Modelo de Ação de Inexigibilidade de Débito, Restituição de Descontos Indevidos e Indenização por Dano Moral contra Sindicato Nacional dos Aposentados

Publicado em: 02/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Ação judicial proposta por uma pessoa idosa e aposentada contra o Sindicato Nacional dos Aposentados, buscando a declaração de inexigibilidade de débito, restituição em dobro de valores descontados indevidamente de benefício previdenciário, e indenização por danos morais. Fundamentada no Código Civil, Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal, a ação destaca a inexistência de relação jurídica válida entre as partes, vício de informação e a necessidade de reparação pelos prejuízos financeiros e morais sofridos pela autora. Inclui pedidos de gratuidade de justiça, prioridade na tramitação processual e inversão do ônus da prova.

AÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C.C. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE DESCONTOS INDEVIDOS C.C. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 58ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE TABOÃO DA SERRA – SP

TRGH, pessoa idosa, aposentada, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade Taboão da Serra, Estado de São Paulo, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico [email protected], vem, por meio de seu advogado constituído, com endereço profissional na Rua W, nº Z, Bairro X, Cidade Y, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico [email protected], com fundamento no CCB/2002, art. 186, CCB/2002, art. 927 e CCB/2002, art. 884, CDC, art. 6º, VIII, e CDC, art. 42, parágrafo único, na CF/88, art. 5º, inciso X, e demais dispositivos aplicáveis, propor a presente

AÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C.C. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE DESCONTOS INDEVIDOS C.C. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL

em face de SINDNAPI – Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade São Paulo, Estado de São Paulo, CEP XXXXX-XXX, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.

PRELIMINARMENTE

1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A autora é pessoa idosa e aposentada, percebendo apenas os proventos de sua aposentadoria, conforme comprovante anexo. Diante de sua condição de hipossuficiência econômica, requer a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, nos termos do CPC/2015, art. 98 e da CF/88, art. 5º, inciso LXXIV.

2. DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO PROCESSUAL

Nos termos da Lei 10.741/2003, art. 71, a autora, por ser pessoa idosa, requer prioridade na tramitação do presente feito, com a devida anotação nos registros processuais.

1. DOS FATOS

A autora, aposentada e titular do benefício previdenciário nº 153.719.937-1, percebeu uma redução em seus proventos a partir de setembro de 2021. Ao consultar o extrato de seu benefício, identificou descontos indevidos realizados pela requerida, no valor inicial de R$ 27,50, que evoluíram para R$ 37,95 em abril de 2025. Tais descontos foram realizados sem o consentimento da autora, conforme se comprova pelos documentos anexos.

O montante total descontado indevidamente soma R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), valor que impactou diretamente na subsistência da autora, pessoa idosa e dependente de sua aposentadoria para arcar com suas necessidades básicas.

2. DO DIREITO

2.1. DA INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), uma vez que a autora é consumidora final dos serviços prestados pela requerida. Nos termos do CDC, art. 6º, inciso VIII, requer-se a inversão do ônus da prova, dada a hipossuficiência da autora e a verossimilhança de suas alegações.

2.2. DO VÍCIO DE INFORMAÇÃO

O artigo 6º, inciso III, do CDC, assegura ao consumidor o direito à informação clara e adequada sobre os produtos e serviços contratados. No caso em tela, a requerida não forneceu qualquer informação ou documento que comprove a anuência da autora aos descontos realizados, caracterizando vício"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Em análise aos autos do processo de Ação de Inexigibilidade de Débito c.c. Pedido de Restituição de Descontos Indevidos c.c. Indenização por Dano Moral, movida por TRGH contra o SINDNAPI – Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, passo a proferir o presente voto, fundamentado nos fatos apresentados e no direito aplicável.

1. Dos Fatos

Consta nos autos que a autora, aposentada e idosa, identificou descontos indevidos em seu benefício previdenciário, efetuados pela parte ré, sem qualquer anuência ou contrato que justificasse as referidas cobranças. Esses descontos, iniciados em setembro de 2021 no valor de R$ 27,50, evoluíram para R$ 37,95 ao longo do tempo, totalizando R$ 1.500,00 até abril de 2025. Os documentos anexados corroboram as alegações da autora, que alega impacto direto em sua subsistência.

2. Da Fundamentação Jurídica

2.1. Da Gratuidade de Justiça

A autora, com base no CPC/2015, art. 98 e na CF/88, art. 5º, inciso LXXIV, faz jus à gratuidade de justiça, considerando sua hipossuficiência econômica enquanto idosa e aposentada.

2.2. Da Prioridade na Tramitação

Nos termos da Lei 10.741/2003, art. 71, reconheço o direito da autora à prioridade na tramitação do presente feito.

2.3. Da Incidência do Código de Defesa do Consumidor

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor ( Lei 8.078/1990), uma vez que a autora é consumidora final dos serviços prestados pela requerida. O CDC, art. 6º, inciso VIII, assegura a inversão do ônus da prova, dada a hipossuficiência da autora e a verossimilhança de suas alegações.

2.4. Da Repetição do Indébito

O CDC, art. 42, parágrafo único, assegura ao consumidor a repetição em dobro dos valores cobrados indevidamente, salvo hipótese de engano justificável. Não havendo comprovação de contrato que legitimasse os descontos, entendo ser devido o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), acrescido de juros e correção monetária.

2.5. Dos Danos Morais

A conduta da requerida causou privação de recursos indispensáveis à subsistência da autora, configurando abalo moral indenizável. Nos termos da CF/88, art. 5º, inciso X, e do CCB/2002, art. 186, fixo o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de danos morais, em atenção aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

2.6. Da Inexigibilidade do Débito

Não há comprovação de anuência ou relação jurídica válida entre as partes que justifique os descontos. Assim, reconheço a inexigibilidade do débito e determino o imediato cancelamento dos descontos realizados.

3. Da Jurisprudência

Os fatos e fundamentos jurídicos encontram respaldo na jurisprudência pátria, que reconhece o direito à repetição em dobro e à indenização por danos morais em situações semelhantes:

TJSP (13ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Danos morais configurados e que devem ser reparados pelo réu. Fixação da indenização no valor de R$ 5.000,00.\"

TJSP (9ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Restituição dos valores em dobro - Arbitramento prudencial em R$ 5.000,00.\"

4. Do Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, inciso IX, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para:

  1. Conceder os benefícios da gratuidade de justiça à autora;
  2. Determinar a prioridade na tramitação do feito;
  3. Declarar a inexigibilidade do débito e determinar o cancelamento dos descontos realizados;
  4. Condenar a requerida à restituição em dobro dos valores descontados indevidamente, no montante de R$ 3.000,00 (três mil reais), acrescido de juros e correção monetária;
  5. Condenar a requerida ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de danos morais;
  6. Condenar a requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação.

É como voto.

Taboão da Serra, data.

__________________________
Magistrado
Juiz de Direito


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