Modelo de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens, Fixação de Alimentos, Guarda e Regulamentação de Visitas entre M. F. de S. L. e A. J. dos S., fundamentada no Código Civil e Constitui...
Publicado em: 21/07/2025 Processo Civil FamiliaPETIÇÃO INICIAL
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA COM PARTILHA DE BENS, ALIMENTOS, GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara de Família da Comarca de [cidade/UF],
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
M. F. de S. L., brasileira, solteira, professora, portadora do CPF nº 123.456.789-00, RG nº MG-12.345.678, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, [cidade/UF], vem, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente:
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA COM PARTILHA DE BENS, ALIMENTOS, GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS
em face de A. J. dos S., brasileiro, solteiro, profissional autônomo (pedreiro), portador do CPF nº 987.654.321-00, RG nº MG-87.654.321, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 200, Bairro Jardim, CEP 00000-000, [cidade/UF].
3. DOS FATOS
A autora e o réu mantiveram convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família, desde janeiro de 2015 até dezembro de 2023, período em que residiram sob o mesmo teto e foram reconhecidos socialmente como companheiros, conforme documentos e testemunhas que instruem esta inicial.
Da união, nasceu o filho menor L. A. de S. L., em 10 de agosto de 2018, atualmente com 5 anos de idade, conforme certidão de nascimento anexa.
Durante a constância da união, o casal adquiriu bens móveis e imóveis, notadamente um veículo automotor (marca/modelo/ano/placa) e um imóvel residencial situado na Rua das Acácias, nº 50, Bairro Jardim, [cidade/UF], além de móveis e eletrodomésticos que guarnecem a residência.
O réu, profissional autônomo, sempre contribuiu com o sustento da família, mas, após o término da relação, deixou de prestar auxílio financeiro regular à autora e ao filho menor, tornando-se imprescindível a fixação de alimentos.
Ademais, a autora sempre exerceu a guarda de fato do filho, sendo necessária a formalização da guarda, bem como a regulamentação do direito de visitas paternas, visando o melhor interesse da criança.
Diante da dissolução da união estável, faz-se necessário o reconhecimento judicial da união, a partilha dos bens adquiridos na constância da convivência, a fixação de alimentos em favor do filho menor e, se cabível, da autora, além da regulamentação da guarda e do regime de visitas.
Resumo: Os fatos narrados evidenciam a existência de união estável, a comunhão de esforços para aquisição de patrimônio, a necessidade de alimentos e a imprescindibilidade de regulamentação da guarda e visitas do filho menor, ensejando a tutela jurisdicional ora postulada.
4. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
- O reconhecimento da união estável havida entre as partes, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2023;
- A dissolução da união estável entre as partes;
- A partilha igualitária dos bens adquiridos na constância da união estável, nos termos do regime da comunhão parcial de bens, especialmente do imóvel situado na Rua das Acácias, nº 50, do veículo automotor e dos móveis e eletrodomésticos;
- A fixação de alimentos em favor do filho menor L. A. de S. L., em valor não inferior a 30% dos rendimentos líquidos do réu, ou, na ausência de comprovação de renda, em valor equivalente a 1 (um) salário mínimo nacional, a ser depositado até o quinto dia útil de cada mês;
- A fixação de alimentos provisórios em favor da autora, caso reste comprovada sua dependência econômica, nos termos do binômio necessidade/possibilidade;
- A concessão da guarda unilateral do menor à autora, com regulamentação do direito de visitas ao pai, ou, alternativamente, a fixação da guarda compartilhada, conforme o melhor interesse da criança;
- A regulamentação do direito de visitas do réu ao filho menor, em finais de semana alternados, metade das férias escolares e datas comemorativas, conforme cronograma a ser fixado por este juízo;
- A citação do réu para, querendo, apresentar defesa, sob pena de revelia e confissão;
- A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental, testemunhal e pericial, se necessário;
- A concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos da lei, por ser a autora pessoa hipossuficiente;
- A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
- A designação de audiência de conciliação/mediação, nos termos do CPC/2015, art. 319, VII.
Resumo: Os pedidos visam garantir a efetiva proteção dos direitos patrimoniais, alimentares e parentais decorrentes da dissolução da união estável, observando os princípios constitucionais e legais aplicáveis.
5. DO DIREITO
5.1. DO RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL
A Constituição Federal reconhece a união estável como entidade familiar, equiparada ao casamento, conforme CF/88, art. 226, §3º. O Código Civil, em seu art. 1.723, dispõe que é reconhecida como entidade familiar a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, estabelecida com o objetivo de constituição de família.
A Lei 9.278/96, art. 1º, reforça que a união estável é aquela entre homem e mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família. Não há necessidade de prazo mínimo, bastando a demonstração dos requisitos legais.
No caso em tela, restam preenchidos todos os requisitos legais, sendo incontroversa a existência da união estável entre as partes, bem como o nascimento de filho comum, o que reforça o objetivo de constituição de família.
5.2. DA PARTILHA DE BENS
O regime de bens aplicável à união estável, salvo contrato escrito em contrário, é o da comunhão parcial de bens, nos termos do CCB/2002, art. 1.725. Assim, comunicam-se os bens adquiridos onerosamente na constância da união, independentemente da comprovação do esforço comum, ressalvadas as exceções legais (CCB/2002, art. 1.659).
A presunção de esforço comum é absoluta, conforme entendimento consolidado do STJ e dos tribunais estaduais, de modo que todos os bens adquiridos durante a conviv�"'>...
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