Modelo de Petição Inicial de Ação de Alimentos Provisórios com Pedido de Tutela Antecipada para Fixação de Pensão Alimentícia em 30% dos Rendimentos do Requerido, Representando Menor e Fundamentos no CPC e CCB

Publicado em: 01/07/2025 Processo Civil Familia
Modelo de petição inicial para ação de alimentos provisórios cumulada com pedido de antecipação de tutela, visando a fixação de pensão alimentícia em 30% dos rendimentos líquidos do requerido, com desconto em folha, em favor de menor representada por sua genitora. A peça detalha a qualificação das partes, exposição dos fatos, fundamentos jurídicos baseados no Código Civil, Código de Processo Civil, Constituição Federal, jurisprudência consolidada e requerimentos finais, incluindo a citação do réu, acompanhamento do Ministério Público e pedido de justiça gratuita. Destaca a urgência do pedido em razão da necessidade alimentar da criança e a proporcionalidade entre necessidade e possibilidade financeira do alimentante.
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PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado de ____________.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

L. V. da S., menor impúbere, brasileira, nascida em __/__/____, portadora do RG nº _________ e CPF nº _________, residente e domiciliada à Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ________, nesta cidade, representada por sua genitora M. A. da S., brasileira, solteira, profissão ____________, portadora do RG nº _________ e CPF nº _________, endereço eletrônico ____________, residente e domiciliada no mesmo endereço acima, vem, por seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
em face de J. J. da S., brasileiro, casado, vigilante patrimonial, portador do RG nº _________ e CPF nº _________, endereço eletrônico ____________, residente e domiciliado à Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ________, nesta cidade, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

A autora, L. V. da S., é filha menor impúbere de M. A. da S. e J. J. da S.. O requerido, genitor da menor, vem prestando alimentos há mais de quatro anos, inicialmente no valor de R$ 100,00 (cem reais) mensais, valor este que foi reajustado para R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) a partir de 2025. Ressalta-se que tal quantia, além de irrisória frente às necessidades básicas da menor, não acompanha a evolução natural das despesas decorrentes de seu desenvolvimento, tampouco o aumento da capacidade financeira do requerido.

O requerido atualmente exerce a função de vigilante patrimonial em empresa privada, com vínculo formal de emprego e remuneração aproximada de R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais, conforme informações obtidas junto à carteira de trabalho digital. Não obstante sua condição financeira, limita-se ao pagamento do valor supracitado, não contribuindo com quaisquer outras despesas da filha, como alimentação, vestuário, saúde, educação, lazer e moradia.

A genitora da menor, por sua vez, arca sozinha com a maior parte das despesas, não sendo razoável que a obrigação alimentar recaia de forma desproporcional sobre apenas um dos genitores, em afronta ao princípio da proporcionalidade e à solidariedade familiar.

Diante da manifesta insuficiência do valor atualmente pago e da comprovada elevação da capacidade financeira do requerido, faz-se necessária a fixação de alimentos provisórios em patamar compatível com as necessidades da autora e as possibilidades do alimentante, com desconto em folha de pagamento, a fim de garantir a subsistência digna da menor até o deslinde final da presente demanda.

Ressalte-se que a urgência do pedido decorre do caráter alimentar da verba, essencial à sobrevivência da menor, nos termos do CPC/2015, art. 300, caput.

4. DO DIREITO

A obrigação alimentar dos pais em relação aos filhos menores encontra amparo constitucional e legal, sendo dever de ambos prover o sustento, educação e desenvolvimento integral da prole, conforme CF/88, art. 229, e CCB/2002, art. 1.694, caput e §1º.

O art. 1.694, §1º, do CCB/2002, estabelece que "os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada". O mesmo diploma, em seu art. 1.703, reforça a obrigação de ambos os genitores contribuírem para o sustento dos filhos, na medida de suas possibilidades.

O valor dos alimentos deve ser fixado observando o trinômio necessidade, possibilidade e proporcionalidade, princípios que norteiam a prestação alimentar e que visam garantir a subsistência digna do alimentando sem impor ônus excessivo ao alimentante.

No caso concreto, a necessidade da menor é presumida, dada sua tenra idade e incapacidade para prover o próprio sustento. As despesas com alimentação, moradia, saúde, vestuário, lazer e educação são inerentes ao desenvolvimento físico, psíquico e social da criança, não podendo ser supridas com o valor atualmente pago.

Por outro lado, a possibilidade do requerido é evidenciada por seu vínculo empregatício formal e remuneração mensal de aproximadamente R$ 3.000,00 (três mil reais), o que permite a fixação de alimentos em percentual compatível com sua capacidade financeira, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

O desconto em folha de pagamento encontra respaldo no art. 529, §3º, do CPC/2015, que autoriza a dedução direta dos alimentos dos rendimentos do alimentante, conferindo maior efetividade à prestação alimentar.

Quanto ao pedido de antecipação de tutela, o art. 4º da Lei 5.478/1968 e o CPC/2015, art. 300, caput, autorizam a fixação de alimentos provisórios quando presentes elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano, requisitos plenamente preenchidos no caso em tela, dada a natureza alimentar da verba e a urgência da subsistência da menor.

O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o melhor interesse da criança (CF/88, art. 227) impõem ao Judiciário a adoção de medidas que assegurem o desenvolvimento saudável e digno dos menores, devendo a prestação alimentar ser fixada em patamar suficiente para tal finalidade.

Por fim, a jurisprudência dos tribunais pátrios, inclusive do STJ, é pacífica no sentido de que a fixação de alimentos provisórios deve considerar os rendimentos líquidos do alimentante, salvo situações excepcionais, e que a "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de alimentos provisórios c/c pedido de antecipação de tutela ajuizada por L. V. da S., menor impúbere, representada por sua genitora, em face de seu genitor J. J. da S.. A parte autora alega que o requerido vem prestando alimentos em valor irrisório, atualmente fixado em R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) mensais, o que se mostra insuficiente diante das necessidades da menor e da comprovada elevação da capacidade financeira do alimentante, cuja remuneração mensal é de aproximadamente R$ 3.000,00 (três mil reais). Requer, assim, a fixação de alimentos provisórios em 30% dos rendimentos líquidos do requerido, com desconto em folha de pagamento.

II. Fundamentação

1. Conhecimento do Pedido

O pedido preenche os requisitos de admissibilidade previstos no CPC/2015, art. 319, estando presentes a legitimidade das partes, o interesse de agir e a regularidade formal, razão pela qual conheço da demanda.

2. Da Obrigação Alimentar e dos Princípios Aplicáveis

A obrigação alimentar dos genitores em relação aos filhos menores encontra fundamento constitucional no CF/88, art. 227, que impõe à família, à sociedade e ao Estado o dever de assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, dentre outros. Igualmente, o CCB/2002, art. 1.694, caput e §1º, estabelece que os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do alimentando e dos recursos do alimentante.

O princípio do melhor interesse da criança, previsto no CF/88, art. 227, e o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), devem orientar toda a atuação jurisdicional nas demandas alimentares, de modo a garantir o desenvolvimento pleno e digno do menor.

3. Dos Fatos e da Necessidade de Majoração

Restou incontroverso que o valor atualmente pago pelo genitor é insuficiente para suprir as necessidades básicas da menor, as quais englobam alimentação, moradia, saúde, vestuário, lazer e educação. A condição de hipossuficiência da autora é presumida, haja vista sua tenra idade e incapacidade para prover o próprio sustento. Por sua vez, o requerido aufere renda formal, conforme comprovado nos autos, o que evidencia a possibilidade de arcar com valor superior ao atualmente praticado.

Assim, a majoração dos alimentos provisórios é medida que se impõe para adequar o encargo ao trinômio necessidade/possibilidade/proporcionalidade, em consonância com o entendimento consolidado na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme se extrai do seguinte julgado: “A fixação da pensão deve observar o trinômio necessidade/possibilidade/proporcionalidade, podendo ser estabelecida em percentual sobre os rendimentos líquidos do alimentante” (STJ, REsp. Acórdão/STJ).

4. Do Desconto em Folha de Pagamento

O desconto dos alimentos em folha de pagamento encontra respaldo no CPC/2015, art. 529, §3º, conferindo maior efetividade à prestação alimentar e garantindo a regularidade do pagamento em benefício do menor.

5. Da Antecipação de Tutela

O pedido de tutela de urgência merece acolhimento, pois restaram demonstrados a probabilidade do direito e o perigo de dano, conforme dispõe o CPC/2015, art. 300. A natureza alimentar da verba, somada à urgência na satisfação das necessidades da menor, autoriza a concessão da medida antecipatória, nos termos do Lei 5.478/1968, art. 4º.

6. Aplicação do Princípio da Fundamentação Obrigatória

Ressalte-se que a presente decisão encontra-se fundamentada na análise dos fatos e das normas constitucionais e legais aplicáveis, em observância ao dever de motivação das decisões judiciais, conforme preceitua o CF/88, art. 93, IX.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227), bem como nos dispositivos legais aplicáveis (CCB/2002, art. 1.694, §1º; CPC/2015, art. 529, §3º; CPC/2015, art. 300), JULGO PROCEDENTE o pedido para:

a) Fixar alimentos provisórios em favor da autora no valor correspondente a 30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos do requerido, a serem descontados diretamente em folha de pagamento, considerando todas as verbas de natureza remuneratória, deduzidos apenas imposto de renda e contribuição previdenciária (CPC/2015, art. 529, §3º);

b) Confirmar a tutela de urgência deferida, com a imediata expedição de ofício à empregadora do requerido para cumprimento do desconto;

c) Determinar a citação do requerido para apresentação de resposta no prazo legal;

d) Intimar o Ministério Público para acompanhamento do feito, em razão do interesse de menor;

e) Condenar o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, caso haja resistência à pretensão;

f) Deferir os benefícios da justiça gratuita à autora, nos termos do CPC/2015, art. 98, diante da hipossuficiência demonstrada.

IV. Recurso

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Em não havendo recurso, certifique-se o trânsito em julgado.
Caso interposto recurso, conheço do mesmo, por estarem presentes seus pressupostos de admissibilidade (CPC/2015, art. 1.015), e, no mérito, mantenho integralmente a decisão, por seus próprios fundamentos.

V. Conclusão

É como voto.

Cidade/UF, ___ de ___________ de 2025.

____________________________________
Juiz(a) de Direito

**Observações importantes sobre a simulação acima:** - As citações aos dispositivos legais seguem o formato solicitado (por exemplo, "CF/88, art. 93, IX"). - O voto está fundamentado na conjugação entre os fatos, a legislação infraconstitucional e constitucional, bem como nos princípios pertinentes ao direito de família. - O magistrado conhece do pedido, defere a tutela, fixa alimentos provisórios, fundamenta a decisão e faz menção expressa à obrigatoriedade da fundamentação (CF/88, art. 93, IX). - O item de recurso foi incluído para simular o conhecimento e julgamento de eventual recurso interposto. - Os títulos e a estrutura do texto estão organizados conforme solicitado, usando as tags HTML apropriadas.

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