Modelo de Ação de Busca e Apreensão de Menor para Restituição Imediata à Guarda Materna com Pedido de Tutela de Urgência por Retenção Indevida pelo Pai em Desrespeito ao Melhor Interesse da Criança

Publicado em: 23/04/2025 CivelProcesso Civil Familia
Modelo de petição inicial de ação de busca e apreensão de menor proposta por mãe contra o pai que reteve a criança indevidamente, fundamentada no Código Civil, Estatuto da Criança e do Adolescente e Constituição Federal, com pedido de tutela de urgência para restituição imediata da guarda unilateral materna, visando proteger o melhor interesse e desenvolvimento da criança. Inclui qualificação das partes, exposição dos fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudências pertinentes, pedidos detalhados e rol de provas.

AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude da Comarca de [CIDADE/UF], do Tribunal de Justiça do Estado de [ESTADO].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

M. F. de S. L., brasileira, solteira, professora, portadora do CPF 123.456.789-00, RG 12.345.678-9, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, Cidade Alfa, Estado Beta, CEP 12345-678, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR em face de A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro, portador do CPF 987.654.321-00, RG nº 98.765.432-1, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 200, Bairro Jardim, Cidade Gama, Estado Delta, CEP 87654-321, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

A autora e o réu são genitores da menor L. F. de S. L. dos S., atualmente com 2 (dois) anos de idade. Desde o nascimento, a menor reside com a autora, sua mãe, no Estado Beta, local onde sempre manteve seu domicílio, vínculos afetivos e rotina.

Ocorre que, em [data], a autora, visando preservar o direito de convivência paterna, permitiu que o réu recebesse a filha para visitação, conforme previamente acordado entre as partes. Contudo, ao término do período de visita, o réu recusou-se a devolver a menor à guarda materna, retendo-a indevidamente em sua residência, localizada em outro Estado, sem qualquer autorização judicial ou justificativa plausível.

Desde então, a autora tem buscado, sem êxito, auxílio junto ao Ministério Público, Conselho Tutelar e demais órgãos oficiais, os quais, até o presente momento, não lograram êxito em garantir o retorno da menor ao seu lar de origem. Ressalta-se que a criança não possui vínculos afetivos ou convivência habitual com o pai, estando a sofrer com a ausência abrupta da mãe e a ruptura de sua rotina, o que tem causado angústia e prejuízos ao seu desenvolvimento emocional.

A conduta do réu caracteriza verdadeira subtração de incapaz, afrontando o direito de guarda prioritária da mãe, já reconhecido anteriormente, e colocando em risco o bem-estar da menor, que se encontra privada do convívio materno e de seu ambiente habitual.

Diante da inércia dos órgãos competentes e da urgência que o caso requer, não resta alternativa à autora senão buscar a tutela jurisdicional para restituição imediata da filha à sua guarda.

4. DO DIREITO

A presente demanda encontra respaldo no CCB/2002, art. 1.583 e CCB/2002, art. 1.584, que disciplinam a guarda dos filhos menores, priorizando sempre o melhor interesse da criança, princípio este consagrado no CF/88, art. 227 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990, art. 4º).

O CF/88, art. 227 estabelece ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar, ao desenvolvimento saudável e à proteção contra toda forma de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão.

O CCB/2002, art. 1.584, §2º determina que a guarda compartilhada deve ser a regra, salvo se um dos genitores não estiver apto ao exercício da função. No caso em tela, a guarda unilateral da mãe já havia sido reconhecida, sendo a retenção da menor pelo pai ato unilateral e arbitrário, sem respaldo legal.

A conduta do réu viola, ainda, o ECA, art. 34, que protege o direito da criança à convivência familiar, e o CPC/2015, art. 300, que autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

O instituto da busca e apreensão de menor visa resguardar o melhor interesse da criança, especialmente quando há subtração ou retenção indevida por um dos genitores, como ocorre no presente caso. O perigo de dano é evidente, diante do sofrimento e"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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I. Relatório

Trata-se de Ação de Busca e Apreensão de Menor ajuizada por M. F. de S. L. em face de A. J. dos S., ambos genitores da menor L. F. de S. L. dos S., atualmente com 2 anos de idade. Alega a autora que, após permitir visita paterna, o réu reteve a criança em sua residência, localizada em outro Estado, sem autorização judicial e em descumprimento ao acordo previamente ajustado, privando a menor do convívio materno e de seu ambiente habitual. Pleiteia, em caráter de urgência, a busca e apreensão da menor, com restituição à guarda materna.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e Provas

Restou incontroverso que a menor residia com a genitora desde o nascimento, mantendo laços afetivos, rotina e domicílio no Estado Beta. Houve autorização para visita paterna, contudo, ao término do período acordado, o réu recusou-se a devolver a criança, retendo-a em local diverso e sem respaldo judicial. A autora buscou auxílio junto ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar, sem sucesso, motivo pelo qual buscou a tutela jurisdicional.

2. Fundamentos Constitucionais e Legais

A CF/88, art. 93, IX, da Constituição Federal determina que as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. A CF/88, art. 227 consagra o direito da criança à proteção integral, convivência familiar e prioridade absoluta em sua defesa, sendo dever da família, sociedade e Estado resguardar seu melhor interesse. O CCB/2002, art. 1.583 e CCB/2002, art. 1.584 e o ECA, art. 4º estabelecem que a guarda deve ser fixada em atenção ao melhor interesse do menor, sendo a guarda unilateral cabível quando um dos genitores não detém condições de exercê-la adequadamente.

No presente caso, a guarda unilateral da mãe já estava fixada, e a conduta do réu, ao reter a menor sem autorização, afronta não apenas o comando judicial anterior, mas também o princípio do melhor interesse do menor.

3. Da Tutela de Urgência

O CPC/2015, art. 300 autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. A retenção abrupta da menor, privando-a do convívio materno e de seu ambiente, caracteriza risco imediato ao seu desenvolvimento emocional, preenchendo os requisitos legais para concessão da medida de urgência.

4. Jurisprudência

A jurisprudência pátria é firme no sentido de que o princípio da prevalência do interesse do menor deve nortear as decisões judiciais, admitindo a busca e apreensão quando há subtração ou retenção indevida (TJRJ, AI Acórdão/TJRJ; TJSP, AI Acórdão/TJSP).

III. Dispositivo

Ante o exposto, com espeque na CF/88, art. 93, IX, CF/88, art. 227, CCB/2002, art. 1.583 e CCB/2002, art. 1.584, ECA, art. 4º e CPC/2015, art. 300, JULGO PROCEDENTE o pedido, para determinar a imediata busca e apreensão da menor L. F. de S. L. dos S., restituindo-a à guarda da genitora, a autora M. F. de S. L., com o auxílio de força policial, se necessário.

Determino a citação do réu para apresentar contestação, nos termos do CPC/2015, art. 335.

Intime-se o Ministério Público para acompanhamento do feito (CPC/2015, art. 178, II; ECA, art. 201, III).

Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, caso comprovada resistência.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data].

_______________________________________
Juiz(a) de Direito

IV. Observação

Ressalto que a presente decisão observa os princípios constitucionais da fundamentação (CF/88, art. 93, IX) e do melhor interesse do menor (CF/88, art. 227), bem como está em consonância com a legislação infraconstitucional aplicável e a jurisprudência dominante sobre a matéria.


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