Modelo de Ação de Exoneração Provisória de Pensão Alimentícia requerida por genitor em face da genitora, fundamentada na mudança de residência da menor para o lar paterno, com base no CCB/2002, art. 1.699 e princípios do me...

Publicado em: 12/05/2025 Processo Civil Familia
Modelo de petição inicial para ação de exoneração provisória de pensão alimentícia, em que o genitor requer a suspensão temporária da obrigação alimentar devido à mudança da menor para sua residência, apresentando fundamentos legais do Código Civil, Constituição Federal, e jurisprudência atualizada. Inclui pedidos de citação, intimação do Ministério Público, produção de provas e designação de audiência de conciliação.

AÇÃO DE EXONERAÇÃO PROVISÓRIA DE PENSÃO ALIMENTÍCIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de [CIDADE][UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000 SSP/[UF], endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 123, Bairro Centro, CEP 00000-000, [CIDADE]/[UF], vem, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente AÇÃO DE EXONERAÇÃO PROVISÓRIA DE PENSÃO ALIMENTÍCIA em face de M. F. de S. L., menor impúbere, representada por sua genitora A. P. de S. L., brasileira, professora, portadora do CPF nº 111.111.111-11, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Rua das Palmeiras, nº 456, Bairro Jardim, CEP 11111-111, [CIDADE]/[UF], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor, ora Requerente, é genitor da menor M. F. de S. L., atualmente com [idade] anos, fruto de sua relação com A. P. de S. L.. Por decisão judicial proferida nos autos do processo nº [número do processo], foi fixada obrigação alimentar em favor da menor, consistente no pagamento mensal de pensão alimentícia equivalente a [x]% dos rendimentos líquidos do Requerente.

Ocorre que, recentemente, em virtude de acordo entre as partes e visando o melhor interesse da menor, esta passou a residir provisoriamente com o próprio genitor, ora Requerente, em sua residência, desde [data]. Tal mudança se deu por razões de ordem prática e visando o bem-estar da menor, que manifestou vontade de permanecer sob a guarda do pai, com anuência da genitora.

Desde então, todas as despesas relativas à subsistência, saúde, educação, vestuário e lazer da menor vêm sendo integralmente suportadas pelo Requerente, não mais subsistindo, portanto, a necessidade de pagamento da pensão alimentícia à genitora, eis que a obrigação alimentar está sendo cumprida de forma direta.

Diante desse novo contexto fático, faz-se necessária a exoneração provisória da obrigação alimentar anteriormente fixada, ao menos enquanto perdurar a residência da menor com o genitor, evitando-se, assim, enriquecimento sem causa e dupla oneração do Requerente.

Ressalta-se que a medida ora postulada visa resguardar o melhor interesse da menor, bem como garantir a observância do princípio da proporcionalidade, evitando-se a manutenção de obrigação alimentar que, no momento, perdeu sua razão de ser.

Em suma, a alteração superveniente da situação de fato – residência da menor com o alimentante – justifica o pedido de exoneração provisória da pensão alimentícia, nos termos da legislação vigente.

4. DO DIREITO

4.1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E CONSTITUCIONAL

A obrigação alimentar decorre do dever de assistência mútua entre pais e filhos, consagrado na CF/88, art. 229, segundo o qual “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores”. O CCB/2002, art. 1.694 estabelece que “podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação”.

O CCB/2002, art. 1.699 prevê expressamente a possibilidade de revisão e exoneração da obrigação alimentar, caso sobrevenha alteração na situação financeira do alimentante ou do alimentando: “Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.”

O CPC/2015, art. 319, por sua vez, disciplina os requisitos da petição inicial, os quais são integralmente observados na presente demanda.

4.2. PRINCÍPIOS JURÍDICOS APLICÁVEIS

O pedido encontra amparo nos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da proporcionalidade e da razoabilidade, bem como no melhor interesse da criança e do adolescente (CF/88, art. 227; ECA, art. 4º). Tais princípios impõem que a obrigação alimentar seja adequada à real necessidade do alimentando e à possibilidade do alimentante, evitando-se distorções que possam prejudicar qualquer das partes.

Ademais, o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) orienta a conduta das partes, de modo que a manutenção do pagamento de pensão à genitora, quando a menor reside com o genitor, caracteriza enriquecimento sem causa, vedado pelo ordenamento jurídico.

4.3. ALTERAÇÃO SUPERVENIENTE DA SITUAÇÃO DE FATO

A mudança de residência da menor para o lar paterno configura alteração substancial da situação de fato, justificando a revisão ou exoneração da obrigação alimentar, conforme entendimento consolidado na doutrina e jurisprudência pátrias.

A obrigação alimentar é regida pelo trinômio necessidade-possibilidade-proporcionalidade, devendo ser ajustada sempre que houver modificação relevante em qualquer desses elementos, conforme reiteradamente reconhecido pelos tribunais pátrios.

4.4. EXONERAÇÃO PROVISÓRIA

A exoneração ora postulada é de natureza provisória, limitada ao período em que a menor permanecer sob a guarda e residência do genitor, podendo ser revista caso ha"'>...

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Relatório

Trata-se de Ação de Exoneração Provisória de Pensão Alimentícia proposta por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L., menor impúbere, representada por sua genitora A. P. de S. L.. Narra o Autor que, por decisão judicial anterior, foi fixada obrigação alimentar em favor da menor. Contudo, em virtude de alteração superveniente dos fatos, a menor passou a residir com o genitor, que passou a arcar integralmente com suas despesas, requerendo, assim, a exoneração provisória da obrigação alimentar enquanto perdurar tal situação.

O pedido é instruído com documentos que comprovam a alteração da guarda de fato, bem como o suporte direto e exclusivo das despesas da menor pelo genitor.

Fundamentação

1. Conhecimento do Pedido

Inicialmente, verifica-se que a petição inicial preenche os requisitos do CPC/2015, art. 319, estando presentes as condições da ação e os pressupostos processuais. Assim, conheço do pedido.

2. Da Alteração da Situação Fática e Jurídica

A obrigação alimentar imposta judicialmente encontra fundamento na CF/88, art. 229, que prevê o dever dos pais de assistir, criar e educar os filhos menores, bem como no CCB/2002, art. 1.694 e CCB/2002, art. 1.699, que autorizam a revisão e exoneração da obrigação alimentar diante de alteração nas circunstâncias das partes.

É incontroverso nos autos que a menor passou a residir com o genitor, ora Requerente, e que este passou a suprir diretamente suas necessidades alimentares, educacionais e de saúde, não mais subsistindo, no momento, a necessidade de transferência de valores à genitora a título de alimentos.

A doutrina e a jurisprudência consolidaram o entendimento segundo o qual a alteração superveniente da situação de fato, especialmente a transferência da guarda de fato ao alimentante, constitui motivo suficiente para a revisão ou exoneração, ainda que provisória, da obrigação alimentar, conforme, inclusive, precedente do TJMG (AI 1.0000.24.523752-4/001).

3. Princípios Constitucionais e Legais Aplicáveis

O pedido encontra respaldo no princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), no melhor interesse da criança e do adolescente (CF/88, art. 227, e ECA, art. 4º), e na necessidade de adequação das obrigações de acordo com o trinômio necessidade-possibilidade-proporcionalidade.

Ademais, a manutenção da obrigação alimentar em favor da genitora, quando a menor reside com o genitor, configuraria enriquecimento sem causa, vedado pelo ordenamento jurídico e pelo princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

4. Exoneração Provisória e Possibilidade de Revisão

Ressalta-se que a exoneração ora postulada reveste-se de natureza provisória, limitada ao período em que a menor permanecer sob guarda de fato do genitor, podendo ser revista caso sobrevenham novas alterações na situação fática.

Tal entendimento encontra respaldo em precedentes dos tribunais pátrios, que admitem a exoneração ou revisão provisória da obrigação alimentar quando comprovada alteração substancial das circunstâncias que ensejaram sua fixação inicial.

5. Observância da Fundamentação e Dever de Motivação

Cumpre ressaltar, em observância a CF/88, art. 93, IX, que “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade”. A presente decisão encontra-se devidamente motivada, com análise pormenorizada dos fatos, do direito aplicável e dos princípios constitucionais e legais pertinentes.

Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO para deferir a exoneração provisória da obrigação alimentar anteriormente fixada em favor da menor M. F. de S. L., enquanto perdurar sua residência com o genitor, ora Requerente.

Determino que, sobrevindo nova alteração da situação de fato, seja facultada às partes a revisão da presente decisão, devendo eventuais provas complementares serem apresentadas nos autos.

Cite-se a genitora da menor para, querendo, apresentar defesa no prazo legal. Intime-se o Ministério Público, nos termos do CPC/2015, art. 178, II.

Custas e honorários, se houver resistência ao pedido, pela parte Requerida, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Conclusão

[Cidade], [Data].

[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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