Modelo de Manifestação e Especificação de Provas em Ação de Divórcio com Partilha de Bens, Pensão Alimentícia e Guarda

Publicado em: 24/03/2025 CivelProcesso Civil Familia
Petição apresentada pela ré em ação de divórcio, que envolve partilha de bens, pensão alimentícia e guarda das menores. O documento requer a produção de provas documentais, testemunhais, periciais e a realização de estudo social para avaliação do melhor interesse das crianças. Fundamentado no CPC/2015, art. 319, CPC/2015, art. 369, CPC/2015, art. 370 e CPC/2015, art. 437 e CF/88, art. 227, o pedido visa garantir o contraditório, a ampla defesa e a proteção prioritária aos direitos das crianças. A petição também refuta alegações do requerente sobre a titularidade de imóvel e solicita manifestação sobre novos documentos apresentados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ____________

Processo nº: _____________

MANIFESTAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS

Nome da Ré: M. F. de S. L., brasileira, estado civil, profissão, portadora do RG nº __________ e inscrita no CPF nº __________, residente e domiciliada na __________, endereço eletrônico __________, já devidamente qualificada nos autos da presente ação de divórcio, partilha, pensão e guarda, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada, com fundamento no CPC/2015, art. 319, apresentar sua MANIFESTAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS, nos termos a seguir expostos:

1. DOS FATOS

A presente ação versa sobre divórcio, partilha de bens, pensão alimentícia e guarda das menores. O requerente alega que o imóvel situado na Avenida Juscelino Kubitschek, em Floresta do Araguaia, seria de terceiros, tendo sido apenas cedido a ele. No entanto, tal alegação é inverídica, pois é inconcebível que um imóvel seja "cedido" por mais de 10 anos.

O terreno em questão foi adquirido pelo requerente por meio de doação de sua genitora, e sobre ele foi realizada uma construção durante a constância do casamento, composta por garagem, recepção, duas salas, uma suíte, uma despensa e uma copa. A edificação foi utilizada tanto como residência quanto como local de trabalho do casal.

Importante destacar que as dívidas decorrentes da construção do referido imóvel foram lançadas em nome da requerida, que inclusive renegociou tais débitos no ano de 2017, conforme documentos anexos.

Ademais, o requerente juntou recentemente aos autos um título definitivo do lote em nome de terceiros, documento que carece de manifestação, pois não comprova a alegação de que o imóvel seria apenas "cedido".

2. DO DIREITO

Nos termos do CPC/2015, art. 369, "as partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz".

Além disso, o CPC/2015, art. 370, confere ao magistrado o poder de determinar as provas necessárias à instrução do processo, assegurando o direito ao contraditório e à ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

Quanto à guarda das menores, o estudo social é medida essencial para resguardar o p"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito, em atenção aos fatos e fundamentos apresentados, passo ao julgamento do pedido formulado nos autos do processo em análise, nos termos da CF/88, art. 93, inciso IX, que determina que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário sejam públicos e fundamentados.

1. Dos Fatos

Trata-se de ação de divórcio cumulada com partilha de bens, pensão alimentícia e guarda de menores. A parte autora alega que o imóvel situado na Avenida Juscelino Kubitschek foi cedido por terceiros, enquanto a parte ré sustenta que o imóvel foi adquirido por doação e melhorado durante o casamento, com participação de ambos os cônjuges.

A parte ré, ainda, apresenta provas de dívidas relacionadas à construção do imóvel em nome dela, além de documentos que indicam a renegociação de tais débitos. Ademais, foi juntado pela parte autora um título definitivo do lote em nome de terceiros, que, segundo a ré, não comprova a alegação da cessão do imóvel.

2. Do Direito

Nos termos da CF/88, art. 5º, inciso LV, assegura-se às partes o contraditório e a ampla defesa. Além disso, o CPC/2015, em seu artigo 369, garante o direito das partes de empregar meios legais e moralmente legítimos para provar a verdade dos fatos.

Quanto à guarda das menores, o princípio do melhor interesse da criança, previsto na CF/88, art. 227 e no ECA, art. 4º, deve ser observado. Em casos como o presente, o estudo social é medida essencial para verificar a melhor solução às crianças.

3. Fundamentação

Considerando os fatos apresentados e os dispositivos legais aplicáveis, entendo que os pedidos formulados pela parte ré merecem acolhimento em parte. A produção de provas é essencial para a formação da convicção do juiz, inclusive a prova documental, testemunhal e a realização do estudo social.

As jurisprudências colacionadas reforçam o entendimento de que a negativa de produção de provas pode configurar cerceamento de defesa, devendo ser oportunizada a ampla análise probatória. Assim, determino:

  1. A realização de estudo social para avaliar a situação das menores, observando o princípio do melhor interesse da criança;
  2. A intimação das partes para manifestação sobre o título definitivo juntado pelo requerente, nos termos do CPC/2015, art. 437, § 1º;
  3. A oitiva das testemunhas arroladas pela parte ré, desde que respeitados os critérios legais;
  4. A juntada aos autos de provas documentais, conforme solicitado pela ré, para análise posterior.

4. Do Mérito

Com relação à partilha de bens, entendo que, à primeira vista, o imóvel em questão foi construído durante a constância do casamento e, portanto, deve ser incluído na partilha, salvo prova robusta em sentido contrário. A produção de provas será essencial para a definição da questão.

Quanto à guarda das menores, o estudo social será determinante para a análise do pedido de guarda unilateral formulado pela ré, considerando o princípio do melhor interesse da criança e o direito à convivência familiar.

5. Conclusão

Pelo exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, inciso IX e no CPC/2015, art. 369 e CPC/2015, art. 370, conheço dos pedidos formulados pela parte ré e defiro, em parte, os seguintes requerimentos:

  1. A realização de estudo social;
  2. A oitiva das testemunhas arroladas;
  3. A juntada de provas documentais;
  4. A manifestação sobre o título definitivo juntado pelo requerente.

Determino a continuidade do feito, com a realização das diligências necessárias para a instrução processual.

É como voto.

Local e data

___________________________
Juiz de Direito


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