Modelo de Contestação em ação declaratória sobre a validade do Certificado de Regularidade, defendendo ato jurídico perfeito com base no Código Civil, Constituição Federal e CPC, impugnando nulidade e ausência de interes...

Publicado em: 05/06/2025 AdvogadoCivelProcesso Civil
Modelo de contestação apresentada pelo réu em ação declaratória ajuizada contra ele, na qual se defende a validade do Certificado de Regularidade (CR) como ato jurídico perfeito, com fundamento no Código Civil, Constituição Federal e normas processuais civis. A peça aborda preliminares como ausência de interesse de agir e competência, impugna os argumentos de nulidade do autor, destaca a presunção de legitimidade do ato e requer a improcedência da ação, além da produção de provas.
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CONTESTAÇÃO À AÇÃO DECLARATÓRIA – VALIDADE DE ATO JURÍDICO PERFEITO (CR)

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ___ do Tribunal de Justiça do Estado ___.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Réu: C. A. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000 SSP/XX, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 100, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000.

Autor: M. F. de S. L., brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/XX sob o nº 00000, portadora do CPF nº 111.111.111-11, RG nº 1.111.111 SSP/XX, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Avenida das Flores, nº 200, Bairro Jardim, Cidade/UF, CEP 11111-111.

3. SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação declaratória ajuizada por M. F. de S. L. em face de C. A. dos S., na qual a autora busca a declaração de invalidade de Certificado de Regularidade (CR), alegando supostas irregularidades na constituição do ato jurídico que o originou. Alega que o documento não observa requisitos legais e que, por consequência, não produz efeitos jurídicos válidos, requerendo a declaração de sua nulidade e a retirada de eventuais restrições decorrentes.

O réu, ora contestante, foi regularmente citado e apresenta sua defesa tempestivamente, impugnando todos os fatos e fundamentos jurídicos trazidos pela autora, conforme se passa a expor.

4. PRELIMINARES

4.1. DA AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR

Inicialmente, impugna-se a ausência de interesse de agir da autora, pois não restou demonstrada a existência de ameaça ou lesão concreta a direito que justifique a propositura da presente ação declaratória, nos termos do CPC/2015, art. 485, VI. O mero inconformismo com o ato jurídico não autoriza o manejo da via declaratória, sendo imprescindível a demonstração de utilidade e necessidade da tutela jurisdicional.

4.2. DA DESNECESSIDADE DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO

Caso Vossa Excelência entenda pela necessidade de prévio requerimento administrativo para discussão da validade do CR, cumpre ressaltar que a jurisprudência consolidada afasta tal exigência, em respeito ao princípio da inafastabilidade da jurisdição (CF/88, art. 5º, XXXV), não podendo o acesso ao Judiciário ser condicionado a tentativa de solução extrajudicial.

4.3. DA COMPETÊNCIA RELATIVA

Caso haja discussão quanto ao foro competente, ressalta-se que a contestação está sendo apresentada no foro do domicílio do réu, nos termos do CPC/2015, art. 340, devendo eventual arguição de incompetência relativa ser apreciada oportunamente, sem prejuízo do contraditório e da ampla defesa.

5. DO MÉRITO

5.1. DA VALIDADE DO ATO JURÍDICO PERFEITO

O Certificado de Regularidade (CR) objeto da presente demanda foi emitido em estrita observância aos requisitos legais e regulamentares, constituindo-se em ato jurídico perfeito, nos termos do CCB/2002, art. 104, e protegido pelo princípio da segurança jurídica. Todos os elementos essenciais – agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei – foram devidamente observados.

O ato jurídico perfeito é aquele já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou, não podendo ser desfeito ou alterado por legislação posterior, conforme preceitua o CF/88, art. 5º, XXXVI.

5.2. DA INEXISTÊNCIA DE NULIDADE OU IRREGULARIDADE

A autora não logrou demonstrar qualquer vício de consentimento, ausência de requisito formal ou material, ou qualquer outro elemento que macule a validade do CR. O ônus da prova quanto à alegação de nulidade compete à parte autora, nos termos do CPC/2015, art. 373, I, ônus do qual não se desincumbiu.

Ademais, eventual irregularidade formal, se existente, não seria suficiente para invalidar o ato, salvo se demonstrada a ocorrência de prejuízo efetivo, o que não restou comprovado.

5.3. DA IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO DO ATO JURÍDICO PERFEITO

O ordenamento jurídico brasileiro consagra a presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos, inclusive dos certificados emitidos por autoridade competente. A desconstituição de ato jurídico perfeito somente é admitida em hipóteses excepcionais, mediante prova cabal de vício insanável, o que não ocorre no caso em tela.

6. DO DIREITO

O ato jurídico perfeito encontra proteção constitucional expressa (CF/88, art. 5º, XXXVI...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação declaratória proposta por M. F. de S. L. em face de C. A. dos S., na qual se pleiteia a declaração de invalidade do Certificado de Regularidade (CR), sob alegação de supostas irregularidades formais e materiais na constituição do referido ato jurídico. O réu, por sua vez, apresentou contestação tempestiva, sustentando, em sede preliminar, a ausência de interesse de agir da autora, bem como a validade do ato jurídico impugnado, requerendo a improcedência total dos pedidos iniciais.

II. Fundamentação

1. Da Admissibilidade e Preliminares

Inicialmente, analiso as preliminares suscitadas pelo réu. Quanto à ausência de interesse de agir, entendo que a autora não demonstrou de forma concreta a existência de ameaça ou lesão a direito próprio e atual, limitando-se a alegações genéricas sobre irregularidades no CR, sem comprovação de prejuízo efetivo. O CPC/2015, art. 485, VI, exige demonstração de utilidade e necessidade da tutela jurisdicional, o que não foi devidamente observado. Assim, acolho a preliminar de ausência de interesse de agir.

No tocante à alegação de desnecessidade de prévio requerimento administrativo, assiste razão ao réu, pois o princípio da inafastabilidade da jurisdição (CF/88, art. 5º, XXXV) garante o acesso ao Judiciário, não havendo óbice ao ajuizamento da demanda na ausência de requerimento prévio.

Quanto à competência relativa, restou observado o foro do domicílio do réu, conforme facultado pelo CPC/2015, art. 340, inexistindo nulidade ou cerceamento de defesa.

2. Do Mérito

Superada a análise das preliminares, passo ao exame do mérito. O Certificado de Regularidade foi emitido sob estrita observância dos requisitos legais, nos termos do CCB/2002, art. 104. Não se evidencia, nos autos, qualquer vício de consentimento, irregularidade formal ou material, tampouco prejuízo à autora que pudesse macular a validade do ato.

O ato jurídico perfeito é protegido constitucionalmente pelo CF/88, art. 5º, XXXVI, não podendo ser desconstituído sem prova cabal de vício insanável, ônus que incumbia à autora, nos termos do CPC/2015, art. 373, I. A ausência de demonstração de elementos concretos que invalidem o CR impede a procedência do pedido.

A jurisprudência pátria reafirma a presunção de legitimidade dos atos administrativos e a necessidade de demonstração inequívoca de vício para sua desconstituição (TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ; TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP).

3. Do Dever de Fundamentação

Cumpre ressaltar que a presente decisão encontra-se devidamente fundamentada, em observância ao art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que impõe ao magistrado o dever de motivar suas decisões, permitindo o controle e fiscalização jurisdicional.

III. Dispositivo

Diante do exposto, acolho a preliminar de ausência de interesse de agir e julho extinto o processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, VI, do CPC/2015.

Caso superada a preliminar, julgo improcedente o pedido inicial, reconhecendo a validade do ato jurídico perfeito representado pelo Certificado de Regularidade, nos termos do art. 104 do CCB/2002 e do art. 5º, XXXVI, da CF/88.

Condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, conforme art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Certidão de Julgamento

Sala das Sessões, Cidade/UF, ___ de ____________ de 2025.

Juiz de Direito


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