Modelo de Manifestação em impugnação à contestação do INSS requerendo concessão de benefício previdenciário por incapacidade total e permanente, com fundamentação na Lei 8.213/91 e CF/88, e pedido de condenação ao pa...
Publicado em: 29/06/2025 Processo CivilMANIFESTAÇÃO SOBRE A CONTESTAÇÃO (IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO) – BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO POR INCAPACIDADE
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara do Juizado Especial Federal Previdenciário da Subseção Judiciária de [Cidade/UF].
2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO
Processo nº: [número do processo]
Requerente: M. F. de S. L., brasileira, solteira, auxiliar de serviços gerais, portadora do CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], RG nº [xx.xxx.xxx-x], residente e domiciliada à [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal, CNPJ nº 29.979.036/0001-40, com agência na [endereço da agência], endereço eletrônico: [e-mail].
3. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO APRESENTADA PELO INSS
O INSS, em sua contestação, sustenta a inexistência de incapacidade laborativa da autora, alegando que não restaram comprovados os requisitos para a concessão de benefício por incapacidade, seja auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, nos termos da Lei 8.213/91, arts. 42 e 59. Argumenta, ainda, que a parte autora não preenche os requisitos de carência e qualidade de segurada, e que os laudos médicos apresentados não seriam suficientes para afastar a conclusão da perícia administrativa. Por fim, requer a improcedência do pedido inicial.
4. DOS FATOS
A autora, M. F. de S. L., exerce a função de auxiliar de serviços gerais (ASG), atividade eminentemente braçal, exigindo esforços físicos contínuos. Encontra-se acometida por diversas patologias crônicas e degenerativas, incluindo artrite, artrose, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, problemas graves no joelho, punho e braço, conforme demonstram os laudos médicos e exames anexados aos autos.
Em razão dessas enfermidades, a autora encontra-se totalmente incapaz para o exercício de suas funções habituais, situação atestada por diversos profissionais da medicina, cujos laudos médicos foram devidamente juntados aos autos. Ressalte-se que a autora já atingiu idade avançada e possui tempo de contribuição suficiente, conforme comprovado nos documentos apresentados.
A despeito de toda a documentação médica e do histórico laboral, o INSS indeferiu o benefício requerido, sob o argumento de ausência de incapacidade laborativa, motivo pelo qual foi ajuizada a presente demanda.
Importante destacar que, diante do quadro clínico apresentado, é impossível o retorno da autora ao trabalho, especialmente considerando a natureza da função de ASG, que exige esforços físicos incompatíveis com as limitações impostas pelas doenças que a acometem.
Os fatos narrados demonstram, de forma inequívoca, a necessidade de concessão do benefício por incapacidade, seja auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, em respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção social do segurado.
5. DO DIREITO
O direito da autora encontra respaldo na Constituição Federal, na Lei 8.213/91 e na jurisprudência consolidada dos tribunais pátrios.
5.1. Dos Requisitos para a Concessão do Benefício
Nos termos da Lei 8.213/91, art. 42, a aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O auxílio-doença, por sua vez, é devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos (Lei 8.213/91, art. 59).
A autora preenche todos os requisitos legais: possui qualidade de segurada, cumpriu a carência exigida e encontra-se, comprovadamente, incapacitada para o trabalho, conforme laudos médicos e exames apresentados.
5.2. Da Prova da Incapacidade
A incapacidade da autora está fartamente comprovada por laudos médicos subscritos por diversos especialistas, os quais atestam a impossibilidade de retorno ao trabalho, especialmente na função de ASG, que exige esforços físicos incompatíveis com as limitações impostas pelas patologias da autora.
O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que, havendo divergência entre o laudo administrativo do INSS e os laudos médicos particulares, deve prevalecer a prova judicial, em respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa (CPC/2015, art. 369).
5.3. Da Função Exercida e das Condições Pessoais
A autora exerce função de baixa qualificação, com exigência de esforço físico intenso. Sua idade avançada e o baixo nível de escolaridade dificultam, sobremaneira, eventual reabilitação profissional. A jurisprudência reconhece que, nessas hipóteses, a incapacidade deve ser analisada de forma global, considerando as condições pessoais do segurado.
5.4. Dos Princípios Constitucionais
O indeferimento do benefício afronta o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), bem como o direito à saúde e à proteção social do trabalhador (CF/88, art. 6º). O INSS, ao negar o benefício, desconsidera a realidade fática e social da autora, violando o princípio da le"'>...
Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.