?>

Incidência do IR, IRRF e CSLL sobre a correção monetária das aplicações financeiras segundo Tema 1.160/STJ e fundamentos do CTN e CF/88

Publicado em: 11/08/2025 Tributário
Tese doutrinária baseada no Tema 1.160/STJ que confirma a inclusão da correção monetária na base de cálculo do IR, IRRF e CSLL sobre aplicações financeiras, fundamentada no princípio do nominalismo monetário e na legislação tributária vigente, incluindo CTN, art. 97, §2º, e CF/88, arts. 145, §1º e 153, III. A atualização monetária é considerada receita financeira, não dedutível, assegurando segurança jurídica e evitando esvaziamento da materialidade do imposto.

TESE DOUTRINÁRIA EXTRAÍDA DO ACÓRDÃO

O IR e a CSLL incidem sobre a correção monetária das aplicações financeiras; é inviável excluir a inflação (atualização monetária) da base de cálculo do IRRF, do IRPJ e da CSLL, pois a variação monetária integra o rendimento e se qualifica como receita financeira.

COMENTÁRIO EXPLICATIVO

O acórdão, ao firmar o Tema 1.160/STJ, adota a lógica do nominalismo monetário vigente em economia desindexada: toda variação monetária vinculada à aplicação financeira compõe o rendimento e, por isso, integra a base de cálculo dos tributos incidentes. A correção monetária não é dedutível porque consiste em atualização da base (não majoração), nos termos do CTN, art. 97, §2º, e é juridicamente classificada como receita financeira por normas específicas. A base tributável do IRRF, no regime das aplicações de renda fixa, já considera a diferença entre o valor de resgate e o valor aplicado, nos termos da lei.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL

FUNDAMENTO LEGAL

SÚMULAS APLICÁVEIS

Não há súmula específica sobre a matéria de mérito. A orientação consolidou-se por tese repetitiva (Tema 1.160/STJ).

ANÁLISE CRÍTICA

O fundamento central é técnico e coerente: a atualização monetária não é majoração de tributo, mas preservação da base nominal (CTN, art. 97, §2º). A equiparação legal das variações monetárias a receitas financeiras oferece lastro normativo explícito. A ratio privilegia a simetria entre receitas e despesas financeiras, evitando assimetrias oportunistas. Consequencialmente, reforça-se a previsibilidade do regime das aplicações financeiras e afasta-se um esvaziamento indevido da materialidade do imposto de renda.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A tese é relevante por estabilizar a tributação de receitas financeiras em ambiente de inflação não indexada, prevenindo litigiosidade sobre a subtração de parcelas inflacionárias. No futuro, eventuais mudanças de regime monetário ou legislativas poderiam reabrir o debate; até lá, a orientação garante segurança jurídica na apuração de IRRF/IRPJ/CSLL sobre aplicações.


Outras doutrinas semelhantes


Incidência do IRPJ e CSLL sobre a correção monetária das aplicações financeiras segundo o Tema 1.160/STJ: fundamentos constitucionais e legais da tributação de receitas financeiras

Incidência do IRPJ e CSLL sobre a correção monetária das aplicações financeiras segundo o Tema 1.160/STJ: fundamentos constitucionais e legais da tributação de receitas financeiras

Publicado em: 11/08/2025 Tributário

Este documento explica a tese firmada pelo 1STJ no Tema 1.160, que reconhece a incidência do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre a correção monetária das aplicações financeiras. Fundamenta-se na caracterização da correção monetária como receita bruta integrante do lucro operacional, conforme a legislação tributária e a Constituição Federal [CF/88, art. 153, III; art. 145, §1º], Código Tributário Nacional [CTN, arts. 43 e 97, §2º], e normas infralegais. O entendimento visa garantir coerência sistêmica, evitar assimetrias e promover segurança jurídica na apuração do resultado tributável, alinhado ao nominalismo monetário e à capacidade contributiva. Destaca ainda a relevância do precedente vinculante para uniformização da jurisprudência e compliance tributário nas operações financeiras.

Acessar

Incidência de IR e CSLL sobre correção monetária de aplicações financeiras como receita financeira e lucro operacional conforme Tema 1.160/STJ e fundamentos constitucionais e legais

Incidência de IR e CSLL sobre correção monetária de aplicações financeiras como receita financeira e lucro operacional conforme Tema 1.160/STJ e fundamentos constitucionais e legais

Publicado em: 11/08/2025 Tributário

Tese firmada pelo 1STJ no Tema 1.160 reconhece que a correção monetária das aplicações financeiras integra receita financeira e lucro operacional, sujeitando-se à incidência do IR (incluindo IRPJ/IRRF) e CSLL. A decisão baseia-se na interpretação do conceito de renda previsto no CTN, na legislação tributária aplicável e na vedação à majoração da base de cálculo pela atualização monetária, garantindo segurança jurídica e isonomia tributária. Fundamenta-se nos artigos 153, III, 195, I, c, e 150, I da CF/88, além de dispositivos do CTN e leis específicas, harmonizando a tributação em ambiente econômico desindexado e prevenindo práticas de elisão fiscal.

Acessar

Incidência de IR e CSLL sobre correção monetária das aplicações financeiras conforme Tema 1.160/STJ com fundamentos constitucionais e legais detalhados

Incidência de IR e CSLL sobre correção monetária das aplicações financeiras conforme Tema 1.160/STJ com fundamentos constitucionais e legais detalhados

Publicado em: 11/08/2025 Tributário

Este documento aborda a tese jurídica do Tema 1.160/STJ que confirma a incidência do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre a correção monetária das aplicações financeiras, caracterizando tais variações como receitas financeiras integrantes da receita bruta e do lucro operacional. Fundamentado nos artigos 153, III, e 150, I da Constituição Federal de 1988, bem como em dispositivos do Código Tributário Nacional e legislações correlatas, o texto explica a qualificação legal e contábil dessas variações como rendimento, reforçando a segurança jurídica e a estabilidade na tributação, especialmente em regimes econômicos dessindexados. Inclui análise crítica sobre o impacto da tese em cenários inflacionários e sua relevância para planejamento tributário e precificação de investimentos.

Acessar