Modelo de Alegações finais em ação de apropriação indébita contra Banco X S.A. por movimentações financeiras não autorizadas, requerendo responsabilização objetiva, indenização por danos materiais e morais e inversã...
Publicado em: 09/05/2025 Processo CivilConsumidor Direito Penal Processo PenalALEGAÇÕES FINAIS (MEMORIAIS) – APROPRIAÇÃO INDÉBITA – RÉU: INSTITUIÇÃO BANCÁRIA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de __ do Tribunal de Justiça do Estado de __.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
Autor: M. F. de S. L., brasileira, solteira, bancária, portadora do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000-0, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000.
Réu: Banco X S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 00.000.000/0001-00, com sede na Avenida Paulista, nº 1000, Bairro Bela Vista, Cidade/UF, CEP 00000-000, endereço eletrônico: [email protected], representado por seu procurador legal.
3. SÍNTESE DOS FATOS
A presente demanda versa sobre apropriação indébita supostamente praticada pelo Banco X S.A., na qualidade de réu, em razão de movimentações financeiras não reconhecidas e retenção indevida de valores pertencentes à autora, M. F. de S. L.
Conforme narrado na inicial e confirmado durante a instrução, a autora teve valores subtraídos de sua conta corrente, sem sua autorização, mediante operações atípicas e não condizentes com seu perfil de consumo. A autora, ao perceber os débitos, buscou esclarecimentos junto ao banco réu, que, entretanto, não apresentou justificativa plausível ou documentação hábil a comprovar a regularidade das transações.
A conduta do banco réu, ao não adotar mecanismos de segurança eficazes e ao não restituir os valores apropriados, caracteriza, em tese, o crime de apropriação indébita (CP, art. 168), além de configurar falha na prestação do serviço bancário, em afronta aos direitos do consumidor.
Durante a instrução, restou incontroverso que o banco réu não apresentou contrato assinado, biometria facial, dados de geolocalização ou qualquer outro elemento que comprovasse a autorização da autora para as operações realizadas, limitando-se a alegar culpa exclusiva de terceiros ou da vítima, sem, contudo, se desincumbir do ônus probatório que lhe incumbia.
Diante desse quadro fático, a autora requer a responsabilização do banco réu pela apropriação indevida dos valores, bem como a condenação à reparação dos danos materiais e morais sofridos.
4. PRELIMINARES (SE HOUVER)
Inexistem preliminares a serem suscitadas nesta fase processual. Eventuais questões relativas à ilegitimidade de parte ou cerceamento de defesa já foram devidamente apreciadas e afastadas nos autos, conforme entendimento consolidado do Tribunal de Justiça (CPC/2015, art. 485, VI).
5. DO DIREITO
5.1. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Nos termos do CDC, art. 14, caput, as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos causados aos consumidores por falha na prestação de serviços. Tal responsabilidade decorre da teoria do risco do empreendimento, sendo irrelevante a existência de culpa, bastando a demonstração do dano e do nexo causal.
O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça pacificaram o entendimento de que o Código de Defesa do Consumidor se aplica às instituições financeiras (Súmula 297/STJ), impondo-lhes o dever de garantir a segurança das operações realizadas por seus clientes.
No caso em tela, restou comprovada a falha do banco réu ao permitir movimentações atípicas e não reconhecidas pela autora, sem adotar mecanismos de bloqueio ou confirmação prévia, em afronta ao dever de segurança e diligência.
5.2. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Diante da hipossuficiência técnica da autora e da verossimilhança das alegações, é cabível a inversão do ônus da prova em seu favor (CDC, art. 6º, VIII), impondo ao banco réu o dever de comprovar a regularidade das operações e a inexistência de falha em seu sistema de segurança.
O réu, entretanto, não logrou êxito em demonstrar a autenticidade das transações, limitando-se a alegações genéricas e desprovidas de respaldo documental, razão pela qual deve ser reconhecida sua responsabilidade pelos danos causados.
5.3. APROPRIAÇÃO INDÉBITA E FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
A conduta do banco réu, ao reter valores pertencentes à autora sem autorização e sem justificativa plausível, configura, em tese, o crime de apropriação indébita (CP, art. 168), além de viol"'>...
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