Modelo de Pedido de conversão de guarda provisória em definitiva da menor L. A. dos S., representada pela avó A. M. dos S., fundamentado no melhor interesse da criança e ausência de condições da genitora M. F. de S. L.

Publicado em: 13/05/2025 Processo Civil Familia
Ação judicial proposta pela avó materna para converter a guarda provisória em definitiva da menor, com base na estabilidade afetiva e ambiente adequado, diante da falta de condições da mãe, visando resguardar o melhor interesse da criança conforme a legislação vigente.

AÇÃO DE CONVERSÃO DE GUARDA PROVISÓRIA EM DEFINITIVA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Família e Sucessões da Comarca de [Cidade/UF].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. M. dos S., brasileira, viúva, aposentada, portadora do CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], RG nº [xx.xxx.xxx-x], residente e domiciliada à Rua [endereço completo], CEP [xxxxx-xxx], nesta cidade, endereço eletrônico: [[email protected]], vem, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente AÇÃO DE CONVERSÃO DE GUARDA PROVISÓRIA EM DEFINITIVA em face de M. F. de S. L., brasileira, solteira, profissão [profissão], portadora do CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], RG nº [xx.xxx.xxx-x], residente e domiciliada à Rua [endereço completo], CEP [xxxxx-xxx], nesta cidade, endereço eletrônico: [[email protected]].

A menor envolvida é L. A. dos S., nascida em [data], filha de M. F. de S. L. e do falecido A. J. dos S..

3. DOS FATOS

A autora, A. M. dos S., é avó materna da menor L. A. dos S., atualmente com [idade], que reside sob sua guarda desde o nascimento. O pai da menor, A. J. dos S., faleceu em [data], deixando pensão previdenciária em favor da filha. Desde então, a menor permaneceu sob os cuidados da avó, que lhe proporciona ambiente estável, afetuoso e adequado ao seu desenvolvimento.

Em virtude do falecimento do genitor e da ausência de condições da mãe, M. F. de S. L., para o exercício da guarda, foi deferida à autora a guarda provisória da menor por decisão deste juízo, a qual vem sendo regularmente cumprida, garantindo-se à infante todos os direitos fundamentais previstos na CF/88, art. 227.

Ressalte-se que a genitora, embora formalmente parte no processo, não compareceu às audiências designadas, demonstrando desinteresse pela convivência e pelo bem-estar da filha, limitando-se a manifestar interesse na pensão deixada pelo falecido pai da menor. Tal conduta evidencia que o pedido de guarda por parte da mãe visa, precipuamente, o recebimento do benefício previdenciário, e não o efetivo zelo e proteção da criança.

A menor, por sua vez, encontra-se plenamente adaptada à rotina e ao lar da avó, que sempre lhe garantiu afeto, educação, saúde e estabilidade, sendo esta a única referência materna efetiva desde o nascimento. Estudos sociais e psicológicos realizados nos autos atestam a adequação do ambiente familiar proporcionado pela autora.

Diante desse contexto, busca-se a conversão da guarda provisória em definitiva, em observância ao melhor interesse da criança e à necessidade de estabilização de sua situação familiar.

4. DO DIREITO

4.1. DA COMPETÊNCIA E DA LEGITIMIDADE

A presente demanda é proposta perante o juízo competente, nos termos do CPC/2015, art. 53, I, sendo parte legítima a avó que detém a guarda de fato e de direito da menor.

4.2. DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA

O princípio do melhor interesse da criança é norteador das decisões relativas à guarda, conforme previsto na CF/88, art. 227, e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990, art. 4º). O CCB/2002, art. 1.583, § 2º, reforça que a guarda será atribuída a quem revelar melhores condições para promovê-la, visando sempre o bem-estar do menor.

No caso em tela, a menor reside com a autora desde o nascimento, sendo esta a responsável por seu sustento, educação e afeto. A estabilidade e continuidade do ambiente familiar são essenciais ao desenvolvimento saudável da criança, conforme reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência.

4.3. DA GUARDA PROVISÓRIA E SUA CONVERSÃO EM DEFINITIVA

A guarda provisória foi deferida em caráter de urgência, diante da ausência de condições da genitora e do falecimento do genitor. O CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela provisória quando presentes elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano. Após regular instrução, restou comprovado que a manutenção da menor sob a guarda da avó atende ao seu melhor interesse, sendo cabível a conversão da guarda provisória em definitiva.

A jurisprudência é pacífica no sentido de que a guarda deve ser atribuída a quem melhor assegura os direitos fundamentais da criança, ainda que não seja o genitor, desde que comprovado o vínculo afetivo, a estabilidade e a adequação do ambiente familiar.

4.4. DA SITUAÇÃO DA GENITORA

A genitora, M. F. de S. L., não compareceu às audiências, demonstrando desinteresse pelo convívio com a filha e ausência de condições emocionais e financeir"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

I. Relatório

Trata-se de Ação de Conversão de Guarda Provisória em Definitiva ajuizada por A. M. dos S., avó materna da menor L. A. dos S., em face de M. F. de S. L., genitora da infante. Relata a autora que a menor está sob sua guarda desde o nascimento, sendo-lhe deferida a guarda provisória após o falecimento do genitor. Aduz que a genitora não reúne condições para o exercício da guarda, manifestando desinteresse pelo convívio e pelo bem-estar da filha e limitando-se a interesses de ordem patrimonial.

Pleiteia, assim, a conversão da guarda provisória em definitiva, em observância ao melhor interesse da criança e à necessidade de estabilização da situação familiar.

II. Fundamentação

2.1. Preliminares

O presente feito preenche os requisitos processuais, estando presentes legitimidade das partes, interesse processual e regularidade formal. A demanda é endereçada ao juízo competente, nos termos do CPC/2015, art. 53, I.

2.2. Mérito

Cumpre salientar, inicialmente, que o princípio do melhor interesse da criança, previsto na CF/88, art. 227 e no ECA, art. 4º, deve nortear toda e qualquer decisão relativa à guarda de menores, sobrepondo-se a eventuais interesses dos genitores ou de terceiros.

No caso concreto, restou comprovado nos autos que a menor L. A. dos S. reside com a autora desde o nascimento, tendo sido a avó materna responsável por prover-lhe sustento, educação, saúde e afeto. O falecimento do genitor agravou a vulnerabilidade da criança, sendo necessário garantir-lhe estabilidade familiar e emocional.

A genitora, embora devidamente citada, não compareceu às audiências designadas e não demonstrou interesse efetivo na convivência e no bem-estar da filha, limitando-se a manifestar interesse em relação à pensão previdenciária, fato este constatado nos autos e corroborado por estudos sociais e psicológicos.

Os laudos técnicos acostados aos autos atestam a adequação do ambiente familiar proporcionado pela avó, bem como a estabilidade, afeto e segurança proporcionados à menor. Ressalta-se que a jurisprudência é pacífica no sentido de que a guarda deve ser atribuída a quem melhor assegura os direitos fundamentais do menor, mesmo que não se trate de um dos genitores, desde que comprovados o vínculo afetivo, a estabilidade e a adequação do ambiente familiar.

A continuidade da guarda junto à avó materna, com quem a infante já estabeleceu todos os laços afetivos e de referência, revela-se a medida mais benéfica ao desenvolvimento físico, emocional e social da criança, em consonância com os princípios da proteção integral e da prioridade absoluta.

Destaca-se, ainda, que a conversão da guarda provisória em definitiva é medida que se impõe, proporcionando segurança jurídica à criança e consolidando situação de fato que vem demonstrando ser plenamente satisfatória.

Por fim, não há óbice à regulamentação do direito de visitas da genitora, em molde a ser fixado por este juízo, caso se entenda pertinente, de forma assistida e em horários que preservem o bem-estar da infante.

2.3. Da Fundamentação Constitucional e Legal

O julgamento encontra respaldo na CF/88, art. 93, IX, que impõe ao magistrado o dever de fundamentar suas decisões, bem como nos dispositivos constitucionais e legais que tutelam o melhor interesse da criança (CF/88, art. 227; ECA, art. 4º; CCB/2002, art. 1.583, § 2º).

2.4. Dos Recursos Interpostos

Não há nos autos notícia de recursos pendentes ou questões prejudiciais que impeçam o julgamento do mérito, estando o feito apto à decisão.

III. Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  • Converter a guarda provisória da menor L. A. dos S. em guarda definitiva em favor da autora, A. M. dos S., consolidando a situação de fato e de direito, em observância ao melhor interesse da criança;
  • Regulamentar o direito de visitas da genitora, M. F. de S. L., caso esta venha a requerer, de forma assistida e em horários fixados por este juízo, visando preservar o bem-estar da menor;
  • Determinar a intimação do Ministério Público para acompanhamento do feito;
  • Defiro o benefício da gratuidade da justiça à autora, nos termos do CPC/2015, art. 98;
  • Condeno a requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, caso não seja beneficiária da gratuidade, a serem fixados na forma do CPC/2015, art. 85.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [data].
_________________________________________
Magistrado(a)

IV. Fundamentação Complementar (Jurisprudências)

Em reforço ao entendimento ora adotado, destaco julgados das Câmaras de Direito Privado do TJSP, que reconhecem o melhor interesse do menor e a manutenção da guarda junto à avó materna ou paterna, quando comprovada a adequação do ambiente e o vínculo afetivo, mesmo em detrimento do interesse dos genitores.

Exemplificativamente:
“GUARDA DE MENORES - Ação de fixação de guarda - Guarda exercida pela avó materna desde o nascimento da menor - Pedido da avó materna para regularizar a guarda - Estudos social e psicológico que recomendam a permanência da menor sob a guarda da avó materna, a fim de se manter a rotina - Princípio da estabilidade - Manutenção da guarda com a avó materna - Sentença mantida por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 252, do RITJSP - Recurso desprovido.” (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Costa Netto, j. 02/07/2024)

“O interesse do menor deve prevalecer sobre os direitos dos pais, conforme orientação do STJ. Relatório psicossocial indicou que as crianças estavam em situação de risco sob a guarda da mãe e que a avó materna assegura seus direitos fundamentais. A guarda deve ser concedida a quem melhor assegura os direitos fundamentais da criança.” (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. James Siano, j. 20/01/2025)

V. Conclusão

Diante de todo o exposto, conheço do pedido e julgo procedente o pleito de conversão de guarda provisória em definitiva, por encontrar amparo nos fatos, no direito e, sobretudo, no melhor interesse da criança.


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Publicado em: 12/05/2025 Processo Civil Familia

Petição inicial para concessão de guarda definitiva do menor L. F. dos S. à sua avó paterna A. J. dos S., que exerce a guarda desde a infância do menor, fundamentada no princípio do melhor interesse da criança, com respaldo na Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e Código Civil, requerendo intimação dos genitores, fixação de regime de convivência, produção de provas e justiça gratuita.

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