Modelo de Petição inicial de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência para autorização e custeio imediato de cirurgia de apendicectomia contra Hapvida Assistência Médica Ltda por negativa abusiva de cobertura e...
Publicado em: 19/06/2025 CivelProcesso CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF] do Tribunal de Justiça do Estado de [Estado],
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. O. M., brasileiro, solteiro, estudante, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000-SSP/UF, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
em face de Hapvida Assistência Médica Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-00, com sede na Avenida Saúde, nº 2000, Bairro Saúde, CEP 00000-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico [email protected], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor é beneficiário do plano de saúde administrado pela Ré, contratado em 08/05/2025, conforme comprovante anexo. Em 19/06/2025, após apresentar quadro clínico agudo, foi diagnosticado com apendicite aguda, sendo recomendada, com urgência, a realização do procedimento cirúrgico de apendicectomia, conforme laudo médico anexo.
Imediatamente, foi solicitado à Ré a autorização para a realização do referido procedimento cirúrgico. Contudo, em 20/06/2025, a Ré emitiu termo de indeferimento, negando a cobertura sob o argumento de que não teria sido cumprido o prazo de carência contratual de 180 dias, tendo o Autor cumprido apenas 42 dias desde a contratação do plano.
Ressalta-se que o quadro de apendicite aguda é considerado situação de urgência/emergência médica, com risco iminente à vida e possibilidade de lesões irreparáveis, sendo imprescindível a imediata intervenção cirúrgica para evitar complicações graves, inclusive óbito.
O Autor, diante da negativa da Ré, encontra-se em situação de extrema vulnerabilidade, correndo risco de agravamento de seu estado de saúde e de danos irreparáveis, caso não seja realizada a cirurgia com urgência.
Diante disso, não restou alternativa senão buscar o Poder Judiciário para garantir o direito fundamental à saúde e à vida, requerendo a concessão de tutela de urgência para compelir a Ré a autorizar e custear a imediata realização da cirurgia de apendicectomia.
Resumo lógico: O Autor, diagnosticado com apendicite aguda, teve negada a autorização para cirurgia pelo plano de saúde sob alegação de carência contratual, mesmo diante de situação de urgência, o que coloca em risco sua saúde e vida, impondo a necessidade de intervenção judicial.
4. DO DIREITO
4.1. DO DIREITO À SAÚDE E À VIDA
O direito à saúde é garantido constitucionalmente a todos os cidadãos, sendo dever do Estado e das entidades privadas que atuam na área, conforme preceitua a CF/88, art. 6º e CF/88, art. 196. O direito à vida, corolário da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), é princípio basilar do ordenamento jurídico brasileiro.
4.2. DA OBRIGAÇÃO LEGAL DE COBERTURA EM CASOS DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA
A Lei 9.656/1998, que regula os planos e seguros privados de assistência à saúde, determina em seu art. 12, V, “c” e art. 35-C, I que é obrigatória a cobertura de atendimento nos casos de urgência e emergência, ainda que não cumprido o prazo de carência contratual, limitando-se a carência, nesses casos, ao máximo de 24 horas.
A situação do Autor, diagnosticado com apendicite aguda, enquadra-se perfeitamente como emergência médica, pois implica risco imediato de vida e de lesões irreparáveis, conforme declaração médica anexa.
4.3. DA ABUSIVIDADE DA NEGATIVA DE COBERTURA
A negativa de cobertura pela Ré, sob alegação de não cumprimento do prazo de carência, é manifestamente abusiva, contrariando a legislação vigente e a jurisprudência consolidada dos tribunais superiores. O CPC/2015, art. 300 autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, requisitos amplamente preenchidos no caso em tela.
O CDC, art. 51, IV veda cláusulas contratuais que restrinjam direitos essenciais do consumidor, sendo nula a cláusula que exclua a cobertura em situações de urgência/emergência.
4.4. DA TUTELA DE URGÊNCIA
A concessão da tutela de urgência é medida que se impõe, diante da presença dos requisitos do CPC/2015, art. 300: (i) probabilidade do direito, demonstrada pela condição de beneficiário do plano de saúde e pela gravidade do quadro clínico; (ii) perigo de dano, evidenciado pelo risco de agravamento do estado "'>...
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