Modelo de Ação de consignação em pagamento para depósito judicial de fração ideal penhorada de imóvel adquirido, visando extinção da obrigação e baixa da penhora, fundamentada no CCB/2002, art. 335 e CPC/2015
Publicado em: 24/04/2025 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioAÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de __, do Tribunal de Justiça do Estado de __.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 1.234.567 SSP/XX, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Jardim, Cidade/UF, CEP 12345-678, por seu advogado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na Rua dos Advogados, nº 200, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 12345-000, endereço eletrônico [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face de:
R. A. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro agrônomo, CPF nº 987.654.321-00, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 50, Bairro Jardim, Cidade/UF, CEP 12345-679; e demais coproprietários: B. C. dos S., C. D. dos S., D. E. dos S., E. F. dos S., F. G. dos S., G. H. dos S., H. I. dos S., I. J. dos S., todos brasileiros, com qualificações completas e endereços eletrônicos conforme documentos anexos, residentes e domiciliados nesta comarca.
Exequente: M. N. da S., brasileiro, advogado, CPF nº 111.222.333-44, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Laranjeiras, nº 80, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 12345-680.
3. DOS FATOS
O autor adquiriu, por meio de escritura pública de compra e venda, imóvel pertencente a nove irmãos, ora réus, conforme matrícula nº 99.421, cuja transação foi devidamente registrada. À época da aquisição, constava na escritura menção à existência de execução de alimentos movida por M. N. da S. contra um dos vendedores, R. A. dos S., tendo sido penhorada a fração ideal de 11,11% que cabia ao executado sobre o imóvel.
Além do imóvel adquirido, os vendedores possuem outros quatro lotes de terras, todos localizados no mesmo bairro, sem benfeitorias. Cada um desses lotes foi avaliado em R$ 120.000,00. O imóvel objeto da compra, por sua vez, foi avaliado em R$ 260.000,00, valor este majorado em razão das benfeitorias realizadas exclusivamente pelo autor após a aquisição.
O exequente, M. N. da S., promoveu a penhora da parte ideal (11,11%) pertencente ao executado em todos os lotes, inclusive no imóvel já vendido ao autor. Para viabilizar a baixa do gravame, o autor propôs ao exequente o pagamento do valor correspondente à fração ideal (11,11%) sobre o valor do terreno sem benfeitorias, visto que, à época da compra, o imóvel era equiparado aos demais lotes. Contudo, o exequente recusou a proposta, exigindo valor superior, desconsiderando que as benfeitorias foram realizadas pelo autor.
Diante da recusa injustificada do credor em receber o valor devido, o autor pretende efetuar o depósito judicial do montante correspondente à parte ideal do imóvel (11,11% do valor do terreno sem benfeitorias), para fins de extinção da obrigação e consequente baixa da penhora sobre a matrícula do imóvel adquirido.
Ressalta-se que a recusa do credor em receber o valor devido, nos termos da lei, autoriza o ajuizamento da presente ação de consignação em pagamento, a fim de resguardar o direito do autor e evitar prejuízos decorrentes da manutenção indevida do gravame.
Resumo lógico: O autor busca, por meio desta ação, consignar o valor correspondente à fração penhorada, afastando a exigência de valores indevidos e garantindo a regularização da matrícula do imóvel adquirido.
4. DO DIREITO
4.1. DA CABIMENTO DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
A presente ação encontra amparo no CCB/2002, art. 335, que prevê as hipóteses em que o devedor pode efetuar o pagamento por consignação, notadamente quando o credor, sem justa causa, se recusa a receber o pagamento ou dar quitação. No caso em tela, o autor buscou, de boa-fé, solver a obrigação mediante proposta compatível com a fração ideal penhorada, considerando o valor do terreno sem benfeitorias, o que foi recusado pelo credor.
O CPC/2015, art. 539 e seguintes disciplinam o procedimento da ação de consignação em pagamento, estabelecendo que o devedor poderá depositar a quantia devida em juízo, quando houver dúvida quanto à legitimidade do credor, recusa injustificada ou qualquer outra circunstância que impossibilite o pagamento direto.
O CPC/2015, art. 319 determina os requisitos da petição inicial, todos devidamente observados na presente demanda, inclusive o pedido de depósito do valor devido e a especificação do quantum, que corresponde a 11,11% do valor do terreno sem benfeitorias, conforme avaliação oficial.
4.2. DA LEGITIMIDADE E DO VALOR DEPOSITADO
O autor é parte legítima para propor a presente ação, na qualidade de adquirente do imóvel e responsável pela regularização da matrícula. O valor ofertado corresponde exatamente à fração penhorada (11,11%) sobre o valor do terreno sem benfeitorias (R$ 120.000,00), totalizando R$ 13.332,00, valor este que reflete a realidade do imóvel à época da aquisição, pois as benfeitorias foram realizadas exclusivamente pelo autor após a compra.
O princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e o princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) orientam a conduta das p"'>...
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