princípio In Dubio Pro Reo
O conjunto probatório coligido aos autos não permite afirmar, com segurança, que o acusado praticou os delitos a ele imputados. Diante da ausência de provas diretas e inequívocas, impõe-se a absolvição do réu, em respeito ao princípio constitucional da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e ao princípio do in dubio pro reo.

6. DO DIREITO

6.1. Da Presunção de Inocência
A CF/88, art. 5º, LVII, estabelece que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação penal movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro em face de A. J. dos S., acusado da prática dos crimes previstos no CP, art. 180 (receptação) e Lei 10.826/2003, art. 14 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido). Conforme narrado nos autos, foram apreendidos na residência do réu uma arma de fogo, munições e objetos supostamente de origem ilícita. O réu confessou a posse do armamento, mas negou ciência acerca da origem ilícita dos objetos. Depoimentos colhidos apresentaram contradições relevantes quanto à posse e autoria dos delitos.

Voto

1. Preliminares

Inicialmente, a defesa arguiu a nulidade das provas obtidas por suposta violação de domicílio, alegando afronta a CF/88, art. 5º, XI. Segundo consta, não restou demonstrada situação de flagrante delito ou autorização judicial válida para o ingresso dos agentes estatais na residência do réu.

A inviolabilidade do domicílio constitui direito fundamental, somente podendo ser afastada nas hipóteses legais. No entanto, a análise dos autos revela dúvidas quanto ao contexto da abordagem policial e à existência de situação flagrancial.

Considerando o princípio do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e a necessidade de observância da cadeia de custódia das provas (CPP, art. 157), a não demonstração cabal de flagrante delito contamina a licitude das provas subsequentes, razão pela qual acolho a preliminar de nulidade das provas por violação de domicílio.

2. Do Mérito

Superadas as preliminares, subsidiariamente, passo à análise do mérito.

Em relação ao crime de posse irregular de arma de fogo (Lei 10.826/2003, art. 14), o tipo penal exige a comprovação da materialidade e autoria. O réu confessou a posse, contudo, os depoimentos dos policiais foram contraditórios quanto à dinâmica dos fatos e à efetiva posse do armamento, havendo dúvidas quanto à cadeia de custódia dos objetos apreendidos.

No tocante ao crime de receptação (CP, art. 180), inexiste prova cabal de que o réu tinha ciência da origem ilícita dos bens, elemento subjetivo essencial à configuração do tipo penal.

A ausência de provas diretas ou inequívocas, somada às contradições nos depoimentos e à inexistência de laudos periciais conclusivos, impõe a aplicação do princípio do in dubio pro reo, em respeito à presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII).

3. Fundamentação Constitucional e Legal

A CF/88, art. 5º, LIV e LVII, assegura o devido processo legal e a presunção de inocência, princípios basilares do Estado Democrático de Direito. O CPP, art. 386, VII, determina a absolvição do acusado sempre que não houver prova suficiente para a condenação.

Ademais, a CF/88, art. 93, IX, exige que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, cumpre a este juízo, de forma clara e motivada, explicitar as razões jurídicas e fáticas que embasam o presente decisum.

Por fim, destaco que o respeito aos princípios da ampla defesa e do contraditório (CF/88, art. 5º, LV), bem como à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), é indispensável ao regular desenvolvimento do processo penal.

4. Jurisprudência

Em consonância com o entendimento firmado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, \"a ausência de prova direta e inequívoca sobre a posse do material compromete a segurança da condenação, impondo-se a absolvição com fundamento no princípio in dubio pro reo\" (TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ).

Da mesma forma, \"inconsistências nas provas justificam a absolvição por in dubio pro reo\" (TJSP, Apelação Criminal Acórdão/TJSP).

5. Dispositivo

Ante o exposto, acolho a preliminar de nulidade das provas obtidas por violação de domicílio e, por consequência, julgo improcedente a pretensão punitiva estatal, absolvendo o réu A. J. dos S. das imputações referentes ao CP, art. 180 e a Lei 10.826/2003, art. 14, com base no CPP, art. 386, VII.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes.

6. Recurso

Nos termos do CPP, art. 593, dê-se ciência ao Ministério Público e à defesa sobre o prazo para eventual interposição de recurso.

7. Fundamentação Final

Cumpre destacar que o presente voto observa a CF/88, art. 93, IX, apresentando de forma clara os fundamentos de fato e de direito que embasaram a decisão, em respeito ao princípio da motivação das decisões judiciais.

Local, Data e Assinatura

[Comarca], [Data].

___________________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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