Modelo de Recurso Especial e/ou Extraordinário para Exoneração ou Minoração de Alimentos e Concessão de Justiça Gratuita contra Acórdão que Indeferiu Pedido e Impôs Preparo Recursal

Publicado em: 17/07/2025 Processo Civil Familia
Modelo de recurso especial e/ou extraordinário interposto por A. J. dos S. contra acórdão do Tribunal de Justiça que negou exoneração ou minoração de pensão alimentícia e indeferiu o benefício da justiça gratuita, com fundamento no CPC/2015, art. 99 e 1.007, CCB/2002, art. 1.699, e dispositivos constitucionais relativos ao contraditório, ampla defesa e acesso à justiça. Inclui pedido de reforma da decisão, concessão da gratuidade e isenção do preparo, com referência à jurisprudência do STJ e STF.
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RECURSO ESPECIAL E/OU RECURSO EXTRAORDINÁRIO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de [UF]
(Com posterior remessa ao Superior Tribunal de Justiça e/ou Supremo Tribunal Federal)

2. PREPARO

O recorrente, A. J. dos S., por seu advogado infra-assinado, informa que, diante do indeferimento da justiça gratuita pelo acórdão recorrido, apresenta o comprovante de recolhimento do preparo recursal, nos termos do CPC/2015, art. 1.007. Ressalta-se, contudo, que permanece o pedido de concessão da gratuidade da justiça, dada a hipossuficiência financeira, conforme declaração e documentos anexos, reiterando-se a presunção de veracidade da declaração de pobreza (CPC/2015, art. 99, §3º).

3. TEMPESTIVIDADE

O presente recurso é tempestivo, pois o acórdão recorrido foi publicado em [data da publicação], iniciando-se o prazo recursal em [data do início do prazo], sendo interposto dentro do prazo legal de 15 (quinze) dias úteis, conforme CPC/2015, art. 1.003, §5º. Não houve qualquer causa de suspensão ou interrupção do prazo, estando o recurso regularmente apresentado.

4. CABIMENTO

O cabimento do Recurso Especial está fundamentado no CPC/2015, art. 1.029 e CF/88, art. 105, III, pois o acórdão recorrido contrariou dispositivos federais, notadamente CCB/2002, art. 1.699 (possibilidade de exoneração ou minoração dos alimentos diante de alteração na situação financeira das partes) e CPC/2015, art. 99 (gratuidade da justiça). O Recurso Extraordinário fundamenta-se no CF/88, art. 102, III, por violação direta a preceitos constitucionais, especialmente o direito ao contraditório, à ampla defesa e ao acesso à justiça (CF/88, art. 5º, incisos XXXV, LIV e LV).
O acórdão recorrido negou provimento à apelação, mantendo sentença que julgou improcedente a exoneração e minoração de alimentos, além de indeferir a justiça gratuita, determinando o recolhimento do preparo sob pena de inscrição em dívida ativa, o que enseja a interposição dos presentes recursos.

5. DOS FATOS

O recorrente, A. J. dos S., ajuizou ação de exoneração de alimentos, com pedido subsidiário de minoração, em face de M. F. de S. L., alegando substancial alteração em sua situação financeira, que impossibilita a manutenção do valor fixado a título de pensão alimentícia. Requereu, ainda, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, diante de sua hipossuficiência.
A sentença de primeiro grau julgou improcedentes os pedidos de exoneração e minoração dos alimentos, indeferindo, ainda, a justiça gratuita, anteriormente deferida. O recorrente interpôs apelação, reiterando a necessidade de revisão do encargo alimentar e a concessão da gratuidade da justiça.
O Tribunal de Justiça, por acórdão de votação unânime, negou provimento ao recurso, mantendo integralmente a sentença e determinando o recolhimento do preparo da apelação, sob pena de inscrição em dívida ativa. Diante da negativa de justiça gratuita e da manutenção da obrigação alimentar sem análise adequada da alteração da situação financeira, o recorrente interpõe o presente Recurso Especial e/ou Extraordinário.

6. DO DIREITO

6.1. DA EXONERAÇÃO OU MINORAÇÃO DOS ALIMENTOS

O CCB/2002, art. 1.699 prevê expressamente a possibilidade de revisão, exoneração ou minoração dos alimentos quando houver alteração na situação financeira do alimentante ou do alimentado. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica ao reconhecer que, não havendo incapacidade laboral permanente ou impossibilidade prática de inserção no mercado de trabalho do alimentado, os alimentos entre ex-cônjuges possuem caráter temporário, devendo ser fixados pelo tempo necessário à reinserção do alimentado no mercado de trabalho (vide STJ, Rec. Esp. 1.388.116/SP).
No caso concreto, restou demonstrada a alteração substancial na condição financeira do recorrente, o que autoriza a exoneração ou, ao menos, a minoração do encargo alimentar, em observância ao binômio necessidade/possibilidade. O acórdão recorrido, contudo, deixou de analisar adequadamente as provas produzidas, incorrendo em violação ao CCB/2002, art. 1.699 e aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

6.2. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O CPC/2015, art. 99 assegura a concessão da gratuidade da justiça à parte que comprovar insuficiência de recursos, presumindo-se verdadeira a declaração de pobreza apresentada (CPC/2015, art. 99, §3º). O indeferimento da justiça gratuita, sem a devida fundamentação e sem a demonstração de elementos capazes de infirmar a declaração do recorrente, viola o direito fundamental de acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV).
A jurisprudência reconhece que, ausentes elementos que afastem a presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência, impõe-se o deferimento do benefício, isentando o recorrente do recolhimento do preparo (TJRS, Apelação Cível 0183957-33.2019.8.21.7000).

6.3. DA NULIDADE POR CERCEAMENTO DE DEFESA E ACESSO À JUSTIÇA

O indeferimento da justiça gratuita, aliado à determinação de recolhimento do preparo sob pena de inscrição em dívida ativa, configura cerceamento de defesa e afronta aos princípios do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LIV e LV), além de violar o direito fundamental de acesso à justiça. O devido processo legal exige que todas as partes tenham condições efetivas de ex"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Recurso Especial e/ou Extraordinário interposto por A. J. dos S., visando à reforma do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de [UF], que manteve a improcedência do pedido de exoneração ou minoração da obrigação alimentar, bem como indeferiu o benefício da gratuidade da justiça.

1. Admissibilidade Recursal

Preenchidos os requisitos de admissibilidade, o recurso deve ser conhecido, haja vista a tempestividade (CPC/2015, art. 1.003, §5º), o recolhimento do preparo recursal (CPC/2015, art. 1.007), e a adequada interposição diante da negativa de justiça gratuita e da manutenção da obrigação alimentar, sem análise aprofundada do contexto fático-probatório quanto à alteração da situação financeira do recorrente.

2. Da Fundamentação

2.1 Da Exoneração ou Minoração dos Alimentos

Nos termos do CCB/2002, art. 1.699, é assegurada a revisão, exoneração ou minoração dos alimentos sempre que houver alteração na situação financeira de qualquer das partes. No caso, restou demonstrada, nos autos, substancial alteração na condição financeira do alimentante, fato esse que não foi devidamente enfrentado pelo acórdão recorrido.

Ademais, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica ao reconhecer que os alimentos entre ex-cônjuges possuem caráter excepcional e temporário, devendo ser fixados pelo tempo necessário à reinserção do alimentado no mercado de trabalho (STJ, Rec. Esp. Acórdão/STJ). A manutenção da obrigação alimentar, sem análise do binômio necessidade e possibilidade, afronta o princípio da razoabilidade.

2.2 Da Gratuidade da Justiça

O CPC/2015, art. 99 estabelece que a gratuidade da justiça deve ser concedida à parte que declarar não possuir condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo do próprio sustento. O §3º do mesmo artigo (CPC/2015, art. 99, §3º) prevê a presunção relativa de veracidade de tal declaração, cabendo à parte contrária, ou ao juízo, infirmá-la por elementos concretos.

No caso concreto, não foram apresentados elementos capazes de afastar a presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência do recorrente. O indeferimento do benefício, sem fundamentação adequada, viola o direito fundamental de acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV).

2.3 Do Cerceamento de Defesa e Acesso à Justiça

Ressalta-se, ainda, que o indeferimento da gratuidade da justiça, com a consequente exigência de preparo sob pena de inscrição em dívida ativa, configura cerceamento de defesa e afronta os princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LIV e LV), bem como o acesso à justiça, pilar do Estado Democrático de Direito.

2.4 Dos Princípios Constitucionais e Fundamentação Obrigatória

É dever do magistrado fundamentar suas decisões, conforme dispõe o CF/88, art. 93, IX, exigência que se faz ainda mais rigorosa em demandas de natureza alimentar, em que estão em jogo a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e os meios de subsistência das partes.

3. Dispositivo

Diante do exposto, em observância à legislação infraconstitucional e constitucional, e com fulcro no CCB/2002, art. 1.699, CPC/2015, art. 99 e CF/88, art. 5º, XXXV, LIV e LV, CF/88, art. 93, IX, VOTO pelo provimento do recurso para:

  • Reformar o acórdão recorrido;
  • Conceder o benefício da gratuidade da justiça ao recorrente, isentando-o do pagamento do preparo recursal;
  • Reconhecer a alteração substancial da situação financeira do alimentante e, por conseguinte, julgar procedente o pedido de exoneração, ou subsidiariamente, de minoração da obrigação alimentar;
  • Condenar a parte recorrida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

É como voto.

4. Observações Finais

Caso este Egrégio Tribunal entenda pela necessidade de nova instrução probatória, voto pela anulação do acórdão recorrido, a fim de que seja oportunizado ao recorrente o exercício pleno de sua defesa, com a devida análise das provas acerca da alteração de sua capacidade financeira.

Por fim, determino a intimação do Ministério Público, nos termos legais, considerando a natureza alimentar da demanda.

5. Referências Legislativas

6. Local, Data e Assinatura

[Cidade], [data].
_______________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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