Modelo de Réplica à contestação em ação de indenização por danos materiais e morais decorrentes de acidente de trânsito, com impugnação de alegações de culpa concorrente e pedido de condenação do requerido com base ...

Publicado em: 30/06/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Modelo de réplica à contestação em processo cível de indenização por acidente de trânsito, onde a autora impugna a defesa do requerido, reitera a responsabilidade exclusiva deste pelo sinistro, fundamenta-se na legislação civil e de trânsito, e requer a condenação ao pagamento dos danos materiais e morais comprovados, custas e honorários. Inclui impugnação específica, fundamentação jurídica, jurisprudência e pedidos de produção de provas.
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RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO

Processo nº: [informar]
C. A. M., brasileira, estado civil [informar], profissão [informar], inscrita no CPF sob o nº [informar], portadora do RG nº [informar], endereço eletrônico [informar], residente e domiciliada na [endereço completo], por sua advogada que esta subscreve, S. B. H., OAB/[UF][informar], endereço eletrônico [informar], com escritório profissional na [endereço completo], nos autos da ação de indenização por danos materiais e morais que move em face de M. G. L., brasileiro, estado civil [informar], profissão [informar], inscrito no CPF sob o nº [informar], endereço eletrônico [informar], residente e domiciliado na [endereço completo], vem, respeitosamente, apresentar RÉPLICA À CONTESTAÇÃO pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

3. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO APRESENTADA PELO REQUERIDO

O requerido, M. G. L., apresentou contestação na qual, em síntese, buscou afastar sua responsabilidade pelo acidente de trânsito, alegando que teria agido de acordo com as normas de trânsito e que a culpa pelo evento seria exclusiva ou concorrente da autora. Limitou-se a anexar parte das conversas mantidas entre as partes, omitindo as mensagens posteriores a 04/12/2024, especialmente aquelas em que a autora enviou três orçamentos para o conserto do veículo, bem como ignorou as tratativas sobre a forma de pagamento diretamente à oficina mecânica. Alegou, ainda, que só aceitaria acordo caso a autora assumisse integralmente a responsabilidade pelo acidente e pelos eventuais danos aos ocupantes do veículo, o que foi expressamente recusado pela autora.

4. IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS ARGUMENTOS DA CONTESTAÇÃO

Inicialmente, impugna-se a tentativa do requerido de manipular a realidade dos fatos ao juntar apenas parte das conversas, omitindo aquelas que comprovam a boa-fé da autora e sua diligência em buscar a solução extrajudicial do conflito. As mensagens trocadas a partir de 05/12/2024, não anexadas pelo requerido, demonstram que a autora enviou três orçamentos para o reparo do veículo, todos de valores razoáveis, e que se dispôs a realizar o conserto no mecânico de preferência do requerido, caso assim desejasse, conforme se depreende dos documentos anexados à inicial.

Ademais, a autora jamais se recusou a negociar, mas apenas não aceitou a imposição de assinar termo assumindo integralmente a responsabilidade pelo acidente e por eventuais danos aos ocupantes, o que extrapola os limites do razoável e do direito, sobretudo diante da dinâmica do acidente e da ausência de culpa exclusiva da autora.

Impugna-se, ainda, a alegação de que a autora teria se recusado a receber valores em mãos, pois, conforme registrado em mensagens, a orientação da advogada foi para que o pagamento fosse realizado diretamente à oficina, como forma de garantir a transparência e evitar questionamentos futuros.

Ressalta-se que o requerido, após o envio dos orçamentos, quedou-se inerte, não manifestando qualquer interesse em solucionar o impasse, o que evidencia sua má-fé e a tentativa de transferir à autora a integralidade dos prejuízos decorrentes do acidente.

5. DOS FATOS

O acidente de trânsito ocorreu quando o veículo conduzido pelo requerido avançou de forma imprudente sobre a via preferencial, colidindo com o automóvel da autora, C. A. M.. Em decorrência do sinistro, a autora e sua passageira, G. T., necessitaram de atendimento médico, tendo a autora arcado com despesas de conserto do veículo e custos médicos, todos devidamente comprovados por notas fiscais anexadas aos autos.

Após o acidente, a autora buscou, de boa-fé, resolver a questão de forma extrajudicial, enviando ao requerido três orçamentos para o reparo do veículo, todos dentro dos parâmetros de mercado e com validade de sete dias. A autora, inclusive, se dispôs a realizar o conserto no mecânico de preferência do requerido, caso assim desejasse, e orientou para que o pagamento fosse feito diretamente à oficina, não havendo qualquer exigência de recebimento de valores em mãos.

O requerido, entretanto, condicionou qualquer acordo à assinatura de termo em que a autora assumiria integralmente a responsabilidade pelo acidente e por eventuais danos aos ocupantes, o que foi recusado por ser manifestamente abusivo e contrário à verdade dos fatos. Após o envio dos orçamentos, o requerido não apresentou qualquer resposta, demons"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais proposta por C. A. M. em face de M. G. L., decorrente de acidente de trânsito. Narra a autora que, ao trafegar em via preferencial, teve seu veículo abalroado pelo requerido, que não respeitou a sinalização de “Pare”. Alega ter suportado, além dos prejuízos materiais, danos de ordem moral, estando devidamente comprovadas as despesas com conserto do veículo e custos médicos.

O requerido, em contestação, negou responsabilidade exclusiva pelo acidente, atribuindo culpa concorrente ou exclusiva à autora, além de anexar apenas parte das conversas mantidas entre as partes e condicionar eventual acordo à assunção integral de responsabilidade pela autora. Impugnou, ainda, a forma de pagamento sugerida pela autora.

Réplica apresentada, rebatendo os argumentos defensivos e reafirmando a boa-fé e diligência da autora em buscar solução extrajudicial, bem como a responsabilidade exclusiva do requerido pelo sinistro.

II. Fundamentação

1. Da Admissibilidade

Preenchidos os pressupostos processuais e condições da ação, conheço do pedido, bem como do mérito, conforme disposto no CF/88, art. 93, IX, que determina a obrigatoriedade de fundamentação das decisões judiciais.

2. Dos Fatos e Provas

A controvérsia reside na atribuição de responsabilidade pelo acidente. Os documentos juntados aos autos, especialmente os boletins de ocorrência e fotos do local, permitem concluir que o requerido, ao avançar sobre a via preferencial, desrespeitou a sinalização de “Pare”, colidindo com o automóvel da autora.

A dinâmica do acidente, corroborada pelos depoimentos e demais provas, indica que a autora trafegava de acordo com as normas de trânsito, inexistindo elementos que sustentem a alegação de culpa concorrente ou exclusiva da autora.

O requerido, por sua vez, limitou-se a trazer parte das conversas e não logrou êxito em comprovar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da autora, nos termos do CPC/2015, art. 373, II.

Ressalte-se, ainda, a postura colaborativa da autora, que ofertou múltiplos orçamentos e sugeriu o pagamento diretamente à oficina, demonstrando boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

3. Do Direito

A responsabilidade civil por ato ilícito está disciplinada no CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, impondo àquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar dano a outrem, a obrigação de reparar. O próprio Código de Trânsito Brasileiro, em seu CTB, art. 44, determina a preferência de passagem e o respeito à sinalização.

Diante da comprovação da conduta culposa do requerido, do dano e do nexo causal, resta caracterizada a responsabilidade subjetiva, nos termos da jurisprudência consolidada (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP; TJMG, Apelação Cível 1.0000.25.017615-3/001).

Os danos materiais encontram-se devidamente comprovados por notas fiscais e orçamentos apresentados, devendo a indenização corresponder ao valor médio dos orçamentos, conforme orientação jurisprudencial.

No tocante aos danos morais, entendo que restaram configurados, haja vista a angústia e a perturbação suportadas pela autora em razão do acidente e da conduta relutante do requerido em reparar o dano, sendo devida a compensação.

Os juros moratórios incidem a partir do evento danoso (STJ, Súmula 54).

4. Da Boa-fé e das Negociações Extrajudiciais

Fica evidenciada a tentativa da autora em resolver o litígio de forma extrajudicial, com apresentação de orçamentos razoáveis e disposição para utilização de oficina indicada pelo requerido, não havendo má-fé ou recusa injustificada por parte da autora. A conduta do requerido, ao omitir parte das conversas e condicionar o acordo a termo abusivo, corrobora sua má-fé.

5. Do Pedido e dos Recursos

Não há preliminares ou vícios processuais capazes de obstar o regular prosseguimento da demanda. Não se vislumbra hipótese de não conhecimento de recurso interposto, devendo-se adentrar ao mérito.

III. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para:

  • 1. Reconhecer a responsabilidade exclusiva do requerido pelo acidente de trânsito, nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927;
  • 2. Condenar o requerido ao pagamento integral dos danos materiais devidamente comprovados nos autos, no valor a ser apurado em liquidação, com base nos orçamentos apresentados;
  • 3. Condenar o requerido ao pagamento de indenização por danos morais, cujo valor fixo em R$ [a ser arbitrado], com correção monetária desde esta data e juros de mora a partir do evento danoso (STJ, Súmula 54);
  • 4. Condenar o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Fundamentação Constitucional

Esta decisão encontra-se devidamente fundamentada, em observância ao CF/88, art. 93, IX, que exige a motivação das decisões judiciais.

V. Considerações Finais

Por todo o exposto, mantenho o regular prosseguimento do feito. Não conheço de preliminares impeditivas e conheço integralmente do mérito, julgando procedente o pedido da autora.

P. R. I. [Cidade], [data].

[Assinatura do Magistrado]
Juiz de Direito


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