Modelo de Ação revisional de alimentos proposta por autor contra ré por inadimplência e alienação parental, requerendo revisão do valor da pensão, regularização dos pagamentos e proteção do convívio familiar conforme ...

Publicado em: 05/05/2025 Processo Civil Familia
Petição inicial de ação revisional de alimentos em que o autor solicita a adequação do encargo alimentar diante da inadimplência da ré e alteração financeira, além da adoção de medidas para coibir alienação parental e garantir o direito de convivência paterno-filial, fundamentada no Código Civil e na Lei 12.318/2010.
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PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara da Família e Sucessões da Comarca de [Cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, estado civil [informar], profissão [informar], portador do CPF nº [informar], RG nº [informar], endereço eletrônico [informar], residente e domiciliado na [endereço completo], por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS em face de M. F. de S. L., brasileira, estado civil [informar], profissão [informar], portadora do CPF nº [informar], RG nº [informar], endereço eletrônico [informar], residente e domiciliada na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor e a são genitores do menor [Nome do menor, abreviado], conforme certidão de nascimento anexa. Por sentença proferida nos autos da ação de alimentos nº [informar], foi fixada obrigação alimentar em favor do menor, a ser cumprida pela , no valor de [informar valor ou percentual], visando garantir o sustento e o desenvolvimento do alimentando, em observância ao binômio necessidade-possibilidade.

Ocorre que, desde [informar data], a deixou de cumprir com a obrigação alimentar, encontrando-se inadimplente, fato este que compromete gravemente o sustento do menor e onera excessivamente o Autor, que vem arcando sozinho com todas as despesas do filho.

Ademais, o Autor tem sido vítima de reiteradas práticas de alienação parental perpetradas pela , que vem dificultando e até mesmo impedindo o convívio paterno-filial, em afronta ao melhor interesse do menor e ao direito de convivência familiar, garantido constitucionalmente (CF/88, art. 227).

Ressalte-se que a situação financeira do Autor também sofreu alterações relevantes, tornando insustentável a manutenção do encargo alimentar nos moldes anteriormente fixados, especialmente diante da ausência de contribuição da e do aumento das despesas com o menor, agravadas pelo comportamento alienador da genitora.

Diante desse quadro, faz-se necessária a revisão da obrigação alimentar, a fim de adequá-la à real capacidade contributiva das partes e às necessidades do menor, bem como a adoção de medidas para coibir a alienação parental e assegurar o regular convívio paterno-filial.

Resumo: O Autor busca a revisão dos alimentos em razão da inadimplência da e da prática de alienação parental, requerendo a adequação do encargo alimentar e a proteção do direito de convivência familiar.

4. DO DIREITO

4.1. DA REVISÃO DOS ALIMENTOS

A obrigação alimentar está fundada no binômio necessidade-possibilidade, devendo ser revista sempre que houver alteração na situação financeira das partes ou nas necessidades do alimentando, conforme preceitua o CCB/2002, art. 1.699: "Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo".

O inadimplemento da obrigação alimentar por parte da caracteriza alteração relevante na situação fática, justificando a revisão do encargo, especialmente porque o Autor vem suportando sozinho todas as despesas do menor, em afronta ao princípio da solidariedade familiar (CF/88, art. 226, § 7º).

Ressalte-se que a revisão dos alimentos não visa apenas proteger o alimentante, mas, sobretudo, garantir o melhor interesse do menor, princípio basilar do direito de família (CF/88, art. 227; ECA, art. 4º).

4.2. DA ALIENAÇÃO PARENTAL

A alienação parental consiste em qualquer interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores para prejudicar o vínculo com o outro genitor, nos termos da Lei 12.318/2010, art. 2º. Tal conduta é vedada pelo ordenamento jurídico, pois afronta o direito fundamental da criança à convivência familiar saudável.

A conduta da , ao dificultar o convívio do Autor com o filho, caracteriza alienação parental, sendo cabível a adoção de medidas judiciais para assegurar o direito de convivência e coibir práticas que prejudiquem o desenvolvimento psicológico do menor.

4.3. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS

O caso em tela demanda a aplicação dos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227; ECA, art. 4º), da solidariedade familiar e da proporcionalidade...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação revisional de alimentos ajuizada por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L., na qual o autor alega inadimplência da ré quanto à obrigação alimentar, bem como a prática reiterada de alienação parental, dificultando o convívio do genitor com o filho menor. Sustenta, ainda, que houve alteração relevante em sua situação financeira, agravada pelo não recebimento da contribuição da ré, tornando insustentável o encargo alimentar anteriormente fixado. Requer, assim, a revisão do valor dos alimentos, a regularização do pagamento por parte da ré, além da adoção de medidas para coibir a alienação parental e garantir o direito de convivência familiar.

A ré deixou de apresentar defesa, tornando-se revel, conforme certificado nos autos.

II. Fundamentação

a) Da Obrigação Alimentar e sua Revisão

O direito à prestação de alimentos encontra fundamento constitucional na CF/88, art. 227, que impõe à família o dever de assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde e à dignidade, garantindo-lhes, inclusive, o sustento material.

A legislação infraconstitucional, em especial o CCB/2002, art. 1.699, prevê a possibilidade de revisão dos alimentos sempre que sobrevier mudança na situação financeira de quem os presta ou de quem os recebe. O binômio necessidade-possibilidade deve ser rigidamente observado, de modo que a prestação alimentar atenda às necessidades do alimentando dentro das reais possibilidades do alimentante, sem comprometer seu próprio sustento.

No caso em análise, restou comprovada a inadimplência da ré e a alteração na situação financeira do autor, que passou a arcar sozinho com o sustento do filho menor, onerando excessivamente sua renda. A ausência de contraprestação da ré, ademais, viola o princípio da solidariedade familiar (CF/88, art. 226, § 7º).

As provas documentais colacionadas aos autos evidenciam a alteração das circunstâncias que ensejaram a fixação originária dos alimentos, sendo legítima a pretensão revisional, em consonância com os precedentes jurisprudenciais e a legislação vigente.

b) Da Alienação Parental

A alienação parental é vedada expressamente pela Lei 12.318/2010, que, em seu art. 2º, define como qualquer interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, com o intuito de prejudicar o vínculo com o outro genitor. A CF/88, art. 227 e o ECA, art. 4º consagram o direito fundamental da criança à convivência familiar saudável, princípio que deve orientar todas as decisões judiciais relativas ao tema.

No presente caso, restou demonstrada a conduta reiterada da ré no sentido de dificultar o convívio do autor com o filho menor, caracterizando alienação parental e impondo a adoção de medidas judiciais para a proteção do direito de convivência paterno-filial e o regular desenvolvimento psicológico do menor.

c) Dos Princípios Constitucionais e Processuais

A presente decisão encontra amparo, sobretudo, nos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227; ECA, art. 4º), da solidariedade familiar e da proporcionalidade dos alimentos. Ressalto, ainda, a observância a CF/88, art. 93, IX, que determina que \"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões\".

III. Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente o pedido inicial para:

  • a) Revisar a obrigação alimentar, adequando-a à real capacidade contributiva das partes e às necessidades do menor, em razão da comprovada inadimplência da ré e da alteração da situação financeira do autor, nos termos do CCB/2002, art. 1.699;
  • b) Determinar que a ré regularize o pagamento da pensão alimentícia, sob pena de execução e demais cominações legais;
  • c) Adotar medidas para coibir a alienação parental praticada pela ré, assegurando ao autor o direito de convivência com o filho, inclusive com aplicação das sanções previstas na Lei 12.318/2010;
  • d) Confirmar a produção de todas as provas em direito admitidas, nos termos do CPC/2015, art. 369;
  • e) Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da causa (CPC/2015, art. 85).

Deixo de designar audiência de conciliação, diante da revelia da ré, nos termos do CPC/2015, art. 334, § 4º, II.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Recurso

Recebo a apelação no efeito devolutivo, caso tempestivamente interposta, nos termos do CPC/2015, art. 1.012.

V. Conclusão

É como voto.



[Cidade], [data].
_______________________________________
[Nome do Magistrado]


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