Modelo de Petição Inicial de Ação de Indenização por Danos Materiais e Restituição de Valores em Decorrência de Acidente de Trânsito com Responsabilidade Civil Demonstrada

Publicado em: 07/11/2024 Civel Trânsito
Modelo de petição inicial para propositura de ação de indenização por danos materiais cumulada com pedido de restituição de valores, decorrente de acidente de trânsito causado por manobra imprudente do réu e inobservância de restrição na CNH. O documento detalha as partes envolvidas, expõe os fatos, fundamenta o pedido na responsabilidade civil prevista nos artigos 186 e 927 do Código Civil, e requer a condenação do réu ao pagamento dos prejuízos suportados pelo autor, incluindo valores comprovados com notas fiscais e outros documentos. Inclui referências a jurisprudências recentes e indica os principais dispositivos legais aplicáveis, com pedidos claros acerca da citação, condenação, produção de provas e designação de audiência.

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de Tigrinhos/SC

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

J. P. G., brasileiro, solteiro, motorista, portador do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 1.234.567 SSP/SC, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 89875-000, Tigrinhos/SC, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES em face de V. V. H., brasileiro, casado, aposentado, portador do CPF nº 987.654.321-00, RG nº 7.654.321 SSP/SC, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 200, Bairro Jardim, CEP 89875-001, Tigrinhos/SC, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

No dia 02/11/2024, por volta das 15h18, o Autor, J. P. G., conduzia seu veículo VW/GOL 1.0, placa APM9F34, pela rodovia SC-492, nas proximidades da comunidade Rainha da Serra, no município de Tigrinhos/SC, quando se envolveu em acidente de trânsito com o veículo FORD/ESCORT HOBBY, placa IAX1598, conduzido pelo Réu, V. V. H..

Conforme registrado no Boletim de Ocorrência (anexo), o acidente consistiu em colisão traseira, ocasionando danos materiais em ambos os veículos, sem vítimas. O sinistro ocorreu quando o Réu, ao realizar manobra de conversão à esquerda para acessar o Mini Mercado Alves, reduziu abruptamente a velocidade, sem a devida cautela, surpreendendo o Autor, que trafegava regularmente na via.

Ressalte-se que ambos os condutores estavam com a documentação regular e CNH válida. Contudo, o Réu foi autuado por desobedecer restrição de saúde anotada em sua CNH, fato que evidencia a inobservância das normas de trânsito e reforça a sua responsabilidade pelo evento danoso.

Em decorrência do acidente, o Autor arcou com despesas para o reparo de seu veículo, conforme notas fiscais e orçamentos anexos, além de ter suportado prejuízos materiais diretos, cuja restituição ora se pleiteia.

Resumo lógico: Os fatos narrados demonstram que o acidente decorreu de conduta imprudente do Réu, que, ao realizar manobra de conversão sem a devida cautela e em desacordo com as restrições de sua CNH, deu causa à colisão e aos prejuízos materiais suportados pelo Autor.

4. DOS DOCUMENTOS QUE INSTRUEM A INICIAL

Em atendimento ao CPC/2015, art. 320, o Autor junta à presente inicial os seguintes documentos:

  • Boletim de Ocorrência do acidente de trânsito;
  • Cópia da CNH e documentos pessoais do Autor;
  • Cópia do CRLV do veículo VW/GOL 1.0, placa APM9F34;
  • Orçamentos e notas fiscais de reparo do veículo do Autor;
  • Comprovante de pagamento das despesas de reparo;
  • Procuração ad judicia;
  • Comprovante de endereço do Autor.
Resumo lógico: A documentação comprova a ocorrência do acidente, a legitimidade das partes, o nexo causal e o efetivo prejuízo material experimentado pelo Autor.

5. DO DIREITO

5.1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL

A pretensão do Autor encontra amparo no CCB/2002, art. 186, que dispõe: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito." O art. 927 do CCB/2002 impõe o dever de reparar o dano: "Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo."

No caso em tela, restou evidenciado que o Réu, ao realizar manobra de conversão à esquerda sem a devida cautela e em desacordo com restrições médicas constantes em sua CNH, deu causa ao acidente, violando normas de circulação e segurança viária (CTB, art. 34 e art. 28).

O Boletim de Ocorrência e a autuação administrativa reforçam a culpa do Réu, que não observou o dever de cuidado objetivo exigido dos condutores de veículos automotores.

5.2. DO DEVER DE INDENIZAR E RESTITUIR

O dano material sofrido pelo Autor está devidamente comprovado pelas notas fiscais e orçamentos anexos, sendo certo que a conduta do Réu foi a causa direta e imediata do prejuízo (CPC/2015, art. 373, I).

Nos termos do CPC/2015, art. 944, a indenização mede-se pela extensão do dano. Assim, o Réu deve ser condena"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Vistos, etc.

Trata-se de ação de indenização por danos materiais cumulada com restituição de valores proposta por J. P. G. em face de V. V. H., em decorrência de acidente de trânsito ocorrido em 02/11/2024, na rodovia SC-492, município de Tigrinhos/SC.

I. Dos Fatos

Narra o Autor que trafegava regularmente por referida via, quando teve seu veículo atingido na traseira pelo automóvel conduzido pelo Réu, o qual, ao realizar manobra de conversão à esquerda para acessar estabelecimento comercial, teria reduzido abruptamente a velocidade, sem a cautela necessária. Aponta ainda que o Réu foi autuado por descumprir restrição médica constante em sua CNH, reforçando a sua culpa pelo sinistro.

O Autor alega ter arcado com despesas para o reparo de seu veículo, apresentando notas fiscais e comprovantes dos gastos, pleiteando a condenação do Réu na reparação integral dos danos materiais e na restituição dos valores desembolsados.

II. Da Admissibilidade

Presentes os pressupostos processuais e condições da ação, conheço do pedido, não havendo nulidades ou irregularidades processuais a serem sanadas. Os documentos acostados demonstram a regularidade da representação processual e a legitimidade das partes.

III. Dos Fundamentos

1. Responsabilidade Civil

O Código Civil dispõe em seu art. 186 que “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” O art. 927 do mesmo diploma impõe o dever de reparar o dano.

Restou comprovado nos autos, sobretudo pelo boletim de ocorrência e documentos anexos, que o Réu, ao realizar manobra de conversão à esquerda, não observou o dever objetivo de cuidado, reduzindo abruptamente a velocidade e desrespeitando restrição médica imposta em sua CNH, circunstância que caracteriza imprudência e contribuiu de forma determinante para a ocorrência do acidente.

O Código de Trânsito Brasileiro, em seus arts. 28 e 34, exige do condutor atenção redobrada e respeito às normas de circulação e segurança viária, o que não foi observado no caso concreto.

2. Do Nexo de Causalidade e do Dano

O nexo causal entre a conduta do Réu e o prejuízo sofrido pelo Autor está devidamente demonstrado, sendo certo que os danos materiais foram comprovados pelas notas fiscais e orçamentos juntados aos autos. O art. 373, I, do CPC/2015, atribui ao Autor o ônus da prova do fato constitutivo do seu direito, o que foi satisfeito.

3. Do Dever de Indenizar e Restituir

O art. 944 do Código Civil determina que a indenização deve ser medida pela extensão do dano, de modo que o Réu deve ser condenado ao pagamento do valor comprovado pelo Autor para o reparo do veículo, além de restituir eventuais valores pagos a terceiros em decorrência do acidente.

Destaco, ainda, o princípio da reparação integral do dano, da boa-fé objetiva e da legalidade (CF/88, art. 5º, II), que fundamentam a obrigação de indenizar.

4. Da Jurisprudência

O entendimento predominante nos Tribunais Pátrios é no sentido de reconhecer o dever de indenizar em situações análogas, notadamente quando comprovada a culpa do réu e a extensão dos danos materiais (exemplos: TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP; Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP).

IV. Da Fundamentação Constitucional e Legal

O presente voto é proferido em observância ao princípio da motivação das decisões judiciais, previsto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todos os julgamentos do Poder Judiciário sejam públicos e devidamente fundamentados, assegurando transparência, controle e respeito ao devido processo legal.

O pedido encontra amparo nos arts. 186, 927 e 944 do Código Civil, bem como nos arts. 28 e 34 do CTB e nos arts. 373, I e 944 do CPC/2015.

V. Do Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial, para condenar o Réu, V. V. H., a:

  1. Pagar ao Autor, J. P. G., a quantia de R$ 7.800,00 (sete mil e oitocentos reais), a título de indenização por danos materiais, devidamente corrigida a partir do desembolso e acrescida de juros de mora a partir do evento danoso;
  2. Restituir todos os valores comprovadamente despendidos pelo Autor em decorrência do acidente, também corrigidos e acrescidos de juros legais;
  3. Arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação (CPC/2015, art. 85, §2º);
  4. Fica deferida a produção de provas apenas na medida do necessário para eventual apuração de valores controvertidos, caso haja necessidade em sede de liquidação de sentença.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

VI. Conclusão

Este voto busca harmonizar os fatos comprovados com o direito aplicável, em estrita observância à Constituição Federal (art. 93, IX), à legislação infraconstitucional e à jurisprudência dominante, realizando a prestação jurisdicional de forma fundamentada e justa.

Tigrinhos/SC, 12 de junho de 2025.

Juiz de Direito


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